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Bolivariando a Pátria Grande

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2022-06-09 01:30:34 Colômbia: Milícias levam terror a região pró Petro e ameaçam matar líder indígena Wayú

https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/eleicoes-na-colombia-22/74958/colombia-milicias-levam-terror-a-regiao-pro-petro-e-ameacam-matar-lider-indigena-wayu

O líder indígena Wayú, Miguel Iván Ramírez Boscán, irmão da representante eleita à Câmara pelos colombianos no exterior, Carmem Ramírez, foi ameaçado de morte por milicianos nesta segunda-feira (6). Esta é a terceira tentativa de intimidar explicitamente a atuação política do dirigente, que tem destacada atuação na área comunitária e de defesa dos direitos humanos no departamento (Estado) Guajira, no Mar do Caribe. Nas duas primeiras vezes, o grupo paramilitar Águias Negras – o chamado Clã do Golfo – emitiu panfletos assinados, amplamente divulgados nas redes sociais.

Agora, informou Miguel, um homem com sotaque interiorano, que dizia ser membro do Clã do Golfo, ligou para ele repetindo o seu nome completo, informou o número da carteira de identidade e o endereço de sua residência em Maicao, cidade localizada no centro-leste de La Guajira.

Quando o dirigente utilizou o celular para gravar a chamada, o miliciano disse: ‘Não se preocupe, Don Miguel, não se preocupe, grave a ligação, patrão, eu tenho, são requisitos, você entende… Não se preocupe, Don Miguel, porque se você é uma pessoa que gosta de informar a polícia, eu imediatamente dou a ordem para declará-lo alvo militar…’. Depois disso, a pessoa ameaçadora encerrou a ligação”, relatou.

Diante do ocorrido, a Força Feminina Wayú fez uma conclamação para que sejam garantidos mecanismos para salvaguardar a vida de Miguel, que realiza um reconhecido trabalho comunitário, bem como da sua família. “Urgente e imediatamente, solicita-se a prestação de garantias investigativas e de proteção para Miguel Ramírez Boscán, bem como para a mãe”, esclarece a entidade.

A irmã, Carmem Ramírez, é uma ativista feminista e ambientalista do partido Colômbia Humana e do Pacto Histórico. Ela teve que deixar o país em 2011 após receber sucessivas ameaças de morte, passando a viver em Berna, na Suíça.

Com o voto não sendo obrigatório na Colômbia, há quase duzentas cidades dominadas pelos paramilitares que impõem toque de recolher, na tentativa de evitar a vitória de Petro.

Por conta da inoperância – e complacência – do governo de Iván Duque, que aposta todas as suas fichas na candidatura de Rodolfo Hernández, que já se confessou um admirador de Adolf Hitler, a Força Feminina Wayú faz um apelo à solidariedade.

“Pedimos às organizações departamentais, nacionais e internacionais que demonstrem e estendam este apelo à paz, para que o trabalho dos nossos processos comunitários não seja silenciado pelo fuzilamento daqueles que se opõem a viver num território mais justo, livre dos ultrajes da corrupção e interesses transnacionais alheios às nossas lutas e lemas de vida”, concluiu o comunicado.

A campanha de Petro defende “um governo que faça respeitar o artigo 12 da Constituição” colombiana, que estabelece que “ninguém será submetido à desaparição forçada, a torturas nem a maus tratos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes”. Na tradução dos Wayú: “Ninguém poderá levar por cima de seu coração a ninguém e nem poderá fazer-lhe mal, ainda que pense e fale diferente”.
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Aberto / Como
2022-06-09 01:00:39 No Peru, ultradireita domina Congresso e agora acusa Castillo de corrupção por “ninharia"

https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/america-latina/74955/no-peru-ultradireita-domina-congresso-e-agora-acusa-castillo-de-corrupcao-por-ninharia

Pensam que assim, somando e somando acusações, vão finalmente conseguir o que vivem sonhando desde 28 de julho do ano passado


Alberto Fujimori “levantou” 6 bilhões de dólares e foi veranear em Tóquio. Keiko, sua herdeira, recebeu 12 milhões de dólares procedentes do Grupo Romero ou outro. Mas Pedro Castillo “se vendeu” – dizem os “colaboradores eficazes” – por apenas 30 mil soles.

