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2022-07-20 14:03:13
Imperialismo ecológico e a narrativa do ambientalismo: o novo cavalo de tróia da burguesia

Por Ricardo Guerra


Os países centrais do capitalismo no ocidente...

... numa clara tentativa de impedir o desenvolvimento e perpetuar os países que não orbitam o centro do capitalismo mundial como suas colônias, adotam um falacioso discurso ambientalista...

... Interferindo na autodeterminação e afrontando a soberania alheia...

... Impondo a urgente redução das emissões de CO2, forçando o impulsionamento do uso de fontes de energia mais caras e menos produtivas para os países periféricos em desenvolvimento...

Muito há de se fazer...

... A luta anti-imperialista exige muita disposição e a capacidade para a luta se constrói no dia-a-dia: é resistindo que fortalecemos a certeza de que não seremos derrotados!


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https://plramericalatina.com/index.php/2022/07/19/imperialismo-ecologico/
73 viewsedited  11:03
Aberto / Como
2022-07-20 13:50:36 Continuação Parte IV

O ideal do capitalismo liberal - de crescimento ilimitado - não é compatível com o mundo limitado nem tampouco com a necessidade de  harmonização e equilíbrio  para o  desenvolvimento dos Estados  tardiamente inseridos no sistema e que  encontram-se  marginalizados pelo processo de expansão imperialista.

Portanto, se houvesse coerência no discurso, os defensores da descarbonização deveriam lutar contra a sociedade do lucro insaciável, do consumo desenfreado e do desperdício e pensar na organização de um sistema de produção cuja prioridade seja a garantia de oportunidades, de saúde, lazer e educação, e de comida na mesa de todas as pessoas - o que exige, o necessário combate à depredação capitalista que ameaça destruir o planeta e coloca todas as espécies em risco.

A satisfação das necessidades humanas de forma sustentável para a vida na terra reivindica outro modelo de sociedade:

Um modelo que não seja baseado no consumo desenfreado, nem na maximização do lucro;

Mas, sim, na ampliação (ao máximo) dos benefícios sociais - o que também significa dizer na máxima ampliação dos benefícios ambientais.

Se queremos realmente exercer a nossa soberania e autodeterminação, temos que nos livrar dos mecanismos de controle impostos pelo “progressismo ocidental” e suas “políticas” ambientais contrárias ao nosso progresso, assim como de todas devastadoras e implacáveis formas de intervenção humana no ambiente.

Perceber por trás do discurso imperialista de “oferta de um mundo melhor” - através da retórica ambientalista - imposições visando a garantia do acúmulo concentrado de capital central e não na periferia do sistema (como um mecanismo de dominação), é tão importante quanto enfrentar a depredação capitalista.

Ou seja, a transformação social e transição para uma nova sociedade sustentável depende de um implacável combate ao controle imperialista sobre os nossos países, nossas lideranças e nossas mentes.

Muito há de se fazer.

A luta anti-imperialista exige muita disposição e a capacidade para a luta se constrói no dia-a-dia: é resistindo que fortalecemos a certeza de que não seremos derrotados!

@expressodameianoite
40 viewsedited  10:50
Aberto / Como
2022-07-20 13:50:13 Continuação Parte III

Portanto, se houvesse coerência no discurso, os defensores da descarbonização deveriam lutar contra a sociedade do lucro insaciável, do consumo desenfreado e do desperdício e pensa organização de um sistema de produção cuja prioridade seja a garantia de oportunidades, de saúde, lazer e educação, e de comida na mesa de todas as pessoas - o que exige, o necessário combate à depredação capitalista que ameaça destruir o planeta e coloca todas as espécies em risco.

Mas é preciso ir além e perceber que a pauta do "ecologismo", ardilosamente teleguiada pelo imperialismo, atua em várias frentes e, noutra perspectiva (como uma pinça) temos os gigantes capitalistas do agronegócio agindo, entre outras coisas, para aumentar a produção de transgênicos, o uso de agrotóxicos e a liberação da compra de terras em solo nacional por fundos estrangeiros, fechando o cerco sobre os nossos recursos e solo.

