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Poetas da escola - Olimpíada de Língua Portuguesa

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Aqui você encontrará dicas e reflexões sobre o gênero Poema da Olimpíada de Língua Portuguesa. Saiba mais sobre a 7ª edição do concurso: https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso

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2021-07-26 17:11:43 O poema que eu gostaria de ter escrito

Na imagem acima, temos duas figuras que muitos e muitas de nós conhecemos por meio de poemas ou de canções: Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Infelizmente, não é incomum que gostemos de textos sem nunca ter visto o rosto de seu autor ou que cantemos músicas sem conhecer o compositor, julgando, por vezes, que quem dá voz à canção também a compôs… Ainda que pareça irrelevante frisar, não podemos nos esquecer de que sempre há uma pessoa por trás de todo poema que já foi escrito ou declamado. São sujeitos com corpo, sonhos, preocupações, linha genealógica e, claro, amigos e amigas! Às vezes, as amizades dos poetas são poetas também, justamente como foi o caso de Moraes e Jobim, que levaram o laço afetuoso que os unia para o espaço de suas produções e criaram juntos uma série de belas e famosas canções.

E eles não são uma exceção. Carlos Drummond de Andrade nutria uma bela amizade com Pedro Nava; Mário de Andrade e Oswald de Andrade eram muito próximos; Geni Guimarães é amiga de longa data de Conceição Evaristo. E esta lista não para por aí! É possível que em sua turma também haja poetas que são camaradas, então que tal propor uma atividade em duplas para que o grupo se conheça melhor e converse sobre seus poemas?

Peça a todos e todas que escolham, dentre os poemas que escreveram desde o início das oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa e em outros momentos da vida, um conjunto de obras favoritas (até três poemas). Em seguida, a turma deve formar duplas e enviar, por aplicativo de mensagem, e-mail ou qualquer outro meio virtual, essa coletânea da própria produção para a/o colega de dupla. Reforce a importância de ler a coletânea de poemas da/do colega com atenção e carinho. Afinal, aqueles textos são um pedacinho de quem os escreveu. Depois dessa parte da atividade, provoque a turma com a pergunta “qual poema da coletânea da/do colega você gostaria de ter escrito?” e solicite que indiquem seus poemas escolhidos. Se a turma topar, você pode propor que a partir dessa atividade, todos vocês façam uma coletânea com um poema preferido de cada um dos alunos e alunas. Que tal?

Esse exercício, além de pôr em prática habilidades de seleção, leitura direcionada e crítica literária, será importante para valorizar o conjunto de escrita já consolidado da turma e afinar mais a relação afetiva do grupo por meio da escrita. Afinal, um dos maiores elogios que poetas podem fazer a outros é reconhecer que estes são referências para sua própria escrita.

A coletânea da turma pode ser feita digitalmente, a partir do uso dos recursos gratuitos de aplicativos como o Book Creator.

Para aprofundar-se no gênero Poema e ampliar seu repertório lendo outros textos, (re)visite o Caderno Docente Poetas da escola, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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2021-07-26 17:08:04
Vinícius de Moraes e Tom Jobim, amigos e parceiros criativos. Fotografia disponível no site do SESC São Paulo.
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2021-07-19 16:03:05 Poema e oralidade

O poema, como já vimos em pílulas anteriores, consegue abrigar criatividade e reflexões das mais diversas. É tão plural quanto a própria humanidade e se adapta aos locais, às culturas, aos sotaques e às experiências individuais e coletivas. E para dar conta de mais um pouco dessas várias possibilidades, é importante refletirmos sobre a relação entre o poema e a oralidade.

A declamação de um texto escrito, que já exemplificamos aqui, é uma faceta poderosa da presença da oralidade no poema, mas não podemos nos esquecer de que também há o poema pensado especialmente para ser falado. Temos como exemplo um cordel de Maria do Rosário Lustosa da Cruz, que enfeita nossa pílula de hoje. O cordel é um tipo de poesia cujo ápice está em sua apresentação oral, assim como a poesia declamada em slam. Essa característica fica bastante perceptível através do uso proposital de expressões coloquiais, de gírias e, por vezes, do desvio da norma padrão da língua.

Que tal, a partir da reflexão que tivemos aqui, debater um pouco com sua turma sobre as diferenças, semelhanças, potencialidades e limites do uso da oralidade, dos termos regionais e da coloquialidade no universo do poema? Afinal, o que constitui a fala e a escrita de um povo, também constitui o que o faz singular.