Muquirana havia resultado ser o homenzinho do chapéu, tanto que até esta prenda de cabeça se fartou dele e fugiu sem que o afetado tivesse sequer explicado esse fenômeno, que nos primeiros dias de agosto do ano passado parecia impossível.

Há aqui duas possibilidades. Ou os “colaboradores” não têm nada a dizer e estão inventando só o que eles acreditam que “poderiam provar”, ou simplesmente estão buscando depreciar ainda mais o mandatário, apresentando dele a imagem de um pedinte, que é capaz de vender sua alma ao diabo por uma ninharia. Porque essa soma é o que extrai do erário nacional sem qualquer pena, qualquer congressista de nosso tempo em um mês “de trabalho”.

Na verdade “a acusação” é francamente ridícula. Nenhum corrupto que aprecie sua investidura teria se exposto por uma soma tão pouco onerosa. Nem sequer Alan García o teria feito. O que ele obteve pelo “negócio dos Mirages” foi certamente uma soma muito mais elevada, como denunciado por Carlos Malpica, um pesquisador social que fez época.

Mas o tema, no fundo, é outro. Trata-se de acumular excremento de distintas procedências para lançar contra Pedro Castillo, porque o que querem é simplesmente afogá-lo com esse resíduo.

Pensam que assim, somando e somando acusações, vão finalmente conseguir o que vivem sonhando desde 28 de julho do ano passado: Depor o Chefe do Estado e mandá-lo embora com todos os seus para que nunca mais o semelhante a um professor rural possa assumir tão elevado cargo e deixar aflitos os “poderosos” deste país que o consideram como seu feudo.

Alguém disse nas redes recentemente – e com razão – “colaboradores eficazes” os de meu tempo. A senhora Pinchi, em efeito, deu dados seguros: números de contas, vídeos não objetáveis, lista de beneficiados, endereços de residências de luxo, placas de veículos, fotos impecáveis e até lista hierarquizada dos delinquentes.

Por isso, uns foram presos e outros fugiram covardemente, mas todos ficaram em evidência. Não tiveram outra alternativa senão confiar na frágil memória pública, que faz com que muitos “esqueçam” logo e isso lhe permite “reacomodar” um cenário, para tentar outra vez a mesma sorte.
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2022-06-09 00:31:02 "Não vemos interesse do Estado em encontrar Bruno e Dom Philips", dizem indígenas do Javari

https://www.brasildefato.com.br/2022/06/08/nao-vemos-interesse-do-estado-em-encontrar-bruno-e-dom-philips-dizem-indigenas-do-javari

Lideranças ouvidas pelo Brasil de Fato cobram sobrevoo da região e explicam quem são os detidos pelo desaparecimento

As buscas pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips entraram nesta quarta-feira (8) no terceiro dia. Com protagonismo dos povos indígenas, a varredura pelos rios Javari, Itaquaí e Ituí tem participação da Funai, Polícia Federal, Exército e Marinha. Embora três suspeitos de envolvimento tenham sido presos, os recursos empregados pela força-tarefa têm sido apontados como insuficientes para encontrar a dupla, desaparecida desde domingo (5) na Terra Indígena (TI) Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas.

O Brasil de Fato ouviu três lideranças indígenas da região. Sob anonimato, eles apontam omissão na atuação dos órgãos federais. Segundo eles, a vastidão da TI, a segunda maior do Brasil, torna imprescindível o sobrevoo da área. Sem isso, as chances de sucesso na localização diminuem a cada dia, enquanto aumenta a angústia de familiares, amigos e colegas de trabalho de Bruno e Dom.

Segundo divulgou a Marinha, um helicóptero está sendo empregado na operação, além de uma moto aquática. Mas indígenas que percorrem o território com esperança de localizar os desaparecidos afirmam não terem visto o sobrevoo.

“Essas ações que estão tendo aqui [de buscas] não estão sendo de aeronave. Não está sendo utilizado helicóptero. Essa busca ativa está sendo feita pelas embarcações das autoridades e da Univaja [União dos Povos Indígenas do Vale do Javari]”, afirma uma liderança.

Outro indígena concorda com a necessidade da busca aérea: “Deveria ter um helicóptero sobrevoando aquela área onde eles desapareceram. Todas as associações indígenas estão fazendo busca, conforme a nossa sabedoria de rastrear a trilha por onde percorreram, conforme nossa cultura. Temos esperança de encontrá-los com vida”.

