2021-09-21 18:07:22
A LIVRE AGÊNCIA E A SOBERANIA DIVINA
O Eterno decretou em Si mesmo, desde toda a eternidade, pelo sapientíssimo e santíssimo Conselho de Sua própria Vontade, que, tudo quanto seja, livremente e imutavelmente aconteça. Isto inclui tanto o mal quanto o bem, sendo sustentados tanto pela razão como pela revelação. (Dn 4:35; Is 46:10; Rm 9:19; Ef 1:11)
Quando os homens dizem que a soberania absoluta do Todo-Poderoso não pode reconciliar-se com a livre agência por mentes finitas, indicam um mal entendido quer da livre agência, quer da soberania do Eterno, ou de ambas.
A livre agência está em harmonia perfeita, completa e manifesta com a soberania absoluta do Soberano. O laço de união entre ambas jaz no fato que a vontade está sujeita ao caráter do seu possuidor. O Altíssimo determinou o caráter de cada homem por meio de qualquer dos Seus decretos, positivo ou permissivo. Positivo no caso de todo o bem e permissivo no caso de todo o mal.
YAHUAH tendo assim determinado todas as circunstancias, controla os motivos que influenciam a vontade. Assim o Eterno controla as ações humanas e todavia os homens agem em todos os tempos livremente como o Soberano mesmo faz. Se não houvesse o Criador, o homem não podia agir mais livremente do que age.
Vemos esta harmonia entre o Eterno e Sua soberania e a livre agência do homem incisivamente exemplificada no sacrifício do Messias.
YAHUAH determinou que o Messias fosse sacrificado (At 2:23; 4:27-8; Gn22:8). E Ele mesmo determinou aqueles que o fariam, mas Ele fez isto permissivamente. Todos quantos tomaram parte no sacrifício estiveram somente representando suas próprias naturezas. Através de motivos ímpios escolheram matar o Senhor da glória.
Mataram-nO porque O odiaram. Mataram-nO porque Ele os repreendeu por seus pecados. Mataram-nO porque Ele retirou a glória que tinha sido deles. YAHUAH não os causou faze-lo, mas decretou permitir-lhes seguir suas próprias inclinações e desejos em faze-lo.
Livre Agência e o Poder a Ação Contrária (Regeneração)
Na conversão a alma age contrária ao seu propósito previamente regente, mas, neste caso, não é devido ao despertamento de tendências latentes senão à implantação da nova vida vida da parte do Criador.
Mas, se alguém supõe que o poder de ação contrária significa que é possível a alguém agir em qualquer momento diferentemente do modo no qual ele age (lagarta voar, borboleta rastejar), individuo e motivos permanecendo os mesmos, ele supõe uma contradição e uma necessidade, porque isto é supor que alguém escolha aquilo que não pode escolher.
Toda a ação é o resultado de uma necessidade interna de conseqüências mas não de uma necessidade externa, nem de uma necessidade de compulsão. Em outras palavras, a ação de qualquer individuo em qualquer tempo não podia ter sido diferente sem o indivíduo ou os motivos serem diferentes. Doutra maneira não haveria nenhuma causa para a ação da vontade e todo o senso comum proíbe a suposição de uma coisa finita sem uma causa. Assim, os atos da vontade procedem de uma necessidade interna.
O indivíduo natural, como escravo do mundo é livre e espontâneo . Não há forças que compila a vontade, porque a vontade é simplesmente a faculdade de escolha da alma.
Ninguém é coagido a praticar o mal . O ser humano pratica o mal porque o pecado habita nele , por isso ele é escravo do pecado. O ego, a vaidade, a concupiscencia da carne, dos olhos, a soberba da vida, a sabedoria aos proprios olhos, tudo isso leva as pessoas a praticarem o mal mesmo que pensem estar praticando o bem, mas esse bem é o bem de si mesmo. O "bem" que busca os próprios interesses. É como vemos hoje muitos fazendo do mal, bem. E do bem, mal. Fazendo da luz de trevas e trevas de luz.
"O caminho do homem carregado de culpa é todo perverso e estranho, porém a conduta do homem puro é honesta." Pv 21:8
Texto adaptado de Thomas Paul Simmons, D.Th. Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner
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