2021-09-12 00:43:36
Todo mundo lembra de onde estava quando soube da notícia do ataque às torres gêmeas, em 2001.
Eu estava almoçando na Mangueira (sim, no bairro onde fica a escola de samba), onde eu trabalhava na época.
A TV estava ligada e eu comia estupefata, com os olhos pregados na telinha.
Dali pra frente, o mundo foi tomando conhecimento do que realmente ocorreu.
Uma das cenas que mais me marcou foi a do “falling man”, aquele homem que se jogou do prédio e foi fotografado no ar, de cabeça pra baixo.
Aquela imagem (que não pode ser compartilhada aqui no Instagram, por ter conteúdo sensível) é o retrato do desespero.
Muitos tratam como suicídio, mas parece que muitas dessas pessoas, na verdade, pularam devido à fumaça e ao fogo. Teriam sido, portanto, escolhas terríveis: ou morriam queimadas/asfixiadas, ou morriam com a queda.
Esse episódio nos mostrou como a vida, às vezes, coloca-nos em situações realmente trágicas e sem solução. Entretanto, talvez você nunca tenha parado para pensar que suas questões mais difíceis não chegam nem perto de demandar uma escolha mortal como a daquelas pessoas.
Muitas vezes a vida o coloca diante de escolhas que lhe trarão consequências ruins. Mas, pense: nem sempre é a sua vida que está em jogo. Às vezes é um cargo, um emprego, um bem material, um conforto, o aconchego da patota.
Muitas vezes, o que estará em jogo é a sua DIGNIDADE. Escolher a dignidade, quase sempre, acarreta alguma retaliação social. Se você não faz o que as pessoas querem que você faça, você será excluído e escarnecido.
Esse é o preço da manutenção da sua dignidade.
Perto da escolha que aquelas pessoas tiveram que fazer no World Trade Center, francamente: essa daí - que vocês tanto temem - parece brincadeira de criança.
Coloque seus problemas em perspectiva diante das misérias humanas mais fundamentais e extremas. Isso vai te fazer bem: você dará aos seus problemas a real dimensão, e tomará as melhores decisões.
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