BTG Pactual | Research & News

2023-06-15 14:36:27 Morning Call

Internacional

Depois de o Federal Reserve (Fed) confirmar as expectativas de mercado de que interromperia os aumentos da taxa de juros da economia americana, as bolsas asiáticas fecharam com direções diversas nesta terça-feira em que.

O S&P 500 futuro operava com queda de 0,37% e Stoxx 600 -0,49%. Nikkei caiu 0,05%, Shanghai teve alta de 0,74%, e Hong Kong subiu 2,17%. Bolsas europeias caiam no início da manhã à espera da divulgação da decisão do BCE em relação aos juros, às 9h15.

S&P 500 Futuro -0,37%
STOXX 600 -0,49%
FTSE 100 -0,14%
Nikkei 225 -1%
Shanghai SE Comp. +0,74%
Dollar Index +0,08%
Yield 10 anos +0,025%
Bloomberg Comdty Index +0,08%
Petróleo WTI +1,14%, a US$ 69,24 o barril

Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, a maior parte dos participantes do comitê avalia que aumentos adicionais de juros sejam indicados para controlar a inflação em 2023. Ontem, a autoridade monetária manteve as taxas básicas entre 5% e 5,25% ao ano. Os Estados Unidos divulgam, às 9h30, dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego e as vendas do varejo em maio.

Na zona do euro, saiu a divulgação da balança comercial de abril, que teve déficit de 11,7 bilhões de euros. Espera-se que o BCE anuncie alta de 25 pontos-base. Haverá entrevista coletiva com a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde.

Na China, as vendas ao varejo cresceram 12,7%, em maio, abaixo da expansão de 18,4% registrada em abril. Já a produção industrial da segunda maior economia do mundo aumentou 3,5%, abaixo dos 5,6% em abril. Na Argentina, os preços ao consumidor tiveram alta de 7,8% em maio, ante o aumento de 8,4% em abril.

Por volta de 7h06, o petróleo WTI operava com valorização de 1,14%, a US$ 69,24 o barril, enquanto o brent estava em alta de 1,17%, a US$ 74,06. Em Dalian, o minério de ferro subiu 1,43%, para US$ 113,95 a tonelada.

O bitcoin tinha queda de 0,44%, para US$ 24,830 mil.

Brasil

Arcabouço fiscal, contas públicas, inflação, PIB, reforma tributária e reforma ministerial continuam a ser foco das atenções do mercado.

Ontem, a S&P Global Ratings elevou a perspectiva de longo prazo do Brasil na escala global de "estável" para "positiva", mas manteve a nota de crédito soberano de longo e curto prazo em B na moeda local.

O Ibovespa subiu 1,99%, a 119.068 pontos – maior nível em oito meses –, enquanto o dólar teve nova queda, desta vez de 1,15%, para R$ 4,8063 – menor patamar desde 6 de junho do ano passado. Tanto a melhora da classificação de risco pela S&P quanto a interrupção das altas de juros nos Estados Unidos contribuíram para o desempenho desses indicadores.

O governo avalia elevar para R$ 500 mil o teto de preços de imóveis enquadrados no Minha Casa, Minha Vida para atender famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.

O IBGE informa hoje a PMS - Pesquisa Mensal de Serviços referente ao mês de abril. O ministério dos Transportes vai divulgar a nova política de concessões de rodovias federais.

Empresas

Petrobras admite que está “trabalhando internamente” na possibilidade de exercer direito de preferência em oferta de compra de ações Braskem, segundo o Valor Econômico.

Americanas afirmou que fraude ajudou a melhorar seus resultados em R$ 25,3 bilhões até o 3tri de 2022. O Valor informa que a negociação entre Americanas e bancos não devem ser afetadas pelo relatório jurídico divulgado pela varejista na terça-feira.

Oi reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 1,27 bi no 1tri – balanço havia sido adiado duas vezes. Nove montadoras de automóveis de passeio aderiram ao programa de incentivo ao setor automotivo – Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot.

Vendas líquidas de imóveis da MRV cresceram 47,8%, no acumulado de abril e maio, para R$ 1,46 bilhão, e preço médio por unidade de R$ 226 mil. O Estado de S. Paulo informa que, até agosto, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, anuncie a estruturação financeira da privatização da companhia de saneamento. Aberto / Como

2023-06-14 19:54:41 Bottom line:

A inflação ao produtor de maio registrou leitura mais uma vez abaixo das expectativas, com o headline registrando deflação de -0,31% ante -0,1% esperado pelo consenso, enquanto o núcleo mostrou estabilidade (0,0% m/m ante 0,2% na estimativa do mercado). Cabe destacar que o PPI tem registrado, em média, -25 bps de surpresa desde fevereiro deste ano, mostrando o viés baixista do indicador.