Nesse contexto, a forte pressão pela expansão da fronteira agrícola e de mineração seguindo a ideia de expandir o “modelo Curió” de extrativismo, para o qual o alto escalão do Exército Brasileiro (que é quem realmente dá as cartas e comanda as diretrizes de governo há um bom tempo no Brasil) tem até um projeto de "desenvolvimento” - dependente e completamente subserviente aos EUA:

Revela, na verdade, um modelo político/econômico que nos remete de volta à condição de colônia em pleno século XXI;

E expressa, não apenas o profundo grau de cooptação cultural e submissão desse pessoal, mas a pequenez do pensamento que têm sobre o real significado de nação, reduzindo o Brasil ao papel de um "grande fazendão" no cenário econômico global.

Assim, permitindo que o gado, o garimpo e o agronegócio (com livre acesso às corporações transnacionais) avancem sobre o Pantanal e a Amazônia e estabelecendo um profundo controle de informações e ideológico sobre a vida das pessoas e das instituições, através dos seus "prepostos", o imperialismo vai conseguindo:

Garantir a primarização da base produtiva brasileira, sufocando a nossa possibilidade de pujança e desenvolvimento industrial;

Além da dependência econômica e tecnológica, promovendo devastadora produção de commodities (matérias primas), que são destinadas à especulação financeira nos mercados futuros e à geração de recursos para continuar sugando a riqueza do Brasil (de maneira ultra parasitária) - por meio de mecanismos macabros com o pagamento da famigerada dívida pública.

A Monsanto, por exemplo, repassando enormes montantes financeiros para a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) - generosamente "apoiando pesquisas" - conseguiu a aprovação dos transgênicos (praticamente sem testes). E o acelerado avanço do uso de transgênicos no país, além de aumentar a dependência do Brasil quanto ao uso dessa "tecnologia", determinou um grande problema para os agricultores brasileiros e mais uma enorme fonte de lucros fáceis para os grandes capitalistas:

Com a "contaminação" de plantações feitas com sementes crioulas com a tecnologia patenteada pela Monsanto;

E a geração de pagamentos de royalties por propriedade intelectual.

Sem dúvidas, o debate sobre a questão ambiental envolve inúmeras variantes, em torno das quais complexas e polêmicas discussões podem ser estabelecidas, mas:

Da mesma forma que não é possível deixar de perceber a devastadora intervenção humana no ambiente, quando orientada pelo consumo desenfreado e pela busca insaciável de lucro e como o capital em crise, nessa sua voraz busca por lucros, é capaz de destruir a tudo e a todos;

Também não é razoável imaginar que a mera instituição de "reservas ambientais" será suficiente para diminuir a vulnerabilidade na proteção dos recursos e a garantia da preservação do ambiente.

Continua

@expressodameianoite
33 viewsedited  10:50
Aberto / Como
2022-07-20 13:49:53 Continuação Parte II

Portanto, particularmente falando dos países e povo latino-americano, o imperialismo (maquiando os seus reais objetivos de colonização) vai usando a pauta ambiental como uma bandeira (falsa) - do mesmo modo que fazem com a pauta identitária - para confundir o eleitorado e tirar o foco dos problemas que realmente interessam:

Destacadamente, o saque ao patrimônio público, financeiro e estatal, a retirada dos direitos sociais e a eliminação da agenda orientada para a promoção do bem-estar das populações locais simplesmente para garantir os recursos para gerar os lucros (insaciáveis) dos grandes conglomerados capitalistas;

Ficando absolutamente claro que os problemas ambientais também não podem deixar de ser observados sob a ótica da manipulação política.

