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ESTOICISMO

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2022-03-02 15:02:11 #61 — Qual o seu verdadeiro valor?

"Acima de tudo, é necessário que uma pessoa tenha verdadeira auto-estimativa porque nós constantemente acreditamos que podemos fazer mais do que realmente podemos."
— Sêneca

Goethe disse "Não há necessidade de se valorizar acima de suas habilidades e não precisa se humilhar".

Nós evitamos fazer uma análise honesta sobre o que podemos, ou não, fazer porque temos medo do que descobriremos.

Alguns acham que podem fazer tudo, que podem dizer "sim" a todas as oportunidades, que tudo terminará bem no final — quando o mais provável é que ficarão exauridos por ter corrido em todas as direções. Não podemos fazer tudo e não há problema em fazer apenas o que é essencial.

Outros têm medo de se analisar e descobrir que, na verdade, podem fazer mais do que acreditam. Isso significa trazer mais responsabilidades, mais compromissos. Mas não é gratificante descobrir que podemos lidar de forma elegante e contida com uma situação que achávamos que era o fim do mundo?

Precisamos desenvolver o hábito de realizar uma auto-estimativa (o que eu posso ou não posso fazer?). Caso contrário, como poderemos descobrir quais as nossas verdadeiras fraquezas e despertar nosso verdadeiro potencial?

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-03-01 15:00:34 #60 — Onde começa a filosofia

"Um local importante para começar a filosofia é: uma percepção clara do princípio que rege sua vida."
— Epictetus

Mencionar filosofia em uma conversa normalmente resulta em pessoas revirando os olhos ou argumentando que não as interessa porque é algo complicado demais. Muitos livros, retórica complexa e como você poderia começar a estudar algo tão cheio de nuances? Segundo Epictetus, olhando para nós mesmos.

Epictetus afirmava que alguém se torna um(a) filósofo(a) ao começar a exercitar a razão e as virtudes, ao questionar as emoções e crenças em busca das suas origens para poder compreendê-las. Nem tudo o que acreditamos é verdade; nossas crenças muitas vezes não são nossas, mas absorvidas de outras pessoas — como separar a ilusão da verdade?

Em outras palavras, começamos a nossa jornada na filosofia quando nos tornamos conscientes da possibilidade de analisar a nós mesmos(as) e a nossa mente.

Nós podemos caminhar, um passo de cada vez, em direção ao nosso interior e mudar tudo aquilo que não nos ajuda a viver a vida que desejamos viver.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-28 15:02:11 #59 — Retornando ao domínio da razão

"A alma é como uma tigela com água e nossas percepções são como os raios de luz sobre a água. Quando a água está turbulenta, parece que a própria luz também se move, mas ela não se moveu. Quando uma pessoa perde a cabeça, não são as virtudes ou as habilidades que estão turbulentas, mas o espírito no qual elas existem, e quando o espírito se acalma, tudo se acalma."
— Epictetus

Eu faço besteira. Você faz besteira. Somos humanos, faz parte da nossa natureza errar e, às vezes, perder a cabeça.

Quando nossa mente se perturba, nossas percepções se alteram, mas isso não significa que o que sabemos — a filosofia que conhecemos — mudou. Nosso espírito se alterou, mas a nossa razão continua presente. Ela não nos abandonou, nós que a abandonamos.

Por pior que seja o momento, por pior que estejamos nos sentindo, nossa razão continua presente, esperando que voltemos a ela.

Em qualquer momento de raiva ou desespero, tudo o que conhecemos continua presente — nossa essência não mudou, apenas foi temporariamente abandonada. Precisamos apenas achar o caminho de volta e recuperar o equilíbrio.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-27 15:01:15 #58 — Seja indiferente às coisas que não fazem diferença

"De todas as coisas, algumas são boas, outras são ruins, e ainda existem as indiferentes. As boas são as virtudes e tudo o que elas compartilham; as ruins são vícios e tudo o que as satisfazem; as indiferentes existem no meio, entre virtude e vício, e incluem riqueza, saúde, vida, morte, prazer e dor."
— Epictetus

"Espera aí, Epictetus, existem coisas boas e ruins? E como assim como assim felicidade, vida, saúde etc. não importam?"

Como Epictetus não está presente, eu terei que responder essas perguntas:

1. Nada tem um valor intrínseco, mas você considera as coisas que lhe tornam melhor como ruins? Não. Você atribuiu os valores.

2. Se você é uma pessoa de virtudes, as coisas boas da vida são consequências e não causas. Se você age de acordo com o que acredita, você será mais feliz, você cuidará mais de si, consequentemente sua vida será melhor e você terá menos arrependimentos.

Não é melhor agir da forma correta e não precisar se preocupar com coisas que perturbam os outros? Enquanto os outros estão preocupados com a aparência, com quanto dinheiro têm, com quantos dias ainda têm para viver, você permanecerá calma(o) e impassível.

