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Continuação Parte III Portanto, se houvesse | Expresso da Meia Noite

Continuação Parte III

Portanto, se houvesse coerência no discurso, os defensores da descarbonização deveriam lutar contra a sociedade do lucro insaciável, do consumo desenfreado e do desperdício e pensa organização de um sistema de produção cuja prioridade seja a garantia de oportunidades, de saúde, lazer e educação, e de comida na mesa de todas as pessoas - o que exige, o necessário combate à depredação capitalista que ameaça destruir o planeta e coloca todas as espécies em risco.

Mas é preciso ir além e perceber que a pauta do "ecologismo", ardilosamente teleguiada pelo imperialismo, atua em várias frentes e, noutra perspectiva (como uma pinça) temos os gigantes capitalistas do agronegócio agindo, entre outras coisas, para aumentar a produção de transgênicos, o uso de agrotóxicos e a liberação da compra de terras em solo nacional por fundos estrangeiros, fechando o cerco sobre os nossos recursos e solo.

Nesse contexto, a forte pressão pela expansão da fronteira agrícola e de mineração seguindo a ideia de expandir o “modelo Curió” de extrativismo, para o qual o alto escalão do Exército Brasileiro (que é quem realmente dá as cartas e comanda as diretrizes de governo há um bom tempo no Brasil) tem até um projeto de "desenvolvimento” - dependente e completamente subserviente aos EUA:

Revela, na verdade, um modelo político/econômico que nos remete de volta à condição de colônia em pleno século XXI;

E expressa, não apenas o profundo grau de cooptação cultural e submissão desse pessoal, mas a pequenez do pensamento que têm sobre o real significado de nação, reduzindo o Brasil ao papel de um "grande fazendão" no cenário econômico global.

Assim, permitindo que o gado, o garimpo e o agronegócio (com livre acesso às corporações transnacionais) avancem sobre o Pantanal e a Amazônia e estabelecendo um profundo controle de informações e ideológico sobre a vida das pessoas e das instituições, através dos seus "prepostos", o imperialismo vai conseguindo:

Garantir a primarização da base produtiva brasileira, sufocando a nossa possibilidade de pujança e desenvolvimento industrial;

Além da dependência econômica e tecnológica, promovendo devastadora produção de commodities (matérias primas), que são destinadas à especulação financeira nos mercados futuros e à geração de recursos para continuar sugando a riqueza do Brasil (de maneira ultra parasitária) - por meio de mecanismos macabros com o pagamento da famigerada dívida pública.

A Monsanto, por exemplo, repassando enormes montantes financeiros para a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) - generosamente "apoiando pesquisas" - conseguiu a aprovação dos transgênicos (praticamente sem testes). E o acelerado avanço do uso de transgênicos no país, além de aumentar a dependência do Brasil quanto ao uso dessa "tecnologia", determinou um grande problema para os agricultores brasileiros e mais uma enorme fonte de lucros fáceis para os grandes capitalistas:

Com a "contaminação" de plantações feitas com sementes crioulas com a tecnologia patenteada pela Monsanto;

E a geração de pagamentos de royalties por propriedade intelectual.

Sem dúvidas, o debate sobre a questão ambiental envolve inúmeras variantes, em torno das quais complexas e polêmicas discussões podem ser estabelecidas, mas:

Da mesma forma que não é possível deixar de perceber a devastadora intervenção humana no ambiente, quando orientada pelo consumo desenfreado e pela busca insaciável de lucro e como o capital em crise, nessa sua voraz busca por lucros, é capaz de destruir a tudo e a todos;

Também não é razoável imaginar que a mera instituição de "reservas ambientais" será suficiente para diminuir a vulnerabilidade na proteção dos recursos e a garantia da preservação do ambiente.

Continua

@expressodameianoite