Não há consenso na comunidade científica sobre as questões climáticas e precisamos ter a clareza que as questões relacionadas à ecologia não se estabelecem fora do contexto da luta de classes:

Ao imperialismo, nem de longe interessa questionar o sistema;

Muito pelo contrário, apenas lhes interessa “resolver os problemas ambientais” por meio de "acordos" e movimentos de "mudanças de mentalidades" orientados para limitar a utilização de recursos e a produção nos países em desenvolvimento.

Assim, fazendo da descarbonização um "dogma", mas deixando as suas causas intocáveis:

Vai-se negando aos países em desenvolvimento o direito de usar estrategicamente suas riquezas e recursos naturais - em benefício do seu próprio povo;

Determinando a permanência destes países na condição de dependência e de meros fornecedores de commodities .

Sob o “dogma da descarbonização”, sem energia abundante e barata, a desigualdade entre os países tardiamente inseridos no sistema de desenvolvimento capitalista e os países capitalistas centrais, cada vez mais seguirá aumentando:

E a esperada reação dos (ingênuos ou não) radicais da natureza, influenciados por esses "altruístas argumentos em favor do ambiente" produzidos pelo imperialismo, cumpre crucial papel nesse contexto;

Principalmente com a fervorosa militância biocentrista, fazendo uso de todos os expedientes, dramáticos, pseudo científicos e institucionais para estabelecer um caráter limitador e "pecaminoso" a qualquer tipo de produção, sem levar em consideração o caráter dinâmico do equilíbrio ecossistêmico que envolve todos os elementos biológicos, econômicos, sociais e climáticos locais.

Sob os arautos de verdadeiros "ecologismos de ocasião”, negligenciam-se possibilidades de se produzir (de forma sustentável) em diferentes biomas - com a criação de imensos fragmentos "intocáveis" de terra, os quais servem muito mais para  impedir o acesso a recursos essenciais ao desenvolvimento econômico e social local sob o controle do Estado - do que propriamente para atingir o objetivo de preservar.

E o que é ainda mais grave, abrindo-se a possibilidade para a criação de um ambiente favorável para produção (falsa e real) de conflitos e a realização de todos os tipos de negociatas e manobras:

Favorecendo o avanço do garimpo e do desmatamento ilegal, a grilagem de terra, o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro, etc;

Abrindo perspectivas, inclusive, para se cogitar (por exemplo) a possibilidade de controle internacional da Amazônia.

Dessa maneira, terras que poderiam ser utilizadas de forma estratégica, agregando valor na base da pirâmide produtiva dos países que as detém, garantindo a conservação da biodiversidade e o manejo sustentável dos recursos naturais - de acordo com o interesse local, regional e nacional:

Dificilmente conseguirão  ser submetidas ao efetivo controle por parte do Estado;

Facilitando a formação de um sistemático ciclo e criminalidade em torno delas.

Continua

@expressodameianoite
37 viewsedited  10:49
Aberto / Como
2022-07-20 13:48:33 Imperialismo ecológico e a narrativa do ambientalismo: o novo cavalo de tróia da burguesia

Por Ricardo Guerra


Os países centrais do capitalismo no ocidente sempre puderam explorar seus recursos e fontes de energia sem ter que se deparar com tenebrosas previsões sobre mudanças climáticas. No entanto, numa clara tentativa de impedir o desenvolvimento e perpetuar os países que não orbitam o centro do capitalismo mundial como suas colônias, adotam um falacioso discurso ambientalista:

Relacionando questões de ordem local com o clima global;

Interferindo na autodeterminação e afrontando a soberania alheia;

Impondo a urgente redução das emissões de CO2, forçando o impulsionamento do uso de fontes de energia mais caras e menos produtivas para os países periféricos em desenvolvimento.

Dessa forma, negando a Estados-Nação soberanos os mesmos privilégios que sempre tiveram (e ainda continuam a ter), inclusive quando exaustivamente exploraram (e exploram) os recursos desses países:

Vão lhes cerceando o livre poder de decisão para gerir seus recursos e economias, comprometendo as suas perspectivas de desenvolvimento;

Criando uma nova forma de narrativa para promover a subjugação - o imperialismo ecológico ou  eco imperialismo.