É verdade que alguns estóicos eram homens ricos, como Sêneca, mas eles faziam uso do que possuíam e aceitavam que tudo poderia desaparecer — desde objetos até suas próprias vidas. Não se trata de evitar coisas como se fossem o demônio encarnado, se trata de não dar atenção além do que é necessário.

Você pode ser indiferente a tudo o que existe entre as virtudes e os vícios porque você pratica suas virtudes e evita os vícios. Você deixa de desejar por mais e não teme perder o que possui. Você vive uma vida em que apenas as coisas que importam têm poder.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-26 15:01:05 #57 — O que fazer quando a raiva nos domina

"Outro me fez mal? Deixe que ele cuide disso. Ele tem suas próprias tendências e seus próprios compromissos. O que eu tenho agora é o que a natureza comum desejou e o que eu me esforço para realizar é o que a minha natureza quer."
— Marco Aurélio

Abraham Lincoln, como todo mortal, tinha acessos de raiva quando algum funcionário ou amigo fazia algo de errado. Quando isso acontecia, Lincoln sentava na sua mesa e escrevia uma longa carta para essa pessoa. Ele explicava o seu ponto de vista, o que essa pessoa tinha feito de errado e o que ele gostaria que ela soubesse. Ao finalizar a carta, ele a dobrava, colocava em um envelope e… nunca a enviava ao destinatário.

Quantas vezes não nos estressamos e descontamos em alguém aquilo que sentimos? Às vezes, o nosso alvo é qualquer um que passar pelo nosso caminho e não quem nos fez mal! E o que isso traz de bom? No melhor dos casos, nada. No pior dos casos, abala nossos relacionamentos.

Quando direcionamos nossa raiva a alguém, estamos entregando um pedaço da nossa mente a quem não merece. Nossa mente e nossa paz de espírito é o que temos de mais valioso, mas quantas vezes não abrimos mão delas? Quantas vezes não nos entregamos a ataques de raiva quando poderíamos ter continuado imperturbáveis?

Lincoln entendia o que Marco Aurélio quis dizer: é fácil reagir, é fácil gritar de volta, mas tudo isso apenas termina em arrependimento.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-25 15:01:17 #56 —O castelo de areia

"Mantenha uma lista em sua mente daqueles que queimaram por causa da raiva e ressentimento em relação a algo, daqueles mais renomados por causa do sucesso, das desventuras, dos atos malignos ou qualquer distinção especial. Então se pergunte, como que tudo terminou? Fumaça e poeira, o material para mitos tentando ser lendas…"
— Marco Aurélio

O Imperador Marco Aurélio repetidamente escrevia como foi o reinado dos imperadores que vieram antes dele e ressaltava como, pouco tempo depois, eles mal eram lembrados. Raiva, obsessão ou perfeccionismo incitavam a ação e a necessidade de dominação e expansão, mas até mesmo Alexandre, o Grande, foi enterrado na mesma terra que o guia da sua mula.

Para Marco Aurélio, isso era um lembrete de que não importa o quanto ele conquistasse ou impusesse sua vontade no mundo, eventualmente, tudo seria levado embora pelos ventos do tempo, assim como um castelo de areia.

Eventualmente, todos nós morreremos e seremos esquecidos(as). Os estóicos lembram-se constantemente que nosso tempo nesta terra é curto, logo, ele tem que ser vivido bem.

As nossas emoções e nosso ego desejam que sejamos como esses imperadores: que queimemos ardentemente sem pensar nas consequências. Até o momento que o tempo se esgota, estamos cheios(as) de arrependimentos e não sabemos o que fizemos com nossa vida.

Ao invés de nos transformar em escravos(as) das nossas emoções, especialmente as que nos deixam miseráveis e insatisfeitos(as), devemos aproveitar nosso breve tempo da melhor forma possível.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-24 15:00:26 #55 — A verdadeira origem do mal

"Tenha em mente que isto não é a coisa que quer lhe fazer mal e lhe direciona golpes com intuito de lhe machucar, mas que o dano vem de sua própria crença sobre o abuso. Então, quando alguém despertar sua raiva, saiba que é realmente sua própria opinião alimentando-a. Em vez disso, torne a sua primeira resposta não ser levado por tais impressões, pois com o tempo e a distância, o autocontrole é mais facilmente alcançado."
— Epictetus

Um bilionário que perde 500 mil reais terá uma reação, nós teremos outras se perdermos a mesma quantidade. Se seu/sua companheiro(a) disser algo negativo a você, você irá reagir de forma diferente do que se fosse o seu inimigo. Isso significa que precisamos de um contexto para poder classificar algo como bom ou ruim.

Os estóicos nos lembram constantemente que não existem circunstâncias objetivamente boas ou ruins. Nada tem um valor intrínseco, apenas o sentido subjetivo que damos às situações de acordo com o contexto em que estamos inseridos.

