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Teologia, Patrística e História Eclesiástica ⛪️

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“Buscar a verdade com todo o esforço, julgo que não é leve nem supérfluo, mas importantíssimo e necessário.”
– Santo Agostinho,
Contra Acad. Livro III, Cap. 1, 1 📖
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As últimas mensagens 22

2021-12-03 03:00:35 2. A ira

Vamos admitir que a ira é um desejo acompanhado de dor que nos incita a exercer vingança explícita devido a algum desprezo manifestado contra nós, ou contra pessoas da nossa convivência, sem haver razão para isso. Se a ira é isto, forçoso é que o iracundo se volte sempre contra um determinado indivíduo, por exemplo contra Cléon, mas não contra o homem em geral; e que seja por algum agravo que lhe fizeram ou pretendiam fazer, a ele ou a algum dos seus; além disso, toda ira é acompanhada de certo prazer, resultante da esperança que se tem de uma futura vingança. De fato, existe prazer em pensar que se pode alcançar o que se deseja; mas, como ninguém deseja o que lhe é manifestamente impossível, o irascível deseja o que lhe é possível. Por isso, razão tem o poeta para dizer sobre a ira [1]:

que, muito mais doce do que o mel destilado, cresce nos corações dos homens. [2].

Por isso, há um certo prazer que acompanha a ira, e também porque o homem vive na ideia de vingança, e a representação [3] que então se gera nele inspira-lhe um prazer semelhante ao que se produz nos sonhos.

Notas:

1.
Θυμός “θiˈmɔs”/“Thymós” – “Raiva”
2. Il., 18.109-110.
3. Φαντασία: “representação” ou “imaginação” mais do que propriamente “fantasia” do tipo sensorial ou racional.

ARISTÓTELES, Retórica. Livro II; Cap. 2, §§ 1-2. Pág(s). 85-86
Martins Fontes, Editora. 2020.
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Aberto / Como
2021-12-03 03:00:31
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Aberto / Como
2021-12-01 04:00:53 1° de Dezembro

A necessidade da encarnação para oferecer satisfação suficiente pelo pecado

I. De duas maneiras pode-se dizer suficiente uma satisfação:

De maneira perfeita, porque é condigna, por certa adequação, para compensar a culpa cometida, e assim a satisfação que um simples homem dera pelo pecado não poderia ser suficiente, porque toda a natureza humana estava corrompida pelo pecado, nem o bem de uma pessoa, e mesmo de muitas, podia compensar com equivalência o dano de toda a natureza humana; ademais, o pecado cometido contra Deus é de certo modo infinito por conta da infinita majestade de Deus que foi ofendido, pois a ofensa é tanto mais grave quanto maior é a dignidade do ofendido. Portanto, foi necessário para uma satisfação condigna que o ato de satisfação tivesse eficácia infinita, como é o ato daquele que é Deus e homem.
A satisfação do homem pode ser suficiente de maneira imperfeita, isto é, segundo a aceitação daquele que se consente com ela, ainda que não seja condigna, e deste modo a satisfação de um simples homem é suficiente; posto que o imperfeito pressuponha algo perfeito que o sustente, daí resulta que toda satisfação dada por um simples homem recebe sua eficácia da satisfação de Cristo.

– S. Th., IIIª, q. 1, a. 2, ad. 2.

II. A Encarnação oferece a certeza do perdão do pecado.

Assim como o homem se dispõe à bem-aventurança pelas virtudes, do mesmo modo se afasta dela pelos pecados; o pecado, contrário à virtude, é um impedimento para a bem-aventurança, não só porque introduz uma desordem na alma, enquanto a afasta da ordem para o fim devido; mas também porque ofende a Deus, do qual espera o prêmio da bem-aventurança; e, ademais, tendo o homem conhecimento dessa ofensa, perde pelo pecado a esperança de aproximar-se de Deus, a qual é necessária para conseguir a bem-aventurança.
Portanto, é necessário ao gênero humano, cheio de pecados, que se lhe dê algum remédio contra os pecados; mas esse remédio pode dá-lo somente Deus, o qual não só pode mover a vontade do homem para o bem, para reintegrá-la na ordem devida, senão também pode ser perdoada por aquele contra quem se comete.
Ademais, para o homem livrar-se de uma ofensa pesada é necessário que esteja certo da remissão da ofensa pelo mesmo Deus, certeza que não pode obter se Deus mesmo não lhe certifica disso.
Portanto, foi conveniente e útil ao gênero humano, para conseguir a bem-aventurança que Deus se fizesse homem, para que desse modo conseguisse de Deus o perdão dos pecados e tivesse a certeza desse perdão pelo homem-Deus.

– S. Cont. Gent., I. IV, Cap. 54.

AQUINO, Sto. Tomás de. – Meditações para o Advento e para o Natal.
Ecclesiae Editora, 2018.
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2021-12-01 04:00:51
https://ecclesiae.com.br/meditacoes-para-o-advento-e-para-o-natal
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2021-11-29 04:00:16 A necessidade do cristão de retroceder o seu coração às fontes

É fonte de água viva a verdadeira Sabedoria, e o princípio da sabedoria é o temor de Deus (Pr. IX, 10). É com grande consideração que a Santa Palavra do Senhor exorta a necessidade do cristão de retroceder o seu coração às fontes. Com efeito, o peso e a gravidade dessa necessidade são claramente manifestos quando o Senhor nos reporta a considerarmos e meditarmos a perfeição e o princípio da criação; O Senhor, quando indagado pelos judeus, se era lícito ou não ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo, sabiamente responde que foi dado em razão da dureza do coração, mas que no princípio não foi assim.

“No princípio criou Deus o céu e a terra” (Gn. I, 1), e no mesmo capítulo, acrescenta: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Ibid., 31), observamos então, a perfeição da criação. Salutar é a recomendação do Senhor, quando nos exorta a observarmos o princípio das coisas em contraposição à decaída vontade humana. Ó Senhor, eis a minha vontade, mas Tu me respondes dizendo no princípio não foi assim.

S. Paulo, por vezes também faz semelhante exortação em suas epístolas, nos reportando ao princípio da criação: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo” (Ef. 5, 23). Com efeito, Santo Agostinho, em seu Comentário ao Evangelho de São João, compara a mulher à carne, por ser o gênero mais fraco. Entretanto, é feita da costela de Adão. A costela é um osso e o osso é forte; de modo semelhante, quis dizer com isso que Cristo esteve fraco na carne, para que a Esposa que é a Igreja fosse forte. Deve-se ter em conta também, que apesar da falta ter vindo primeiramente de Eva, a cobrança veio da parte de Adão. É necessário então, voltarmos ao princípio da criação, que fora modelo de perfeição para que possamos novamente cumprir os nossos devidos papeis, exercendo o Espírito o poder sobre a carne, devemos tomar o Espírito como cabeça e guia da nossa carne, eis a exortação! Mas como? No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Eis o princípio, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo. XIV, 6). O Princípio é a Verdade e a Verdade é o Princípio. Voltemos às fontes, voltemos ao princípio, então retornaremos à Verdade.

Que possamos conclamar com Cristo, em contraposição ao mundo: No princípio não era assim.
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Aberto / Como
2021-11-29 04:00:07
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