2021-09-13 23:14:42
LEI DA THELEMA E A FILOSOFIA DO LIVRE-ARBÍTRIO
A Thelema é uma filosofia religiosa baseada em um postulado de mesmo nome, adotado como princípio fundamental por algumas organizações ocultistas, desenvolvida no início de 1900 por Aleister Crowley, um escritor inglês e mago cerimonial.
O princípio fundamental da lei de Thelema é:
"Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei, amor sob vontade."
Essa vontade seria a Verdadeira Vontade, ou Thelema (do coiné θέλημα, "vontade, arbítrio"), em que o indivíduo possui absoluto discernimento das forças que movimenta e o movimentam.
Esta filosofia parte da ideia de que cada ser humano, por possuir livre arbítrio, é inteiramente responsável por sua existência e por suas ações, sem ser absolvido ou culpado por nenhum Deus ou Diabo no que tange o destino de sua própria vida. E, ao realizá-la, o indivíduo integra-se perfeitamente à sua Natureza, que reflete a ordem do Universo.
Portanto, realizar a Verdadeira Vontade é despertar para a Vontade do Universo.
Quem é Aleister Crowley?
Ocultista, hedonista, satanista e crítico social. Em muitas de suas façanhas, buscava "ir contra os valores morais e religiosos do seu tempo", defendendo a liberdade individual e espiritual baseada no livre-arbítrio thelêmico. Teve grande influência na cultura pop e é aclamado em Hollywood.
Em março e abril de 1904, Crowley estava no Cairo, Egito, com a esposa, Rose Kelly. Durante um trabalho de invocação de elementais do ar, Kelly começou a canalizar e a balbuciar que o deus egípcio Hórus falava através dela.
A entidade prescreve então uma série de detalhes para um ritual de invocação, e o resultado deste ritual resulta no Liber Al vel Legis (Livro da Lei), uma suposta escritura sagrada e grimório contendo a Lei e as liturgias mágicas do "Novo Aeon" (a Era de Aquário).
O Livro da Lei, tornou-se a escritura sagrada principal dos thelemitas e doutros tratados sobre diversos assuntos esotéricos como a cabala e o tarô.
O sistema thelêmico inclui uma série de referências de magia, ocultismo, misticismo e religião, tanto ocidentais quanto orientais, tais como a Cabala e a Yoga. Segundo Crowley, Thelema representaria um novo sistema ético e filosófico para a humanidade, caracterizando um Novo Aeon (Nova Era).
A prova final de que a mensagem thelemica era verdadeira foi a identificação da figura de Hórus em uma peça funerária egípcia hoje conhecida como a Estela da Revelação, exposta no Museu Bulaque, com o número de identificação 666 (que para os ocultistas está ligado não ao demônio, mas sim às divindades solares).
Crowley escreveu vários documentos sobre a conduta individual à luz da Lei de Thelema, que alguns fazem abordar o tema interferência com outros: o Liber OZ, o Dever, e o Liber II.
O Liber Oz enumera alguns dos direitos individuais implícitos no livre-arbítrio humano.
Para cada pessoa, estes incluem o direito de:
viver por sua própria lei;
viver da maneira que quiser,
fazer, trabalhar, brincar e descansar como quiser;
de morrer quando e como ele quiser;
comer e beber o que quiser;
viver onde quiser;
se mover sobre a terra como quiser;
pensar, falar, escrever, desenhar, pintar, esculpir, derreter,moldar, construir, e vestir-se como quiser;
o amor, onde e com quem quiser;
e matar aqueles que frustram esses direitos
LIVRE ARBÍTRIO NA KABALAH
Segundo os cabalistas do The Kabbalh Centre, "existem regras espirituais no universo, mas o livre arbítrio pode conectá-los a elas ou não."
Para eles, não se pode ter a promessa de liberdade espiritual total, a menos que se aprenda como lidar primeiro com as regras espirituais do universo. Ensina que o próprio livre arbítrio irá se adaptar à vontade superior do universo com a criação da abertura si mesmos (auto-conhecimento). Trata-se de criar uma nova forma de se comunicar com a Luz, com o universo, aceitando essa nova responsabilidade.
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