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Continuação Parte II Movimentos e | Expresso da Meia Noite

Continuação Parte II

Movimentos e desenvolvimentos adicionais na evolução do formato do BRICS estão sendo observados e, com a real possibilidade da entrada da Argentina e do Irã no grupo:

O resultado mais importante da reunião deste ano na China - será o impulsionamento do grupo de forma mais incisiva na agenda da governança global, agora como BRICS+;

Cuja área de abrangência será cada vez maior, em conformidade com a diversidade de países participantes. 

Essa nova formatação (BRICS+) tende a fortalecer a Rússia e a China para o enfrentamento contra a escalada da agressividade do imperialismo e pode oferecer algumas significativas vantagens aos demais participantes do grupo.

Falando especificamente sobre a América do Sul, o BRICS, que já é uma plataforma de atuação geopolítica para o Brasil há aproximadamente 20 anos, dará a Argentina a oportunidade de aumentar a sua participação internacional nesse contexto.

Além disso, a aproximação entre o BRICS e o Mercosul pode abrir uma série de oportunidades para os países da região (com o envolvimento da Argentina nessa dinâmica) fortalecendo e aumentando, também, a capacidade que o Brasil já tem de participação no comércio internacional.

Diante do cenário desolador de crise econômica que estamos passando, o BRICS+ significa uma oportunidade de libertação da dependência de estruturas financeiras vinculadas ao imperialismo ocidental - que coloniza a região (EUA, FMI, Banco Mundial, Europa):

E representa a abertura de novas fontes de financiamento e parcerias;

Criando perspectivas de alteração na ordem econômica internacional e, consequentemente, novas possibilidades de crescimento.

Numa perspectiva mais abrangente, é possível perceber que a expansão da cooperação diplomática com outros países, expressa através da nova configuração do BRICS+:

Representa a possibilidade de consolidação de um arranjo geopolítico inovador, que se estabelece em contraposição ao atual arranjo neoliberal - que prioriza os EUA e a sua política de exploração dos países em desenvolvimento;

Transferindo e aumentando o repasse da crescente crise capitalista para os países que se situam às margens do centro do capitalismo mundial.

Enfim, o BRICS+, regido sob a condição de consenso, respeito mútuo e equilíbrio de interesses entre seus membros, se contrapõe fundamentalmente a hoje dominante  geopolítica neoliberal - estabelecendo como foco a cooperação diplomática para a recuperação econômica, assim como a abertura do dialogo sobre a necessidade de desenvolvimento harmônico em escala global:

Portanto, se efetivamente conseguir transpassar o campo do debate e do discurso, implantando as políticas propostas;

Terá imenso potencial para se tornar a base de um novo sistema de governança global.

Ou seja, para enfrentar a mais grave crise econômica (desde a Grande Depressão), o mundo está envolvido num processo que exige a organização de um novo arranjo geopolítico e duas propostas estão sendo colocadas em jogo:

O rearranjo Neoliberal - que estabelece suas bases na perspectiva de intensificar o processo de exploração e de dependência dos países da periferia do sistema, basicamente propondo (de forma unilateral) privilégios para um pequeno grupo de países (tendo à frente os EUA), ao mesmo tempo que exige austeridade e entrega de patrimônios e recursos (públicos, financeiros e estatais) aos demais;

E o BRICS - que, por outro lado, se estabelece (ao menos no discurso) a partir da premissa da inclusão e de uma proposta de colaboração para o desenvolvimento, exaltando a importância da cooperação diplomática e da organização de instâncias multilaterais para a recuperação econômica - e a necessidade de diálogo em busca do desenvolvimento harmônico em escala global.

@expressodameianoite

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