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Se bem me lembro - Olimpíada de Língua Portuguesa

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Aqui você encontrará dicas e reflexões sobre o gênero Memórias Literárias da Olimpíada de Língua Portuguesa. Saiba mais sobre a 7ª edição do concurso: https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso

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2021-07-26 16:27:25 Revisão colaborativa

Um dos momentos mais gratificantes para professores e professoras de língua portuguesa é quando os/as estudantes conseguem perceber e corrigir os equívocos de seus textos e aprimorar a escrita de maneira mais autônoma. Parte da conquista dessa autonomia vem de um trabalho constante de edição e de revisão bem orientados. No contexto do ensino remoto, essa tarefa pode ser feita com o auxílio de editores de texto online como o disponibilizado pelo Google Drive.

Uma sugestão de atividade é que você crie duplas em que cada aluno ou aluna ficará responsável pela revisão do texto de seu colega. As marcações podem ser feitas com o auxílio da ferramenta de Sugestões, acionada com o botão direito do mouse, para que as alterações fiquem visíveis a todos que estão compartilhados no documento.


No ensino presencial, você pode variar a dinâmica e formar pequenos grupos de trabalho nos quais cada estudante usa uma cor de caneta para indicar as sugestões nos textos dos demais participantes dos colegas.

Além da dinâmica bem organizada, outro aspecto importante da etapa de revisão é a criação de um roteiro com itens que devem ser verificados pela turma. Por exemplo: O texto tem título? Está na primeira pessoa? Usa palavras e expressões que representam bem o modo de falar da pessoa que inspirou o texto? Há uma boa contextualização do cenário em que as lembranças se passam?

Por fim, é importante orientar o grupo para que as sugestões sejam feitas de modo afetivo. Para isso, cada um, além das intervenções ao longo do próprio texto, pode registrar em um bilhete endereçado ao amigo ou amiga os sentimentos e impressões em relação à leitura que fez.

Confira alguns manuscritos de autores famosos acompanhados de comentários e marcas de revisão no site Resenhas à la Carte.

Leia um tutorial que ensina a compartilhar documentos no Google Drive.

Para um modelo de roteiro de revisão de Memórias Literárias, (re)visite a Etapa 2 da Oficina 17 – Últimos retoques, do Caderno Docente Se bem me lembro, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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Aberto / Como
2021-07-26 16:25:10
Na imagem, um trecho de Grande Sertão: Veredas, com intervenções de Guimarães Rosa. Imagem disponível no link. Crédito: Revista de Estudos Avançados, nº. 58, 2006, p.92.
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Aberto / Como
2021-07-19 16:07:08 O desafio da autoria

Na última pílula, analisamos um texto de memórias literárias para mostrar como estudantes do Ensino Fundamental II podem adaptar a linguagem do outro na retextualização de uma entrevista. Hoje, damos um passo além para refletir sobre o que é a autoria em memórias literárias. Destacamos um trecho da biografia Viver para contar, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, ao falar sobre o cenário em que passou seus primeiros anos de vida:

“Até a adolescência, a memória tem mais interesse no futuro que no passado, e por isso minhas lembranças da cidadezinha ainda não estavam idealizadas pela nostalgia. Eu me lembrava de como ela era: um bom lugar para se viver, onde todo mundo conhecia todo mundo, na beira de um rio de águas diáfanas que se precipitavam num leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos.”

Vamos ler agora um texto finalista da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2019, de Isadora Herschaft Cardoso, do município de Itapiranga (Santa Catarina):

“Toda vez que alguém bate na minha porta, lembro-me daquela gélida noite em que perdi meu chão, meu norte e a outra metade de mim. Sou de ascendência alemã e, junto com meus pais, instalei-me na antiga Porto Novo com meus pais no ano de 1928. Contava com apenas 6 anos de idade. Lembro-me de quando chegamos aqui nessa terra desvirginada por corajosos loucos que se aventuravam em meio ao mato e aqui vieram semear o seu futuro. Foi aqui que empobrecemos.”

Ao comparar os dois trechos acima, qual são as semelhanças? Ora! Ambos falam sobre lembranças do passado, vividas na infância do narrador, em primeira pessoa.

Quais são as diferenças? O primeiro foi escrito pela pessoa que vivenciou essas memórias, o que não quer dizer que tudo tenha sido exatamente como ele conta, mas que o autor apresenta sua perspectiva sobre a paisagem em que cresceu. No segundo texto, Isadora reconta a história de Catharina Thiel, à época com 97 anos. Há, portanto, uma separação entre narradora e autora. Isadora teve o desafio não apenas de transcrever a fala ouvida, mas de associá-la às suas habilidades para criar um texto literário.