Um terceiro indígena diz não acreditar que as buscas darão resultado. "Nós não vemos um interesse deles [autoridades] de botar para valer. Eu vejo que eles, mais uma vez, não vão fazer nada. Mas a gente vai botar pressão para que a gente consiga prender esses indivíduos. Esses malditos, esses bandidos, esses canalhas que ficam eliminando ou excluindo a vida das pessoas”, afirmou.

À reportagem, um habitante da TI diz que o Vale do Javari está entregue aos crimes ambientais, por isso os indígenas montaram estruturas próprias de fiscalização. “É uma área muito grande e eles nunca conseguiram realmente pegar os infratores que invadem as terras indígenas. É só quando tem um desaparecimento como esse, que a força policial sai para fazer busca”, descreveu.

O Ministério da Defesa e a Funai foram procurados pela reportagem, mas não responderam os questionamentos. O espaço segue aberto para manifestações.

Até agora, três pescadores ilegais foram detidos suspeitos de envolvimento no desaparecimento da dupla. Na terça-feira (6), a Polícia Federal (PF) comunicou a prisão de dois homens, um conhecido como “Churrasco” e outro identificado como Jâneo. Segundo as organizações indígenas, ambos foram levados à delegacia de Atalaia do Norte e, na sequência, liberados. Um terceiro suspeito, conhecido como “Pelado”, foi preso na terça-feira (7) na comunidade ribeirinha São Gabriel, no rio Itacoaí. “Pelado” portava munições de uso restrito e drogas, conforme informou à reportagem a Polícia Militar (PM) do Amazonas.

Um indígena que trabalhava ao lado de Bruno Pereira no dia do desaparecimento afirma que “Pelado” e Jâneo haviam ameaçado a equipe de monitoramento, incluindo o indigenista da Funai e o repórter do jornal britânico The Guardian, quando cruzaram caminhos no sábado (4), um dia antes do desaparecimento. “Eles [‘Pelado’ e outro pescador] levantam duas armas dizendo para os indígenas: ‘vocês vão levar tiros’”, relatou ao Brasil de Fato.
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2022-06-09 00:01:30 Despejo zero: moradores de áreas de ocupação e movimentos organizam ato no próximo dia 23

https://www.brasildefato.com.br/2022/06/08/despejo-zero-moradores-de-areas-de-ocupacao-e-movimentos-organizam-ato-no-proximo-dia-23

Querem garantia de, no mínimo, nenhum despejo em todo o ano de 2022, além de condições e direitos para as comunidades

Nos dias 17 de março e 14 de abril, respondendo ao chamado nacional da campanha Despejo Zero, movimentos populares do campo, movimento indígena, áreas de ocupação e movimentos urbanos foram às ruas da capital paranaense, em unidade inédita, na jornada por direitos por "Terra, Teto e Trabalho".

Somente em Curitiba participaram mais de 10 áreas de ocupação, a maioria delas recentes, surgidas com o agravamento da crise social no período de pandemia.

Reivindicações também estão presentes em Campo Largo, Ponta Grossa, Londrina, entre outras cidades.

Os principais movimentos envolvidos são o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento Popular por Moradia (MPM), a Casa de Passagem Indígena, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Frente Nacional de Lutas (FNL), o Movimento de Trabalhadores por Direitos (MTD), Núcleo Periférico, entre outros.

Agora, o próximo ato está agendado para o dia 23 de junho (quinta), com concentração em Curitiba, às 13 horas na praça Eufrásio Correa, na frente da Câmara Municipal, com caminhada até o Centro Cívico e nova mesa de negociações com o poder público.

A expectativa é de organização de mais de 4 mil pessoas, do interior e de Curitiba e região metropolitana. Contam, também, com apoio de sindicatos e organizações do campo progressista.

Aprovada pelo Congresso, a lei que proíbe despejos foi vetada por Bolsonaro. Mas o Congresso derrubou o veto e a lei valeria até o fim de 2021, o que foi postergado para 31 de março por decisão do Supremo Tribunal Federal. Ao longo desse período de pandemia, a Lei nº 14.216 e a ADPF nº 828, ao lado de outras decisões, determinaram suspensão de despejos e remoções em razão da pandemia.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu até 30 de junho a vigência de lei. Calcula-se que atualmente 132.290 famílias estão ameaçadas de despejo no Brasil. No estado do Paraná, desde 2020, foram realizados despejos que impactaram 1600 famílias.