O eco imperialismo forja seus argumentos sobre bases "emocionais", que "estimulam" nas lideranças locais (cooptadas, chantageadas ou simplesmente vendidas) - o "desejo" de se apresentarem como (falsos) "progressistas":

Para, assim, sabotarem as possibilidades de prosperidade dos países aos quais deveriam representar os interesses;

Inviabilizando a capacidade de desenvolvimento autônomo e limitando as expectativas de pujança econômica desses países - "em nome da causa ambiental".

Assim, com base em dados no mínimo inconclusivos, contrariando o fato de que a mudança climática não é um problema recente e que a humanidade detém uma enorme capacidade de se adaptar a mudanças:

O imperialismo, contando com o apoio dos denominados "progressistas do ocidente", se arroga (em nome do ambientalismo) no direito de se intrometer nos assuntos internos das nações em desenvolvimento - também por este motivo;

Instrumentalizando o discurso ambiental para, mais uma vez, sufocar o desenvolvimento na periferia do sistema capitalista;

E, também, para tirar o foco da responsabilidade pela degradação ambiental, que é do próprio sistema capitalista e sua lógica insustentável. 

São os países capitalistas centrais que mais poluem, mas, como cavaleiros do apocalipse, seguem de forma alarmística apavorando e induzindo as pessoas para a aceitação de qualquer solução que ajude a "evitar a catástrofe" que prenuciam:

Abrindo possibilidades para intervenção, como "paladinos do planeta";

Inclusive para o uso de força militar - contra governos soberanos que se recusarem a seguir essa cartilha.

Como sempre fazem, os imperialistas novamente estão camuflando e tentando mascarar os seus problemas, transferindo a crise do capitalismo para a periferia do sistema e, dessa forma, estão forjando uma nova configuração para facilitar a manutenção do domínio que detém do cenário geopolítico:

Agora promovendo o surgimento de um projeto de "direita moderada";

"Politicamente correta e polida"  - aos moldes do partido democrata estadunidense - cujo posicionamento dito "moderado" é apenas um engodo, mais uma jogada do imperialismo para aumentar o seu poder para impor sua agenda de saques e cercear a autodeterminação política e econômica dos países.

 Continua

@expressodameianoite
57 viewsedited  10:48
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2022-07-02 12:53:04
Expansão do BRICS e a perspectiva de avanço de uma "configuração geopolítica multipolar"

Por Ricardo Guerra

... O BRICS nunca esteve tão perto de se impor decisivamente no contexto da geopolítica e governança mundial...

... Principalmente agora que o modelo econômico de expansão faliu e a maior crise enfrentada pelo capitalismo, em todos os tempos, segue firme o seu fluxo de agravamento...

... se efetivamente conseguir transpassar o campo do debate e do discurso, implantando as políticas propostas...

... Terá imenso potencial para se tornar a base de um novo sistema de governança global.

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129 viewsedited  09:53
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2022-07-02 12:47:48 Continuação Parte III

Dessa forma, no âmbito das relações políticas e econômicas internacionais de poder, a atual conjuntura indica que as configurações gerais das hierarquias estão mudando - e é muito provável que diante das condições históricas apresentadas, uma nova ordem mundial possa surgir.

A transformação social e transição para uma nova sociedade (sustentável) depende da garantia de oportunidade aos povos para a construção de suas próprias variantes econômicas - sem interferências externas.

No entanto, no complexo tabuleiro de jogo da geopolítica (em iminente processo de transição), as peças ainda estão sendo jogadas e é prudente não desprezar a reação do imperialismo ocidental frente a essas importantes movimentações recentemente  estabelecidas.

A burguesia não vai ceder seus privilégios tão fácil. Mas é na pressão contra as massas (no desespero imperialista) que caem por terra as ilusões com o sistema capitalista.

