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Bottom line: O núcleo do volume de vendas do comércio varejis | BTG Pactual | Research & News

Bottom line:

O núcleo do volume de vendas do comércio varejista no Brasil apresentou variação positiva de 0,1% m/m em abril de 2023, praticamente em linha do esperado pelo mercado (0,2% m/m).

Na abertura setorial, destaque positivo para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3% m/m), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0% m/m) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2% m/m). Por sua vez, no lado negativo, temos Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2% m/m), Tecidos, vestuário e calçados (-3,7% m/m), Combustíveis e lubrificantes (-1,9% m/m), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4% m/m) e Móveis e eletrodomésticos (-0,5% m/m).

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, material de construção, entre outros, foi a grande surpresa deste mês, mesmo registrando contração. O setor mostrou redução de -1,6% m/m em suas vendas, melhor do que o esperado pelo mercado (-2,2% m/m) e explicado parcialmente pela forte base de comparação deixada pela expansão de março (+3,7% m/m). O resultado reflete a queda em vendas de veículos (-5,9%) e peças e materiais de construção (-0,8% m/m).

E para frente?

A conjuntura de juros elevados segue trazendo desafios ao setor varejista, mas para o 2T23, o setor tende a manter resiliência. Após o resultado de hoje, o carrego estatístico para o núcleo do varejo no período é de 0,63% t/t após a alta de 2% t/t no 1T23. Para o varejo amplo, temos um carrego de 1,4% t/t, após alta de 4,6% t/t nos primeiros três meses do ano.

Assim como já alertamos no passado, se de um lado as condições financeiras restritivas podem reduzir as surpresas recentes do varejo, por outro os reajustes já realizados no salário-mínimo, nos rendimentos dos servidores públicos federais e na antecipação do abono salarial a partir de maio podem dissipar os efeitos contracionistas das taxas de juros. O próprio avanço expressivo do componente de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apontam nessa direção. Por outro lado, destacamos que apenas três das oito categorias mostraram avanço no mês, mostrando baixa difusão e uma fraqueza na demanda por bens não essenciais.

Portanto, ainda antecipamos a continuidade da acomodação do crescimento para o segmento do varejo no segundo semestre, sobretudo após a barra alta deixada pelo início do ano.