Setorialmente, destaque para a nova deflação em bens (-1,6% m/m), após retomada em abril (de +0,2% m/m), com consolidação negativa do mix, com retomada da deflação de energia (-6,8% m/m), após recomposição no mês anterior, ao passo que alimentos passou de uma inflação moderada para deflação (-1,3% m/m).

O grupo de serviços avançou 0,2% m/m, catalisado pela estabilização no núcleo de serviços, com pressão no setor de comércio (1,0% m/m) e deflação em transporte e armazenamento (-1,4% m/m). Já os dados de médicos e seguros de saúde ainda mostram inflação na margem (0,1% m/m). Por sua vez, a construção mostrou retomada de inflação (0,2% m/m) após a deflação momentânea em abril.

E para frente?

Para a inflação ao produtor em 2023, a acomodação da pressão de energia será relevante para a continuidade da desaceleração expressiva do índice nos próximos meses, bem como a normalização das cadeias produtivas em outros segmentos, mas ressaltamos que o núcleo de serviços, que ainda melhoraram na margem, continua como ponto de atenção.

No lado agregado de inflação, o núcleo PPI ainda permanece em patamar mais elevado, conforme divulgado pelo próprio núcleo do CPI ontem, mas o PPI segue surpreendendo para baixo e sinalizando descompressão de bens à frente. Por outro lado, as divulgações do setor de saúde e de construção ainda mostram uma contribuição positiva para as estimativas do deflator do PCE no final deste mês. Nesse sentido, a totalidade dos dados de inflação ainda apontam para um ambiente desafiador para a dinâmica de preços no curto prazo e que reduzem a probabilidade de cortes de juros nesse ano (atualmente precificado 16 bps no 4T23). Aberto / Como

2023-06-14 19:54:38 Aberto / Como

2023-06-14 16:44:18 Bottom line:

O núcleo do volume de vendas do comércio varejista no Brasil apresentou variação positiva de 0,1% m/m em abril de 2023, praticamente em linha do esperado pelo mercado (0,2% m/m).

Na abertura setorial, destaque positivo para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3% m/m), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0% m/m) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2% m/m). Por sua vez, no lado negativo, temos Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2% m/m), Tecidos, vestuário e calçados (-3,7% m/m), Combustíveis e lubrificantes (-1,9% m/m), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4% m/m) e Móveis e eletrodomésticos (-0,5% m/m).

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, material de construção, entre outros, foi a grande surpresa deste mês, mesmo registrando contração. O setor mostrou redução de -1,6% m/m em suas vendas, melhor do que o esperado pelo mercado (-2,2% m/m) e explicado parcialmente pela forte base de comparação deixada pela expansão de março (+3,7% m/m). O resultado reflete a queda em vendas de veículos (-5,9%) e peças e materiais de construção (-0,8% m/m).

E para frente?

A conjuntura de juros elevados segue trazendo desafios ao setor varejista, mas para o 2T23, o setor tende a manter resiliência. Após o resultado de hoje, o carrego estatístico para o núcleo do varejo no período é de 0,63% t/t após a alta de 2% t/t no 1T23. Para o varejo amplo, temos um carrego de 1,4% t/t, após alta de 4,6% t/t nos primeiros três meses do ano.

Assim como já alertamos no passado, se de um lado as condições financeiras restritivas podem reduzir as surpresas recentes do varejo, por outro os reajustes já realizados no salário-mínimo, nos rendimentos dos servidores públicos federais e na antecipação do abono salarial a partir de maio podem dissipar os efeitos contracionistas das taxas de juros. O próprio avanço expressivo do componente de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apontam nessa direção. Por outro lado, destacamos que apenas três das oito categorias mostraram avanço no mês, mostrando baixa difusão e uma fraqueza na demanda por bens não essenciais.