Passeie por outras paisagens:

Conheça um pouco mais sobre a trajetória da cordelista Maria do Rosário Lustosa da Cruz.

Ouça outro cordel de Maria do Rosário.

Conheça o portal da Academia Brasileira da Literatura de Cordel.

Dê uma olhada na dissertação de mestrado de Doralice Alves de Queiroz e saiba mais sobre a presença feminina na literatura de cordel.

Acesse no Caderno Docente Poetas da escola, a Etapa 1 e Etapa 2 da Oficina 7 - Poetas do povo, e conheça atividades em que a literatura de cordel estará no centro das reflexões sobre poema.

Para aprofundar-se no gênero Poema e ampliar seu repertório lendo outros textos, (re)visite o Caderno Docente Poetas da escola, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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2021-07-19 16:02:52
Disponível no folheto de cordel A História do cordel e na dissertação de mestrado intitulada Mulheres cordelistas: percepções do universo feminino na Literatura de Cordel, de Doralice Alves de Queiroz.
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2021-07-12 17:32:46 Um poema a muitas mãos

Lendo a parlenda acima, você consegue perceber estruturas recorrentes de construção estética? A reiteração é uma técnica largamente utilizada no poema e, por suas recorrências, produz efeitos dos mais variados, como o ritmo bem disposto e a rima interna. Há diferentes formas e nomenclaturas para a repetição, conhecidas como figuras de construção ou de sintaxe, uma subdivisão das figuras de linguagem: a anáfora, que consiste em repetir a mesma palavra ou expressão no início dos versos; a epífora que, ao contrário da anterior, se dá pela repetição da mesma palavra ou expressão no fim dos versos; e, no caso da parlenda acima, a anadiplose, que ocorre quando a palavra final de um verso (ou par de versos) é repetida, com pouca ou nenhuma alteração, no início do verso (ou par de versos) que se segue. Assim, se o segundo verso termina com a palavra “cachimbo”, o terceiro deverá ser iniciado com esta palavra também; se o penúltimo verso se inicia com a palavra “buraco” é porque o antepenúltimo verso foi finalizado com a mesma palavra. Na execução destas figuras de construção, conjugações de verbos e alterações em número ou gênero são possíveis.

Um poema com a estrutura apresentada acima poderia ter sido composto, coletivamente, por seus alunos e alunas. Vamos tentar? (Re)apresente essa famosa parlenda para sua turma; explique, sem ênfase em terminologias, o processo de construção do texto e sugira que as/os estudantes produzam um poema que utilize a mesma figura de construção. Em ordem, cada estudante diz ou escreve um verso; a/o estudante seguinte deve iniciar seu verso com a última palavra ou expressão utilizada pela/pelo colega anterior. Produzir rimas é interessante, mas não é indispensável para a execução da atividade. O propósito maior desse exercício é que, a partir do trabalho comunitário e horizontal, todas e todos percebam, pela prática, o valor que há em unir forças, mãos e vozes para um fim comum: um poema que carregue um pedacinho de cada uma das pessoas que o produziram.

Passeie por outras paisagens:

Relembre algumas outras figuras de linguagem, em material produzido pelo portal Mundo Educação, da UOL.

Para aprofundar-se no gênero Poema e pensar em atividades que privilegiam o trabalho coletivo, revisite a Oficina 8 – Batalha de poesia e a Oficina 10 – Nosso poema. Para refletir sobre o uso da repetição no poema, vale a pena reler a Oficina 5 – Sonoridade e métrica na poesia e a Oficina 6 – O poema, as palavras e o som. Todos eles são conteúdos disponíveis no Caderno Docente Poetas da escola, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

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Aberto / Como
2021-07-12 17:28:12
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Aberto / Como
2021-07-05 16:47:06 Serenatas possíveis

A pílula de hoje tem como tema as maneiras criativas, factíveis e poéticas de demonstrar nosso carinho pelas pessoas, sobretudo à distância, já que temos sido desafiados a encontrar novas formas de conviver, nos comunicar e nos relacionar com aqueles que amamos e não estão por perto. Longas conversas por telefone, trocas de mensagem, vídeo-chamadas, envios de presentes por correio… Até serenatas encomendadas têm sido uma maneira de preencher o afastamento que se impõe entre muitos de nós.