Em meio a um ano eleitoral, as organizações populares querem garantia de, no mínimo, nenhum despejo em todo o ano de 2022. No Paraná, em particular, contam com um canal de interlocução diferenciado, que envolve a Comissão de Mediação de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça do estado (CEJUSC), governo do estado, Ministério Público, Defensoria Pública do Estado, entre outros órgãos.

Além de abertura às negociações, as comunidades puderam entregar dossiês com seu histórico, situação e problemas principais.
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2022-06-08 23:30:20 O que acontece se o candidato à presidência da direita for condenado por corrupção na Colômbia

https://www.brasildefato.com.br/2022/06/08/o-que-acontece-se-o-candidato-a-presidencia-da-direita-for-condenado-por-corrupcao-na-colombia

Rodolfo Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, é acusado de favorecer empresa em licitação de coleta de lixo

O candidato de extrema direita que disputa a presidência da Colômbia, Rodolfo Hernández, pode ser condenado por crimes de corrupção durante sua gestão como prefeito de Bucaramanga, capital do departamento de Santander, entre 2016 e 2019. Hernández é acusado de ter favorecido a empresa Vitalogic na concessão da licitação dos serviços de coleta de lixo na cidade.

O contrato de 30 anos no valor de US$ 570 milhões previa uma comissão de 2,2% para o lobista que colocou a empresa em contato com o ex-prefeito e US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) ao filho de Hernández, Luis Carlos Hernández.

No processo, aberto em fevereiro de 2020, o Ministério Público ainda destaca depoimentos afirmando que antes de abrir o processo de licitação, Hernández já havia designado pessoas de confiança para avaliar as ofertas das empresas privadas, a fim de garantir vantagem para a Vitalogic.

Há também evidências de reuniões entre Hernández, diretores da empresa e o lobista, responsável por fechar o contrato, Carlos Gutierrez Pinto.

Além do ex-prefeito e atual candidato pela Liga de Governantes Anticorrupção, o gerente da Empresa de Limpeza de Bucaramanga (Emab), José Manuel Barrera, também é imputado no caso. A audiência está prevista para o dia 21 de julho, mais de 30 dias após o segundo turno presidencial.

Caso Hernández seja eleito presidente, no dia 19 de junho, a denúncia do MP colombiano deverá ser submetida ao Congresso, que é responsável por abrir processos de investigação contra governantes. As evidências devem então serem avaliadas pelos deputados e senadores. Caso seja considerado culpado, Hernández poderia ser destituído e quem assume a presidência seria a vice, Marelen Castillo.

Não houve na história da Colômbia a destituição de nenhum presidente a partir do Congresso.

De acordo com a última pesquisa, realizada pelo Centro Nacional de Consultoria (CNC), com a participação de 1.200 colombianos de 43 municípios, há um empate técnico no segundo turno. Pela centro-esquerda, Gustavo Petro e Francia Márquez aparecem com 39% das intenções de voto, enquanto pela direita, Rodolfo e Marelen, teriam 41% da preferência. Já 14% continuam indecisos, e a margem de erro é de 2,8%.
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2022-06-08 23:02:14 Fome se alastra no Brasil: 6 em cada 10 famílias não têm acesso pleno a alimentos

https://www.brasildefato.com.br/2022/06/08/fome-se-alastra-no-brasil-6-em-cada-10-familias-nao-tem-acesso-pleno-a-comida

Em um ano, salta de 19 milhões para 33,1 milhões o número de pessoas que não têm o que comer

Em 2022, mais da metade da população brasileira – 58,7% – vive com algum tipo de insegurança alimentar. O número de pessoas passando fome passou de 19 milhões para 33,1 milhões de pessoas em pouco mais de um ano. Os dados divulgados nesta quarta-feira (8), são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). A pesquisa mostra que Brasil regrediu para um patamar de insegurança alimentar equivalente ao da década de 1990.

Isso significa que 15,5% da população no país está sem ter o que comer. O acesso pleno à alimentação se tornou exceção: essa é a realidade para apenas quatro de cada 10 famílias.

A pesquisa foi realizada em campo, pelo Instituto Vox Populi, com em entrevistas em 12.745 domicílios de 577 municípios de todos os estados brasileiros.

Em números absolutos, 125,2 milhões de pessoas no Brasil estão passando por algum nível de insegurança alimentar. Essa classificação inclui pessoas que estão passando fome e aquelas que estão preocupadas por não saber se terão o que comer no dia seguinte. O número de pessoas nessa situação aumentou 7,2% desde 2020, e 60% desde 2018.

“Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, destaca Ana Maria Segall, médica epidemiologista e pesquisadora da Rede Penssan.

A fome no Brasil tem cor, gênero, idade, geografia e classe. O Norte e o Nordeste do país são as regiões mais atingidas pela falta de comida no prato, com 25,7% e 21% das famílias, respectivamente, passando fome.

A desigualdade regional foi constatada também no contraste entre o campo e a cidade. Nas áreas rurais do Brasil, a insegurança alimentar é vivida em 60% das casas. Destas, 18,6% estão em situação grave. Nem mesmo quem produz alimentos escapou. A fome atingiu 21,8% dos domicílios de agricultores familiares e pequenos produtores.

Em 53,2% das casas onde a pessoa de referência se autodeclara branca, o acesso a comida não foi considerado um problema. O mesmo aconteceu em 67% dos domicílios com renda maior que um salário mínimo por pessoa. Já entre os lares em que a pessoa responsável se autodeclara preta ou parda, o índice cai para 35%. Comparando com a edição anterior do Inquérito da Rede Penssan, entre lares comandados por pessoas negras, a fome aumentou de 10,4% para 18,1%.

A falta de comida atingia, em 2020, 7% das casas em que mulheres são as responsáveis. Em 2022, passou para 11,9%. Também nesse período, a dificuldade em conseguir alimentos em famílias com crianças dobrou: a fome afetava 9,4% delas e, atualmente, é a realidade de 18,1%.
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2022-06-08 22:31:08 Cecília Meireles – Quem Sou Eu

https://traduagindo.com/2022/06/05/cecilia-meirelesss-quem-sou-eu/

Poema originalmente publicado no livro “Vaga Música”, lançado em 1938.

Eu sou essa pessoa a quem o vento chama,
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus, sem tentação de volta.
Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza:
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
já de horizontes libertada, mas sozinha.
Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,
dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.
Pelos mundos do vento em meus cílios guardadas
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:
Agora és livre, se ainda recordas.
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Aberto / Como
2022-06-08 03:30:42
Bolsonaro pinta na TV um Brasil sem intempéries e “com Deus no coração”
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Aberto / Como
2022-06-08 03:00:18 Bolsonaro pinta na TV um Brasil sem crises, “livre de corruptos” e “com Deus no coração”

https://www.brasildefato.com.br/2022/06/03/bolsonaro-pinta-na-tv-um-brasil-sem-crises-livre-de-corruptos-e-com-deus-no-coracao

Peças da pré-campanha do PL trazem cenas de um presidente afável e sorridente, além de acenos aos eleitores do Nordeste

O Partido Liberal (PL) exibe a partir desta quinta-feira (2) uma nova campanha de propaganda partidária em rádio e TV, com destaque para a pré-campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. As peças publicitárias focam nas medidas do governo federal para tentar aliviar a severa crise econômica em que o país está mergulhado e também apresentam uma face mais otimista para um eventual segundo mandato.

As informações sobre os conteúdos das publicidades do PL foram noticiadas na semana passada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, que teve acesso ao slogan da campanha: "Sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração, ninguém segura esse novo Brasil".

Nesta quarta-feira, na véspera das veiculações em rede nacional, o canal do partido no Youtube passou a abrigar uma das peças da pré-campanha em que Bolsonaro. No vídeo de 40 segundos, o presidente aparece sorridente e cercado de jovens, para quem discursa sobre as vantagens do Pix nas transações bancárias.

Para o cientista social Francisco Fonseca, professor da FGV/Eaesp e da PUC-SP, Bolsonaro tentará, sem sucesso, reverter os danos à sua imagem e críticas à sua política econômica. “Essas narrativas não grudam mais, tanto que a avaliação do governo Bolsonaro é muito ruim. Quase 60% dizem que não votam nele de jeito nenhum. Os grandes temas das pessoas hoje no Brasil são o custo de vida, a inflação, e a incapacidade de ter uma vida decente”, identifica.

Como vem sinalizando em discursos e viagens, a estratégia de marketing tem como alvo principal a população do Nordeste, região em que Bolsonaro tem os piores desempenhos nas pesquisas de intenção de voto. Por isso, serão destacados o índice de criação de empregos e a transposição do Rio São Francisco, que teve alguns trechos inaugurados nos últimos meses.