Em Meditações, Marco Aurélio escreveu um lembrete para si: "Nós temos o poder de não ter opinião sobre algo e não deixar que prejudiquem nosso estado de espírito — porque as coisas não possuem poder natural para moldar nossos julgamentos."

A nossa reação ao que acontece define se algum mal foi provocado ou não.

Se tivermos uma reação negativa, acreditamos que algo nos fez mal. Se tivermos uma reação positiva, algo nos fez bem. Mas constantemente esquecemos que temos o poder de não reagir. Logo, o que aconteceu não faz a menor diferença e podemos continuar nosso dia sem sermos perturbados(as).

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-23 15:01:34 #54 — As circunstâncias não ligam para você

"Você não deveria dar às circunstâncias o poder de lhe enraivecer porque elas não ligam para isso."
— Marco Aurélio

Em Meditações, Marco Aurélio praticava os pensamentos estóicos e, em muitos momentos, o que ele escrevia não era de sua autoria, mas uma frase que anotou como lembrete. Neste caso, a frase pertence a uma peça de Eurípedes — infelizmente, perdida ao longo dos séculos.

Pelos fragmentos que historiadores e estudiosos conseguiram recuperar, a peça trata sobre um herói que duvidou da existência dos deuses. Mas o que os deuses têm a ver com a crença dele? Desde quando a Sorte ou o Universo ligam para como nos sentimentos em relação a eles?

E por que nós devemos nos irritar com o que nos acontece? Eventos externos não são seres sencientes, eles não vão mudar porque se comoveram com nossa situação.

Marco Aurélio escreveu um lembrete para si: se deixar abalar pelo que acontece de nada adianta porque a situação não irá mudar. O Universo não liga para como você se sente, então não desperdice o tempo reclamando, use-o para superar o obstáculo.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-22 15:01:43 #53 — Algumas coisas não devem ser ditas

"Cato praticou o tipo de discurso público capaz de mover as massas, acreditando que a filosofia política apropriada cuida como em qualquer grande cidade para manter o elemento guerreiro. Mas ele nunca foi visto praticando na frente dos outros, e ninguém jamais o ouviu ensaiar um discurso.

Quando lhe disseram que as pessoas o culpavam por seu silêncio, ele respondeu: 'Melhor que eles não culpem minha vida. Eu começo a falar somente quando estou certo de que o que vou dizer não é melhor não ser dito.'"
— Plutarco

Cato, senador romano, soldado, aristocrata, estóico e o inimigo mortal de Júlio César — e pouco conhecido no mundo atual. Cato acreditava, assim como todos os estóicos, que a filosofia deve ser vivida e não escrita, mas ele compreendia que também é preciso parar.

Agir é simples, não requer pensamento, apenas uma sequência de movimentos. A dificuldade reside em saber os momentos em que é preciso atrasar a ação com o intuito de refletir.

"Eu preciso disso agora? Não, tenho certeza de que não preciso" ao invés de adquirir algo porque insistiram para que você comprasse. "Eu devo fazer isso agora? Não, acredito que não é o melhor momento" ao invés de tomar uma decisão financeira porque, segundo o gerente do banco, é uma excelente escolha. "Eu deveria fazer isso com minha vida? Não, não acho que seja para mim" ao invés de ceder à pressão social para fazer algo que não deseja.

Ao entrar no ramo político, todos esperavam grandes coisas de Cato e ele sabia da existência dessa pressão (algo que muitos podemos nos relacionar), mas resistiu. Ele esperou, ponderou e se preparou.

Ele passou a si mesmo por um filtro, analisou se suas reações eram baseadas em emoções egoístas, ignorantes ou prematuras. E então ele quebrou o silêncio porque, neste momento, achou que tinha algo que deveria ser dito.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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2022-02-21 15:01:16 #52 — A vulnerabilidade provocada por desejos

"Lembre-se que não é apenas o desejo por riqueza ou ascensão social que tira nossa base e nos domina, mas também o desejo por paz, diversão, viagens e aprendizado. Não importa qual é a coisa externa, o valor que colocamos nela nos deixa dominar por outro… onde está o nosso coração, ali reside o impedimento."
— Epictetus

Epictetus não quer dizer que desejar paz, diversão, lazer ou aprendizado é algo ruim. O que nos desestabiliza é o desejo ardente por qualquer coisa externa.

Nossos desejos nos deixam vulneráveis. Ao desejar algo, quando surge uma oportunidade, deixamos de pensar racionalmente e nos entregamos às nossas emoções. Como consequência, podemos perder o controle, especialmente se as coisas não acontecerem como desejamos.

Diógenes disse: "é privilégio dos deuses desejar nada, e de homens divinos desejar pouco". Desejar nada seria a definição de invencibilidade porque não existirá coisa alguma fora da nossa esfera de controle que poderá perturbar a nossa paz de espírito.

Felizmente, não precisamos ser monges budistas em busca do Nirvana, mas devemos controlar os nossos desejos ou eles acabarão por nos controlar.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade
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