2022-07-13 02:41:05
*SOBREVIVENDO AO SEU DESERTO*
*DICA DE SOBREVIVÊNCIA #6 - PARTE 2*
*PROCURE ALIMENTO*
O autor de Hebreus advertiu amigos cristãos que estavam passando pelo deserto espiritual, da seguinte maneira: "Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso" (Hebreus 3.7-11 – NVI).
Então ele prosseguiu explicando: "E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade" (Hebreus 3.18-19 – NVI). Dessa maneira Ele usa termos fortes para alertar a Sua Igreja contra a desobediência em um deserto espiritual. Assim como Deus disciplinou Israel, do mesmo modo Ele iria discipliná-los se eles continuassem a desobedecer. Estar passando por uma fase difícil não era desculpa para desobedecer a Palavra de Deus.
Vamos analisar a situação um pouco mais de perto. O autor de Hebreus associa obediência à fé, como sendo os dois lados de uma mesma moeda. As duas palavras foram intercambiadas no versículo citado acima. Na primeira sentença Deus baniu Israel da Terra Prometida por causa da desobediência, e na segunda, por causa da incredulidade. Sua falta de fé os levou à desobediência, e sua desobediência indicava sua falta de fé. Mais adiante, o autor deixou bem claro exatamente em que "palavra" Israel não creu e desobedeceu. "Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram" (Hebreus 4.2).
Então, Israel não acreditou na "palavra que ouviram". Especificamente, a "palavra" que Israel rejeitou foi a promessa de Deus de que eles iriam entrar na terra que Deus havia destinado a eles! Deus lhes prometeu uma terra que manava leite e mel; uma terra boa e espaçosa, onde eles iriam desfrutar de segurança e ter descanso dos seus inimigos. Resumindo, Ele mesmo iria libertá-los da escravidão, e escoltá-los pessoalmente para a casa de seus sonhos. Esta foi a Sua promessa, Sua "palavra" para eles.
Depois de séculos de escravidão no Egito, que alegria eles devem ter sentido quando "ouviram" essa promessa! Que prazer eles devem ter sentido com a "palavra" que era a realização de um sonho – um país que teria seu próprio território, identidade e liberdade. No entanto, aqui eles ainda estavam em um deserto – sem leite, sem mel, sem segurança, sem herança, nenhuma promessa cumprida. Meses antes, quando o Mar Vermelho se abrira diante de seus olhos, as promessas de Deus devem ter soado bastante reais para eles! Eles devem ter quase provado o fruto de sua terra e cheirado o perfume dos lírios. Todavia, em vez disso: poeira, perigo, rochas, sede, serpentes e medos – o verdadeiro deserto. Deus disse: "Terra Prometida"; mas, em seguida, Ele os levou para o deserto. E em vez de entrarem em sua glória, eles ficaram vagando em um deserto, lutando contra elementos cruéis, recolhendo alimentos estranhos todas as manhãs.
Israel enfrentou uma situação muito difícil. A palavra de Deus que prometia um futuro glorioso agora parecia absurda, naquele deserto árido de sonhos despedaçados. A "palavra que ouviram", em vez de inspirar a esperança através da realização, agora parecia pairar suspensa sobre eles, longe do seu alcance, zombando e escarnecendo deles enquanto vagavam pelo deserto. Israel estava preso nessa longa e estranha tensão entre a promessa e o cumprimento, entre a integridade de Deus e as circunstâncias que pareciam contradizer a Sua Palavra. Mas aquele foi o tempo exato que eles precisavam para acreditar.
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