Portanto, ainda antecipamos a continuidade da acomodação do crescimento para o segmento do varejo no segundo semestre, sobretudo após a barra alta deixada pelo início do ano. Aberto / Como

2023-06-14 16:44:15 Aberto / Como

2023-06-14 16:04:09 #análiseações BTG | Análise de Ações

Serviços Básicos

Segmento de Transmissão

Capex estimado de R$ 15,74 bilhões, VPL de R$ 2,53 bilhões

Em 30 de junho, a ANEEL realizará o primeiro leilão de transmissão de uma série prevista para 2023-24. Este leilão terá um capex estimado impressionante de R$ 15,74 bilhões, dividido entre 9 blocos, com receita máxima permitida (RAP) de R$ 2,56 bilhões (relação capex/RAP de 6,1x). Os projetos contemplam 6.184km e 400MVA de subestações elétricas, em 7 estados, com prazo de conclusão de 36 a 66 meses. O Bloco 2 é o maior, com capex estimado de R$ 4,35 bilhões. Com base nas atas do leilão, estimamos um VPL total de R$ 2,53 bilhões, com uma taxa de desconto Ke real de 8% sobre o FCFE.

Batalha de gigantes

Vários fatores sugerem retornos apertados (novamente):
(i) preços crescentes de materiais e fretes;
(ii) maior custo de capital; e
(iii) escassez de mão de obra e contratados EPC.
Mas os licitantes poderiam superar os retornos máximos sendo mais eficientes em termos de capex, período de construção, alavancagem e benefícios fiscais. Dada a dimensão dos principais blocos, prevê-se que a concorrência seja dominada por grandes grupos com experiência na construção e exploração desses ativos. Quase todas as empresas que cobrimos manifestaram interesse em licitar, ou estão considerando ativamente fazê-lo, incluindo Alupar, Taesa, Isa Cteep, Eletrobras, Cemig, CPFL, Energisa, Equatorial, Neoenergia e Auren. Aberto / Como

2023-06-14 14:54:12 Internacional

As bolsas asiáticas fecharam sem tendência definida nesta terça-feira em que o Federal Reserve (Fed) divulga sua decisão em relação à taxa de juros da economia americana. O S&P 500 futuro operava com alta de 0,18% e Stoxx 600 +0,45%. Nikkei fechou com valorização de 1,47%, Shanghai teve queda de 0,14%, e Hong Kong caiu 0,58%. Bolsas europeias subiam no início da manhã.


S&P 500 Futuro +0,18%
STOXX 600 +0,45%
FTSE 100 +0,35%
Nikkei 225 +0,6%
Shanghai SE Comp. -0,14%
Dollar Index -0,18%
Yield 10 anos -0,02%
Bloomberg Comdty Index +0,11%
Petróleo WTI +1,01% a US$ 70,28 o barril

O mercado espera que o Fed divulgue interrupção das altas de juros dos Estados Unidos após 15 meses. Apesar da continuidade da preocupação com a inflação americana, a maioria das estimativas de mercado aponta para juros na faixa de 5% a 5,25%. Haverá entrevista coletiva com Jerome Powell, presidente do Fed, às 15h30.

Mais cedo, às 9h30, será divulgado o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos. Na China, haverá divulgação de dados do varejo e de produção industrial.

Ontem, os números de maio referentes à inflação ao consumidor dos EUA ficaram dentro das expectativas, e houve redução da taxa de juros de referência pelo banco central da China. Diante de pressões para impulsionar a segunda maior economia do mundo, o governo chinês avalia pacote de estímulos para o mercado imobiliário, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. Na zona do euro, a produção industrial cresceu 1% em abril na comparação com o mês anterior.

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, se declarou inocente das 37 acusações de retenção de documentos oficiais sigilosos em depoimento de três horas ontem.

Por volta de 7h, o petróleo WTI operava com valorização de 1,01%, a US$ 70,28 o barril, enquanto o brent estava em alta de 1,08%, a US$ 75,09. Em Dalian, o minério de ferro subiu 2,24%, para US$ 114 a tonelada.

O bitcoin teve alta de 0,14%, para US$ 25,923 mil.

Brasil

O mercado segue de olho nas discussões relacionadas a arcabouço fiscal, contas públicas, reforma tributária e reforma ministerial. Às 9h, o IBGE divulga a PMC – Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mês de abril. Às 10h, CNI informa o Índice de Confiança do Empresário Industrial – Icei de junho e, às 14h30, o Banco Central publica o fluxo cambial semanal.

Ontem, o Senado aprovou a MP que recria o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

O Ibovespa interrompeu uma sequência de altas e fechou em queda de 0,51%, a 116.742 pontos, em resposta às altas de juros futuros nos Estados Unidos e no Brasil. O dólar caiu 0,08%, para R$ 4,8624 – menor nível em pouco mais de um ano.

