2023-06-12 02:26:00
Querido amor. Quando te encontrei não sabia se você era alguém que chegou para ficar em minha vida, ou um encontro passageiro com hora marcada para terminar.
Só sabia que esse encontro me transformaria e que meu coração pedia para te dar um espaço em minha vida.
Quando encontrei você, apesar da insegurança, senti dentro de mim algo vibrar, como se você tivesse acendido um sentimento que até então permanecia adormecido dentro de mim. Eu não tinha consciência se você vinha para amar ou ensinar. Mas pouco a pouco você me mostrou que era mais que uma lição em minha vida. Que você era um propósito em forma de amor.
Quando encontrei você minhas dúvidas surgiram, meus medos afloraram, meus traumas se acionaram. Porém, um sentimento em minha alma me mostrou que quem quer viver o amor precisa estar preparado para isso, e pronto usar essa força para transmutar todos os bloqueios que habitam dentro de nós. Pois o verdadeiro amor nos acolhe, mas também nos desafia, e acima de tudo, nos faz crescer.
Quando encontrei você, pensava que precisava de alguém para me sentir amado. Contudo você me ensinou que o amor do outro não completa ninguém, que quem quer amar precisa primeiramente amar a si mesmo(a). O verdadeiro amor não é sobre complementar, é sobre transcender.
Quando te encontrei passei a me encontrar também e perceber que mesmo tendo o seu amor, jamais deveria deixar de me amar.
Quando encontrei você, acreditava que amar era sofrer.
E no decorrer de nossas vivências entendi que o sofrimento surge das nossas ilusões, que apesar de uma relação ter seus desafios, ela vem para fazer bem. Você me mostrou que o processo de amar pode desconfortar, mas jamais machucar.
Quando encontrei você, encontrei também parte do meu propósito e entendi que de alguma forma todas as almas estão amarradas nos fios da evolução, e as almas em sintonia estão sempre destinadas a auxiliarem no progresso uma da outra.
Foi assim que entendi que não estava te conhecendo. Estava te reencontrando. Porque o verdadeiro amor começa na alma.
(Alexandro Gruber)
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