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Bottom line: A inflação ao produtor de maio registrou leitura | BTG Pactual | Research & News

Bottom line:

A inflação ao produtor de maio registrou leitura mais uma vez abaixo das expectativas, com o headline registrando deflação de -0,31% ante -0,1% esperado pelo consenso, enquanto o núcleo mostrou estabilidade (0,0% m/m ante 0,2% na estimativa do mercado). Cabe destacar que o PPI tem registrado, em média, -25 bps de surpresa desde fevereiro deste ano, mostrando o viés baixista do indicador.

Setorialmente, destaque para a nova deflação em bens (-1,6% m/m), após retomada em abril (de +0,2% m/m), com consolidação negativa do mix, com retomada da deflação de energia (-6,8% m/m), após recomposição no mês anterior, ao passo que alimentos passou de uma inflação moderada para deflação (-1,3% m/m).

O grupo de serviços avançou 0,2% m/m, catalisado pela estabilização no núcleo de serviços, com pressão no setor de comércio (1,0% m/m) e deflação em transporte e armazenamento (-1,4% m/m). Já os dados de médicos e seguros de saúde ainda mostram inflação na margem (0,1% m/m). Por sua vez, a construção mostrou retomada de inflação (0,2% m/m) após a deflação momentânea em abril.

E para frente?

Para a inflação ao produtor em 2023, a acomodação da pressão de energia será relevante para a continuidade da desaceleração expressiva do índice nos próximos meses, bem como a normalização das cadeias produtivas em outros segmentos, mas ressaltamos que o núcleo de serviços, que ainda melhoraram na margem, continua como ponto de atenção.

No lado agregado de inflação, o núcleo PPI ainda permanece em patamar mais elevado, conforme divulgado pelo próprio núcleo do CPI ontem, mas o PPI segue surpreendendo para baixo e sinalizando descompressão de bens à frente. Por outro lado, as divulgações do setor de saúde e de construção ainda mostram uma contribuição positiva para as estimativas do deflator do PCE no final deste mês. Nesse sentido, a totalidade dos dados de inflação ainda apontam para um ambiente desafiador para a dinâmica de preços no curto prazo e que reduzem a probabilidade de cortes de juros nesse ano (atualmente precificado 16 bps no 4T23).