No vídeo que trazemos acima, vemos os jovens cantores Mel e Jordan, vocalistas do grupo Nosso Sonho, fazendo uma serenata para dois pequenos fãs de seu trabalho. O casal de artistas, frente à impossibilidade de realizar apresentações presenciais durante a pandemia, tem feito serenatas por vídeo e presenteado cônjuges, pais, filhos e amigos de seus admiradores com belas canções e recadinhos carinhosos.

Na nossa segunda pílula, publicada em 19 de abril, que chamamos de “A poesia no rap”, falamos um pouquinho sobre a relação entre a música e a poesia, você se lembra? Podemos dizer que a serenata também faz parte desse grupo de conexões entre tais tipos de arte, já que, durante sua apresentação, pode-se recitar a letra de uma canção ou mesmo musicar um poema.

Que tal, inspirados por Mel e Jordan, gravar (em vídeo ou áudio) uma serenata poética para presentear alguém que você gosta? O ideal é que você declame um poema seu ou de algum poeta que você estime, mas, se for de sua preferência, também vale utilizar uma música, um trecho de algum texto de outro gênero ou ainda as palavras que vierem à mente no momento: o importante é declarar sua afeição. Incentive sua turma a fazer o mesmo! Se quiser, mostre sua serenata para as/os estudantes e conte qual foi a reação de quem recebeu sua demonstração de carinho. Quem sabe, com seu exemplo, eles e elas não se sintam encorajados a falar cada vez mais de seus sentimentos por meio da poesia? O distanciamento social não precisa ser sinônimo de outros – e talvez mais dolorosos – distanciamentos.

Passeie por outras paisagens:

Relembre a segunda pílula do gênero Poema, “A poesia no rap”.

Assista a outra serenata realizada por Mel e Jordan, dedicada às suas mães.

Para aprofundar-se no gênero Poema e ampliar seu repertório lendo outros textos, (re)visite o Caderno Docente Poetas da escola, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

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Aberto / Como
2021-07-05 16:46:47 Serenata “Surpresa para as crianças”, do grupo Nosso Sonho.
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2021-06-28 16:54:44 A poesia que há no poema

Hoje, o poema que enfeita nossa pílula é da poeta e arqueóloga Lara de Paula. Nesta produção, vemos um procedimento interessante, que estrutura uma série de obras poéticas: a metapoesia. Vocês já ouviram falar neste termo? Em linhas gerais, trata-se de uma faceta da metalinguagem — a reflexão sobre a linguagem que se dá por meio da própria linguagem. A metapoesia, por extensão, contempla o poema que se constrói através de considerações sobre a poesia em si. Assim, poemas que discorrem sobre o ato de escrever, sobre os sentidos da poesia para quem a produz ou mesmo sobre o valor estético e social da obra literária, como ocorre no poema da Lara, são considerados metapoemas.

Vários poetas partiram e partem de suas reflexões sobre a poesia, nos brindando com obras que conseguem nos sensibilizar e fazer analisar a complexa relação entre o artista e seu ofício. Ótimos exemplos desse procedimento estão em “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa; “Eu escrevo as palavras por intuição”, de Zainne Lima da Silva; “Consideração do poema”, de Carlos Drummond de Andrade; e “Da calma e do silêncio”, de Conceição Evaristo.

Recomendamos que vocês apresentem mais essa possibilidade da poesia para seus alunos e alunas. Talvez, de início, escrever sobre seus sentimentos, suas famílias ou suas memórias não seja confortável… Então, que tal escrever sobre escrever?

Passeie por outras paisagens:

Conheça mais o trabalho da poeta e arqueóloga Lara de Paula.

Saiba mais sobre a metalinguagem e veja exemplos de sua execução, em uma matéria produzida pela revista Super Interessante.

Leia o poema "Autopsicografia", de Fernando Pessoa, no portal Arquivo Pessoa.

Leia o poema “Eu escrevo as palavras por intuição”, de Zainne Lima da Silva, em seu livro Canções para desacordar os homens, publicado online pela autora de forma independente.

Ouça o poema "Consideração do poema", de Carlos Drummond de Andrade, registrado pelo projeto “Releituras” em conjunto com o Radioteatro da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Ouça o poema "Da calma e do silêncio", de Conceição Evaristo, lido pela própria autora.

Para aprofundar-se no gênero Poema e ampliar seu repertório lendo outros textos, (re)visite o Caderno Docente Poetas da escola, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

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Aberto / Como
2021-06-28 16:48:04 Leitura do poema “Interlúdio”, de Lara de Paula, na voz de Oluwa Seyi Salles Bento.
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