Empresas

Americanas admitiu fraudes para melhorar seus resultados operacionais e culpou a diretoria anterior, incluindo o ex-CEO Miguel Gutierrez, que comandou a companhia por 20 anos até o fim de 2022. Segundo a Folha de S. Paulo, o valor total das fraudes é próximo de R$ 50 bilhões. Na CPI da Câmara dos Deputados, o atual CEO, Leonardo Coelho Pereira, disse haver indícios de participação da PwC e da KPMG. Ontem, as ações da Americanas chegaram a subir 19% e fecharam com valorização de 6,03%.

Petrobras avalia cobrir oferta de R$ 10 bilhões feita pela Unipar para assumir o controle da Braskem, segundo O Estado de S. Paulo, mas a companhia informa que não decidiu se fará desinvestimento ou aumentará fatia na petroquímica. Petroleira diz que continuará presente em ativos maduros de águas profundas e ultraprofundas com fortes investimentos. Gerdau inaugurou equipamento de lingotamento contínuo de blocos e tarugos de aço na usina em Pindamonhangaba (SP), no qual investiu R$ 700 milhões. Positivo Tecnologia entrou no mercado de informação e segurança eletrônica. Aberto / Como

2023-06-13 19:00:02 Bottom line:

O CPI (Inflação ao Consumidor) de maio avançou 0,12% m/m, em linha do consenso de mercado (0,1% m/m) e abaixo da nossa projeção (0,2% m/m). O movimento foi puxado pela forte deflação de energia (-3,6%% m/m), que sofre maior influência de fatore sazonais e que não incorporamos integralmente em nossas estimativas. Por outro lado, os itens de alimentos voltaram a acelerar (0,2% m/m), puxados tanto pela alimentação fora de casa, quanto ao domicílio.

O núcleo de inflação também ficou sutilmente acima das estimativas (0,44% vs 0,4% m/m), refletindo a maior pressão do núcleo de bens, em especial com números acima do esperado para carros usados (4,4% m/m) e uma deflação mais branda em carros novos (-0,1% m/m). Por sua vez, destacamos uma inflação mais forte para vestuário (0,30% m/m) e também em serviços (0,40% m/m), com nova pressão nos itens ligados à habitação (0,60% m/m), voltando a acelerar após a descompressão em abril.

Retirando os itens voláteis do núcleo de inflação e observando o chamado “supercore”, ou seja, núcleo de serviços sem habitação, métrica mais acompanhada pelo Fed, vemos uma aceleração mais clara (de 0,11% m/m para 0,24% m/m) – ainda que abaixo dos 0,3% na média dos últimos 6 meses.

E para frente?

A recente pressão no componente de bens tem motivado revisão altista das projeções do núcleo para o final do ano, mesmo com indicadores antecedentes já apontam para uma acomodação nos próximos meses em itens do segmento automotivo.

A evolução dos dados de consumo e do mercado de trabalho ainda dão suporte para uma inflação elevada no segundo semestre, o que suporta a nossa expectativa de juros altos por mais tempo e sem cortes nesse ano. Com os dados de hoje, revisamos nossa projeção de CPI para o ano para 3,46% no headline e 3,98% para o núcleo.

Em nossa visão, o resultado do CPI ainda dá suporte para um posicionamento hawkish por parte do Fed na reunião de amanhã, embora o comitê opte por um “skip” das altas de juros e acumule mais dados de consumo, emprego e inflação para uma decisão mais assertiva em julho. Aberto / Como

2023-06-13 18:59:56 Aberto / Como

2023-06-13 16:08:06 #macro BTG | Macro & Estratégia

Commodities | Junho 2023

Mercado desafia a influência da OPEP

As economias americana e chinesa são protagonistas nas discussões sobre os preços das hard commodities. A Arábia Saudita anunciou cortes unilaterais na produção de petróleo, visando evitar quedas maiores nos preços internacionais, em resposta às preocupações com a atividade econômica nos EUA.

Embora os cortes anteriores da OPEP+ não tenham sido suficientes para impulsionar os preços, espera-se que a extensão dessas medidas até o final de 2024 tenha um impacto positivo no mercado.

Confira também:
- Minério de ferro
- Soja e milho
- Boi Gordo
- Açúcar e etanol
- Café Arábica
- Panorama macroeconômico

Em anexo, o relatório completo. Aberto / Como