Eis o desafio da escrita de memórias literárias quando chegamos à reta final do processo: garantir fidelidade à história narrada e à figura que a conta mas, ao mesmo tempo, estimular a expressão estética desses jovens escritores.

Leia gratuitamente um trecho do livro Viver para contar.

Para aprofundar-se na discussão sobre as vozes do texto em Memórias Literárias, (re)visite a Oficina 14 – Como num filme, do Caderno Docente Se bem me lembro, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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2021-07-19 16:06:53
Gabriel García Márquez abre sua autobiografia Viver para contar com a frase: “A vida não é a que a gente viveu, mas a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”. Imagem disponível no link. Sem crédito.
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2021-07-12 16:43:37 A voz de uma geração pela outra

É possível que você e sua turma já estejam trabalhando na escrita dos textos de memórias literárias. Apesar do possível intervalo provocado pelas merecidas férias escolares, vamos continuar enviando sugestões para que você possa dar continuidade ao trabalho quando for oportuno.

Na pílula de hoje, destacamos o texto "Doces Memórias", de Adrielle Vieira de Oliveira, finalista da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2019:

“Percorro em sonhos a cidadezinha de minha infância. Um largo e caudaloso rio serpenteando a várzea fértil. A ponte de ferro da charqueada já se encontrava lá toda imponente. A luz elétrica ali produzida iluminava o centro da cidade. Poucos casarões de pau a pique ao longo da pacata rua Belo Horizonte, hoje a movimentada avenida Abílio Machado. Impossível esquecer-me da igrejinha do Rosário com sua torre norte sineira. Às quinze horas, começava um movimento pelas vielas. Lá se iam as senhoras atraídas pelo tocar do sino. Hora do terço, muito me admirava a fé daquelas pessoas! Mamãe, com apenas um olhar, recomendava-me silêncio e puxava a turma de carolas com cantos e orações. Rezávamos até para chover se a seca ameaçasse a plantação. Mas o que mais me encantava nesta igreja eram as missas das manhãs de domingo. Depois de uma longa homilia, saíamos a apreciar os poucos carros tipo "Ford Bigode" que circulavam em torno da praça.”

Você pode ler o trecho com sua turma para identificar alguns aspectos interessantes próprios da escrita do gênero, dentre eles:

- A descrição do cenário em que a entrevistada viveu, que no início do texto leva o leitor ou leitora para aqueles tempo e espaço. São os casarões de pau a pique, a energia elétrica que era uma novidade, a paisagem marcada pela religião, em sua arquitetura e em seus sons.

- Como a autora, apesar de ser uma jovem do ensino fundamental II, consegue se apropriar da fala de sua entrevistada para conferir tom nostálgico ao texto. Reflita com o grupo: O que provoca esse efeito? Destaque as pertinentes escolhas de vocabulário e a construção das frases, como é o caso de “muito me admirava” ou “puxava a turma de carolas”.

Essa produção é um bom ponto de partida para que os/as estudantes escrevam um texto mais longo de memórias a partir das entrevistas realizadas, ou revisem aqueles que já elaboraram.

Leia o texto “Doces Memórias”, na íntegra.

Para aprofundar-se na retextualização em Memórias Literárias, (re)visite a Oficina 13 – Da entrevista ao texto de Memórias Literárias, do Caderno Docente Se bem me lembro, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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Aberto / Como
2021-07-12 16:43:21
Vista antiga da Matriz de São José, em Belo Horizonte. A capital mineira é o cenário do texto “Doces Memórias”, de Adrielle Vieira de Oliveira, finalista da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2019. Crédito da imagem: sanctuaria.art
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2021-07-05 16:58:21 A voz da linha de frente

Gerson Salvador nasceu no sertão da Bahia, mas mudou-se cedo para São Paulo, onde cursou medicina. Infectologista, atua na linha de frente no combate à Covid-19 e relata sua experiência atendendo pacientes no Hospital Universitário da USP. Salvador quebra a expectativa que poderíamos ter no texto de um médico – talvez objetivo, impessoal – com uma prosa que se vale de estilo e de intertextualidade para captar a atenção do leitor, e que se aproxima das Memórias Literárias. Note que ele registra, com preocupação estética, suas vivências. No trecho que destacamos a seguir, ele conta sobre a alta do pai que pegou Covid e chegou a ser internado:

Quero colo. Depois de uma semana de internação, quando parecia não haver mais novidades, o meu pai teve uma mudança no quadro. Felizmente começou a melhorar e usar menos oxigênio a cada dia. No segundo sábado após sua internação eu fui buscá-lo. Alta hospitalar. Com algum cansaço ao se esforçar e com os olhos brilhando ele disse: filho eu te amo. Painho eu te amo. Vocês precisavam ver a cara de rapazinho apaixonado que ele fez quando reencontrou a minha mãe no saguão do hospital!

