2022-07-05 15:41:03
ZONA DO EURO• O PMI do setor de serviços da Alemanha registrou queda entre os meses de maio e junho, saindo de 55 pontos para 52,4 pontos no período. Contribuíram para este resultado o fato de que neste mês foi registrado o nível mais fraco de crescimento no nível de atividade do setor para o ano de 2022, algo que se deve em grande medida ao elevado nível de incerteza que marca o campo econômico atualmente, com a inflação elevada e o país ainda sendo fortemente afetado pelos impactos dos eventos em curso no cenário internacional.
Chama atenção que este cenário de desaceleração da atividade se deu mesmo em um mês em que a inflação do setor de serviços apresentou certo arrefecimento, com os provedores de serviços tendo relatado que, no geral, não repassaram integralmente o aumento de seus custos para o preço final dos serviços, tendo em vista a perspectiva de deterioração da demanda.
Tal preocupação parece genuína, uma vez que em junho, o número de novos pedidos teve declínio significativo, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, revertendo a trajetória de crescimento que vinha sendo traçada desde o início do ano. Todavia, o ainda elevado backlog das empresas, fez com que houvesse expansão no nível de contratações, algo que não deve se sustentar à medida que os pedidos em atraso sejam entregues. A combinação destes fatores fez com que a expectativa das firmas que integram o setor sofresse queda significativa, caindo para o mesmo patamar observado em outubro de 2020.
O resultado dos serviços combinado com a já anunciada queda no setor industrial fez com que o PMI Composto do país caísse de 53,7 pontos para 51,3 pontos neste mês. A redução do número de novos pedidos em ambos os setores foi o principal vetor de queda neste caso, assim como o aumento nos custos de produção, que se refletiram em preços finais mais elevados para os consumidores, deteriorando especialmente a demanda local. As expectativas, por sua vez, também tiveram um declínio expressivo, com ambos os setores apresentando um recuo de aproximadamente dois anos em seus níveis de otimismo.
• Na França, o PMI de serviços saiu de 58,3 pontos em maio para 53,9 pontos em junho, tendo apresentado comportamento semelhante ao caso da Alemanha, com o nível de atividade desacelerando e registrando a pior taxa de crescimento do ano. Já o número de novos pedidos teve desempenho ainda mais preocupante, caindo para o mesmo patamar observado em abril de 2021.
O país foi afetado demasiadamente pela incerteza no âmbito econômico, com várias firmas relatando dificuldade em fechar novos negócios em função da reticência por parte dos clientes, de maneira que o ainda tímido nível de expansão no número de novos pedidos se devendo ao maior dinamismo do mercado externo.
A inflação foi outro problema no mês, sendo que 58% das firmas participantes da pesquisa relataram aumento em seus custos de produção, com destaque para os aumentos relacionados aos preços de energia elétrica, combustíveis, gás e óleo. Chama atenção também que alguns respondentes já apontaram um aumento nas taxas de juros de seus respectivos financiamentos, movimento que deve ser acompanhado tendo em vista que, apesar de já anunciado, o aperto monetário na região ainda não foi iniciado. Pelo lado positivo, as firmas expandiram as contratações, mantendo uma trajetória ascendente na série que já dura aproximadamente 18 meses.
Ademais, o nível de confiança dos agentes do setor apresentou crescimento, que embora tenha sido o menor desde janeiro de 2021, se suporta na perspectiva de melhora da demanda no período pós-Covid.
A queda no setor industrial somada à desaceleração dos serviços fez com que o PMI Composto da França teve declínio de 57 pontos em maio para 52,5 pontos.
• Na Zona do Euro, o recuo do PMI de serviços foi de 56,1 para 53,0 pontos entre maio e junho, refletindo a desaceleração que marcou os principais países da região. O principal vetor negativo observado no mês foi a redução do número de novos pedidos, que apesar
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