A tarefa concreta é organizar as massas para a luta anti-imperialista: aproveitar as experiências vividas, mas sem perder de vista a busca por novas soluções.

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90 viewsedited  09:47
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2022-07-02 12:47:25 Continuação Parte II

Movimentos e desenvolvimentos adicionais na evolução do formato do BRICS estão sendo observados e, com a real possibilidade da entrada da Argentina e do Irã no grupo:

O resultado mais importante da reunião deste ano na China - será o impulsionamento do grupo de forma mais incisiva na agenda da governança global, agora como BRICS+;

Cuja área de abrangência será cada vez maior, em conformidade com a diversidade de países participantes. 

Essa nova formatação (BRICS+) tende a fortalecer a Rússia e a China para o enfrentamento contra a escalada da agressividade do imperialismo e pode oferecer algumas significativas vantagens aos demais participantes do grupo.

Falando especificamente sobre a América do Sul, o BRICS, que já é uma plataforma de atuação geopolítica para o Brasil há aproximadamente 20 anos, dará a Argentina a oportunidade de aumentar a sua participação internacional nesse contexto.

Além disso, a aproximação entre o BRICS e o Mercosul pode abrir uma série de oportunidades para os países da região (com o envolvimento da Argentina nessa dinâmica) fortalecendo e aumentando, também, a capacidade que o Brasil já tem de participação no comércio internacional.

Diante do cenário desolador de crise econômica que estamos passando, o BRICS+ significa uma oportunidade de libertação da dependência de estruturas financeiras vinculadas ao imperialismo ocidental - que coloniza a região (EUA, FMI, Banco Mundial, Europa):

E representa a abertura de novas fontes de financiamento e parcerias;

Criando perspectivas de alteração na ordem econômica internacional e, consequentemente, novas possibilidades de crescimento.

Numa perspectiva mais abrangente, é possível perceber que a expansão da cooperação diplomática com outros países, expressa através da nova configuração do BRICS+:

Representa a possibilidade de consolidação de um arranjo geopolítico inovador, que se estabelece em contraposição ao atual arranjo neoliberal - que prioriza os EUA e a sua política de exploração dos países em desenvolvimento;

Transferindo e aumentando o repasse da crescente crise capitalista para os países que se situam às margens do centro do capitalismo mundial.

Enfim, o BRICS+, regido sob a condição de consenso, respeito mútuo e equilíbrio de interesses entre seus membros, se contrapõe fundamentalmente a hoje dominante  geopolítica neoliberal - estabelecendo como foco a cooperação diplomática para a recuperação econômica, assim como a abertura do dialogo sobre a necessidade de desenvolvimento harmônico em escala global:

Portanto, se efetivamente conseguir transpassar o campo do debate e do discurso, implantando as políticas propostas;

Terá imenso potencial para se tornar a base de um novo sistema de governança global.

Ou seja, para enfrentar a mais grave crise econômica (desde a Grande Depressão), o mundo está envolvido num processo que exige a organização de um novo arranjo geopolítico e duas propostas estão sendo colocadas em jogo:

O rearranjo Neoliberal - que estabelece suas bases na perspectiva de intensificar o processo de exploração e de dependência dos países da periferia do sistema, basicamente propondo (de forma unilateral) privilégios para um pequeno grupo de países (tendo à frente os EUA), ao mesmo tempo que exige austeridade e entrega de patrimônios e recursos (públicos, financeiros e estatais) aos demais;

E o BRICS - que, por outro lado, se estabelece (ao menos no discurso) a partir da premissa da inclusão e de uma proposta de colaboração para o desenvolvimento, exaltando a importância da cooperação diplomática e da organização de instâncias multilaterais para a recuperação econômica - e a necessidade de diálogo em busca do desenvolvimento harmônico em escala global.

@expressodameianoite

Continua
82 viewsedited  09:47
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2022-07-02 12:46:10 Expansão do BRICS e a perspectiva de avanço de uma "configuração geopolítica multipolar"

Por Ricardo Guerra


BRICS é uma sigla relacionada ao grupo formado pelos países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e representa uma unidade de cooperação diplomática entre esses cinco países.

