2021-09-22 04:00:58
Você já deve ter ouvido - ou até mesmo falado - a seguinte frase: “precisamos de TÉCNICOS decidindo os rumos do país, não de políticos”.
Você deve ter se sentido super inteligente, ponderado e isento falando isso, correto?
Pois bem: você caiu na falácia da TECNOCRACIA.
A tecnocracia se caracteriza pela transferência do poder decisório dos representantes eleitos pelo povo a um grupo de não eleitos.
Em nome da sacrossanta “técnica”, portanto, a vontade de um povo (política) é substituída pelo entendimento de meia dúzia de “estudados” (técnicos).
A entrega do poder aos técnicos, portanto, significa a exclusão do povo do processo decisório dos rumos do país, que passa a ser tutelado por uma meia dúzia de iluminados doutores, donos de todo o saber e ciência, que acabam escolhendo e determinando o que é o melhor para o povo.
Portanto, em um país tecnocrata, as decisões sobre aborto, ideologia de gênero, questões culturais em geral, são entregues de bandeja a um grupo de cientistas que se dirão conhecedores do profundo saber: segundo eles, o “povão” não está habilitado a opinar.
O ativismo judicial, no Direito, é uma forma de tecnocracia jurídica, já que coloca o técnico - o membro do Poder Judiciário - acima do legislador, que foi aquele eleito pelo povo para fazer valer suas aspirações. Aqui, vemos claramente o “técnico” se colocando acima do povo.
José Pedro Galvão de Sousa explica que a idolatria tecnicista em um país só pode culminar na uniformização das relações humanas, cujas condutas serão impostas pelos doutos cientistas “democraticamente” de cima para baixo, resultando fatalmente em um modelo de Estado SOCIALISTA.
Conclui-se, portanto, que quadros técnicos são importantes, mas o sistema representativo requer também a presença de elementos que compreendam questões metafísicas, que vão muito além do cientificismo, e que preservem os verdadeiros valores fundamentais de uma nação.
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