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Bottom line: O CPI (Inflação ao Consumidor) de maio avançou 0 | BTG Pactual | Research & News

Bottom line:

O CPI (Inflação ao Consumidor) de maio avançou 0,12% m/m, em linha do consenso de mercado (0,1% m/m) e abaixo da nossa projeção (0,2% m/m). O movimento foi puxado pela forte deflação de energia (-3,6%% m/m), que sofre maior influência de fatore sazonais e que não incorporamos integralmente em nossas estimativas. Por outro lado, os itens de alimentos voltaram a acelerar (0,2% m/m), puxados tanto pela alimentação fora de casa, quanto ao domicílio.

O núcleo de inflação também ficou sutilmente acima das estimativas (0,44% vs 0,4% m/m), refletindo a maior pressão do núcleo de bens, em especial com números acima do esperado para carros usados (4,4% m/m) e uma deflação mais branda em carros novos (-0,1% m/m). Por sua vez, destacamos uma inflação mais forte para vestuário (0,30% m/m) e também em serviços (0,40% m/m), com nova pressão nos itens ligados à habitação (0,60% m/m), voltando a acelerar após a descompressão em abril.

Retirando os itens voláteis do núcleo de inflação e observando o chamado “supercore”, ou seja, núcleo de serviços sem habitação, métrica mais acompanhada pelo Fed, vemos uma aceleração mais clara (de 0,11% m/m para 0,24% m/m) – ainda que abaixo dos 0,3% na média dos últimos 6 meses.

E para frente?

A recente pressão no componente de bens tem motivado revisão altista das projeções do núcleo para o final do ano, mesmo com indicadores antecedentes já apontam para uma acomodação nos próximos meses em itens do segmento automotivo.

A evolução dos dados de consumo e do mercado de trabalho ainda dão suporte para uma inflação elevada no segundo semestre, o que suporta a nossa expectativa de juros altos por mais tempo e sem cortes nesse ano. Com os dados de hoje, revisamos nossa projeção de CPI para o ano para 3,46% no headline e 3,98% para o núcleo.

Em nossa visão, o resultado do CPI ainda dá suporte para um posicionamento hawkish por parte do Fed na reunião de amanhã, embora o comitê opte por um “skip” das altas de juros e acumule mais dados de consumo, emprego e inflação para uma decisão mais assertiva em julho.