O senador Humberto Costa (PT-PE), em entrevista ao Brasil de Fato, afirma que o atual presidente tenta se beneficiar com a entrega de obras que já estavam perto de serem concluídas.

“Na verdade, nós executamos até o golpe contra a Dilma 88% das obras da transposição do São Francisco. Michel Temer fez mais 7% e Bolsonaro fez 5%. Ele agora quer se tornar o dono da obra, mas o povo do Nordeste sabe realmente qual foi o compromisso que o Lula e a Dilma tiveram”, afirma.
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2022-06-08 02:30:52 O jovem eleitor e os limites institucionais

https://pcb.org.br/portal2/28840

Com a proliferação de campanhas para que jovens tirassem o título de eleitor, surgiram também os questionamentos sobre qual o real poder do voto para mudar o nosso país.

Gerações após gerações, o jovem, termo que aqui usamos para nos referir tanto aos que estão se encaminhando para o final da adolescência ou nos primeiros anos da vida adulta, é caracterizado como um rebelde sem causa, uma pessoa com pouco conhecimento da “vida real”, aquela que ainda não entendeu as complexas regras da vida adulta.

Porém, ao mesmo tempo que se subjuga a capacidade dos jovens de pensar e fazer política, são em momentos como esse, de ascensão do fascismo nas ruas e nas urnas, que uma parte significativa da população espera que esses jovens se comprometam a comparecer às urnas para as eleições presidenciais e afastar de vez as ameaças de mais quatro anos da extrema direita no poder. No entanto, uma pergunta parece inquietar vários jovens que sonham com um outro Brasil: será que as coisas vão mudar apenas trocando de presidente?

Repensar a posição do povo no fazer político não significa negar a política institucional, como se ela não devesse ser disputada para tensioná-la para o lado dos interesses da classe trabalhadora. Em um contexto em que partidos de esquerda podem ser postos na ilegalidade, como já aconteceu outras vezes no Brasil e no mundo, disputar esse poder é uma forma de assegurar a sobrevivência daqueles que, de fato, procuram uma real ruptura com a organização social atual. Portanto, não existe nenhuma contradição entre reconhecer os limites da institucionalidade e ainda defender candidaturas da esquerda revolucionária, como é o caso da pré-candidata Sofia Manzano (PCB) e do pré-candidato Leonardo Péricles (UP).

Contudo, a política não pode se limitar a isso. É preciso que o fazer político do povo vá além de escolher um candidato de 4 anos em 4 anos e esteja no núcleo de qualquer decisão que vá impactar a sua vida. Em outras palavras, se faz necessário construir o poder popular.

De acordo com as resoluções do XV congresso do Partido Comunista Brasileiro, “A luta pelo Poder Popular se expressa nas ações independentes da classe trabalhadora em seus embates contra as manifestações mais evidentes da ordem do capital”. Dessa forma, a prioridade é organizar o povo para disputar espaços como movimentos sociais, sindicatos, fóruns populares, organizações partidárias, centros acadêmicos, etc. A organização nesses espaços gera acúmulos e orienta as pessoas para lutas por pautas comuns.

A tendência é que, quanto mais organizados os trabalhadores estejam na reivindicação dos seus interesses, maior será a agitação no sentido de um movimento revolucionário. E onde há ação revolucionária existe, por sua vez, reação contrarrevolucionária, mas é justamente nesse entrave que teremos a construção de uma unidade na luta, com as demandas apresentadas outrora de forma fragmentada se tornando reinvidicações cada vez mais precisas, de uma massa de trabalhadores que se enxerga enquanto classe e promovem a independência de seus interesses em relação aos dos gestores do capital, dando forma assim a um campo popular e de esquerda.

Este é um dos remédios para a tão falada desunião das esquerdas. São construídas pautas comuns por meio daquelas que se materializam justamente da necessidade que fez cada oprimido se organizar em prol de uma luta maior, que vai além dos limites institucionais em que a classe dominante tenta minar a ação política do povo. Forma-se, assim, uma espécie de poder de caráter anticapitalista que se agiganta frente ao poder burguês. O povo deixa de ser simplesmente um sujeito eleitoral para exercer seu poder político e começar, de fato, a fazer valer as suas vontades e necessidades em oposição aos interesses dos capitalistas, até, de fato, superar o sistema capitalista e suas contradições.
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