São meus filhos que tomam conta de mim. As crianças dançaram, pularam e gritaram quando souberam que o vovô estava de alta. Lembrei de quando eu falei para minha filha, a Menina Mais Velha, quando ela me perguntou por que as pessoas morrem. Tudo o que faz parte de seu corpinho e de meu corpo já estava nesse mundo desde a formação do planeta. Nós somos feitos, essencialmente, de pedaços de carbono e de amor. Só existimos porque outros seres vivos morreram e nos permitiram usar o carbono que estava em seus corpos, um dia precisamos devolver esses elementos para a natureza, assim, outras formas de vida surgirão com essas partes de nós. O amor permanece. Posso dormir aqui com vocês? Ela dormiu bem no meu peito, perguntando se poderia ser um passarinho ou cachorrinho e sorriu levinha quando eu disse que sim.”

Destacamos os trechos em que o autor faz uma ponte entre as suas memórias e uma famosa música do grupo Legião Urbana, Pais e filhos, pertinente ao contexto, afinal, aqui se trata menos da voz do médico e mais da voz do filho que se sente amedrontado pelas incertezas de uma doença ainda sem tratamento eficaz. A intertextualidade contribui para o estilo da narrativa ao mesmo tempo em que a aproxima do leitor pela referência muito conhecida, a canção de Renato Russo.

Em suas turmas, um exercício possível é propor aos alunos e alunas o registro de uma memória que eles mesmos viveram e que ainda seja recente, fresco. Procure auxiliá-los/as a dar passos no sentido da construção estética do texto. Tal como mostra o exemplo de Gerson Salvador, não se trata apenas de narrar o que aconteceu, mas de usar recursos linguísticos, como a relação com a música, para que a construção ganhe as tintas da literatura.

Leia o texto Pais e filhos: sobre meu pai internado com covid, na íntegra.

Para aprofundar-se nas questões de estilística nas Memórias Literárias, (re)visite a Oficina 9 – Na memória de todos nós e a Oficina 10 – Marcas do passado, do Caderno Docente Se bem me lembro, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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2021-07-05 16:54:55
A intertextualidade contribui para o estilo da narrativa ao mesmo tempo em que a aproxima do leitor. Ilustração de Fábio Bulhões.
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2021-06-28 16:44:11 Memória em quadrinhos

Helô D’ ngelo é ilustradora e faz histórias em quadrinhos. Durante o período de distanciamento social provocado pela pandemia da Covid-19, ela deu início a uma série chamada Isolamento, em que registra as histórias de seus vizinhos de prédio, em São Paulo. Os quadrinhos são publicados semanalmente e podem ser acompanhados pelo Instagram da autora: @helodangeloarte.

Como exercício de registro da memória cotidiana, você pode propor à sua turma que também faça quadrinhos a partir daquilo que chega dos vizinhos. O que escutamos quando damos ouvidos ao que está no nosso entorno? Como cada casa próxima de nós tem vivido durante o último ano? Como podemos nos conectar com nossos sentidos para ser sensível ao que está fora de nós?

Uma vez produzidos os desenhos, vale o exercício de comparação com textos de Memórias Literárias. Qual é a linguagem que predomina nos quadrinhos? Como uma mesma ideia ou informação seria registrada em um texto em prosa? Helô dá voz aos anônimos do lugar onde vive por meio de seus desenhos e registra a experiência de um período pelo qual todos passamos, o que confere universalidade ao trabalho. Do mesmo modo, com os textos de memória, podemos dar voz, na literatura, às pessoas comuns, cujas histórias podem remeter às vivências do próprio leitor.

Para aprofundar-se no gênero Memórias Literárias, (re)veja a Coletânea do Caderno Docente Se bem me lembro, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

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2021-06-28 16:42:34
Helô D’ ngelo desenhou uma série para compartilhar o cotidiano de seus vizinhos durante a pandemia da Covid-19. A série intitulada Isolamento já está na segunda temporada, que tem mais de 30 episódios. Disponível no link.
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