Apesar de não se constituir como um bloco econômico ou se estruturar como uma clássica organização internacional, visto que não existe um tratado, uma sede ou outras características que possam lhe delimitar como tal, esse agrupamento:

Representa uma importante mudança de paradigma internacional;

E pode contribuir para a configuração de uma nova ordem geopolítica multipolar.

Não obstante o seu caráter informal, o BRICS tem um grau de institucionalização que vai se definindo à medida que os cinco países, considerados emergentes no que se refere ao desenvolvimento de suas economias, intensificam sua interação.

Na última cúpula do grupo, realizada recentemente na China (em junho de 2022), os membros do BRICS:

Definiram diretrizes para a cooperação energética e o aumento do comércio entre os países-membros - estabelecendo o foco na recuperação econômica através da colaboração diplomática;

E abordaram a necessidade de aprofundar o debate sobre o desenho e a implementação de uma moeda de reserva internacional;

Sendo ratificada a ideia de expansão do bloco,  mediante consulta e consenso.

Quanto à questão energética, os membros do grupo já vêm destacando, há um bom tempo, o fato de que os países em desenvolvimento precisam dispor de mais tempo para atingir seu pico de emissões de gases - e definiram que a "ameaça da mudança climática”, usada pelos países desenvolvidos para impor um urgente processo de descarbonização na gestão da economia mundial:

Exige a culpabilidade histórica dos países desenvolvidos e a necessidade de que estes países assumam a responsabilidade na realização das ações de mitigação do problema;

E, entre outras coisas, que seja fornecido aos países em desenvolvimento o indispensável apoio no que se refere a finanças, tecnologia e capacitação para a realização dessa mudança na plataforma energética.

Referente à perspectiva de expansão, a ideia de um BRICS, inclusivo e aberto, revela a disposição do grupo em criar uma possibilidade real de se tornar cada vez mais forte:

Ampliando as esperanças de mudanças materiais no sistema econômico global;

E aumentando o potencial para que possam ser construídas bases factíveis para a configuração de um novo sistema mundial de governança.

Assim, do embrião inicial, quando o imperialismo estadunidense ainda tolerava certa autonomia a países extremamente dependentes como Brasil e África do Sul, e as contradições com a China e a Rússia ainda não tinham chegado ao ponto de hoje (de guerra quase que abertamente declarada), o BRICS nunca esteve tão perto de se impor decisivamente no contexto da geopolítica e governança mundial:

Sendo reais as perspectivas de poder de confrontação ao imperialismo ocidental, em decadência;

Principalmente agora que o modelo econômico de expansão faliu e a maior crise enfrentada pelo capitalismo, em todos os tempos, segue firme o seu fluxo de agravamento, fazendo com que a margem de manobra do imperialismo fique cada vez mais curta, quanto às suas pretensões para o rearranjo da estrutura do capitalismo mundial - em permanente situação de crise.

O Brasil, mesmo a contragosto de Bolsonaro e da corja de entreguistas americanófilos que lhe dá sustentação no campo político, jurídico e militar, fortaleceu a permanência no BRICS (principalmente depois da saída de Trump) - particularmente devido a crise e a falta de recursos que não permitiram a possibilidade de rompimento definitivo do país com a Rússia e com a China, conforme exigiam os EUA.

@expressodameianoite

Continua
98 viewsedited  09:46
Aberto / Como
2022-06-11 17:51:57
...O Brasil não precisa de uma "agricultura pop". O país tem é que estabelecer um planejamento estratégico para a área alimentar, implementar políticas públicas e o acesso ao crédito para o desenvolvimento da produção na agricultura familiar - fortalecer a produção de alimentos nas comunidades, gerando empregos e promovendo a distribuição de renda a partir dos mercados locais...

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@expressodameianoite

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280 viewsedited  14:51
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