2022-07-29 16:31:45
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Taxa de desemprego cai e apresenta melhora em comparação com o primeiro trimestre. A Pnad contínua fechou o segundo trimestre em 9.3%, o consenso do mercado era de 9,4%.
O índice de inflação PCE dos Estados Unidos em junho e o sentimento do consumidor americano em julho devem nortear os mercados nesta última sexta-feira de julho, além de alguns balanços corporativos do segundo trimestre.
Além da taxa de desemprego, os dados do setor público consolidados de maio também serão monitorados.
Abertura
Após o PIB do segundo trimestre nos EUA permanecer negativo e apontar para recessão técnica, fortalecendo a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderá elevar menos os juro a partir de setembro, os índices futuros das bolsas de Nova York ampliam ganhos de ontem no mercado à vista, o dólar segue em baixa e os juros dos Treasuries recuam. As ações reagem positivamente ao forte desempenho da Apple e Amazon, que divulgaram balanços no fim da tarde de ontem.
Nos negócios do pré-mercado, o papel da Amazon saltava 12% e o da Apple tinha alta de 2,7% mais cedo. Na Europa, as bolsas se beneficiam de dados do PIB da Alemanha, que ficaram abaixo do esperado, e da Itália, que superaram as expectativas. Na zona do euro, o PIB do segundo trimestre cresceu mais que o esperado na primeira leitura, porém, a inflação ao consumidor em julho na região atingiu novo recorde de 8,9%, acima das estimativas dos analistas.
Por aqui, o persistente apetite por risco no exterior e a alta do petróleo de cerca de 2% nesta manhã podem renovar o fôlego do Bolsa, que deve repercutir também os resultados da Petrobras e da Vale, divulgados ontem à noite. Os dados locais ficam no radar também em meio a desaceleração da taxa de desemprego, mas o setor público poderá apresentar o primeiro déficit mensal desde julho de 2021.
O mercado de câmbio deve oscilar durante a manhã com a disputa técnica pela formação da última taxa Ptax do mês, após o dólar cair mais de 6% nas últimas quatro sessões da semana e passar a apresentar queda acumulada de 1,37% em julho. O desempenho da moeda americana e do petróleo, além dos dados dos EUA, podem pesar também nos ajustes da taxa de câmbio e dos juros futuros.
Empresas
A Petrobras fechou o segundo trimestre deste ano com lucro de R$ 54,3 bilhões, 26,8% a mais do que um ano atrás e 21,9% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2022. O montante ficou 22,8% acima do previsto pelo mercado. Já o lucro líquido recorrente no segundo trimestre ficou em R$ 45 bilhões, 10,1% a mais que um ano atrás e 3,4% superior ao do trimestre anterior.
O Ebitda teve alta de 58,6% contra o segundo trimestre do ano passado e avanço de 26,4% em relação ao trimestre anterior, para R$ 98,2 bilhões. A receita de vendas no período subiu 54,4%, para R$ 170,9 bilhões, frente ao segundo trimestre de 2021, e 20,7% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
A empresa também anunciou no meio da tarde de ontem a aprovação de dividendos no valor de R$ 87,8 bilhões, valor recorde, e que representa R$ 6,732003 por ação preferencial e ordinária. A data de 'ex-direitos' é 12/08.
De acordo com especialistas, a Petrobras reportou bons resultados, principalmente pela valorização do petróleo Brent e maior volume de vendas no mercado interno. Entre os destaques, estão os fortes dividendos anunciados. "Esperamos que o mercado reaja positivamente ao forte dividendo da empresa e ao resultado favorável", ressaltam analistas. Por outro lado, acreditam que os investidores não devem ignorar os riscos políticos em torno da estatal.
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