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A ocasião faz o escritor - Olimpíada de Língua Portuguesa

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Logotipo do canal de telegrama cronica_olp - A ocasião faz o escritor - Olimpíada de Língua Portuguesa
Endereço do canal: @cronica_olp
Categorias: Línguas
Idioma: Português
Assinantes: 1.80K
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Aqui você encontrará dicas e reflexões sobre o gênero Crônica da Olimpíada de Língua Portuguesa. Saiba mais sobre a 7ª edição do concurso: https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso

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2021-08-23 16:11:56
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Aberto / Como
2021-08-16 17:26:00
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Aberto / Como
2021-08-09 16:28:21 É tempo de olhar o tempo...

“Tempo de nos aquilombar”

É tempo de caminhar em fingido silêncio,
e buscar o momento certo do grito,
aparentar fechar um olho evitando o cisco
e abrir escancaradamente o outro.

É tempo de fazer os ouvidos moucos
para os vazios lero-leros,
e cuidar dos passos assuntando as vias
ir se vigiando atento, que o buraco é fundo.

É tempo de ninguém se soltar de ninguém,
mas olhar fundo na palma aberta
a alma de quem lhe oferece o gesto.
O laçar de mãos não pode ser algema
e sim acertada tática, necessário esquema.

É tempo de formar novos quilombos,
em qualquer lugar que estejamos,
e que venham os dias futuros, salve 2020,
a mística quilombola persiste afirmando:
“a liberdade é uma luta constante.

(Conceição Evaristo)


No final de 2019, a escritora Conceição Evaristo publicou o poema “Tempo de nos aquilombar”, com seus votos para 2020. Sem imaginar a pandemia que nos afetaria a partir de março de 2020, o poema parece descrever o que foi preciso fazer para sobrevivermos a um momento extremamente desafiador e preocupante: nos aquilombarmos, isto é, nos unirmos e criarmos espaços e tempos outros - como os escravizados e depois seus descendentes fizeram ao formarem quilombos.

Será que a sala de aula, os momentos que você viveu junto com os/as alunos/as, durante o aprendizado e exercício do gênero crônica, não foram uma forma de se aquilombar e de criar um outro tempo em meio a uma situação que não parece ter fim?

Você já pensou em como ninguém soltou a mão de ninguém nesse processo, especialmente você em relação aos/às seus/suas alunos/as, enfrentando os desafios diários do ensino remoto? Ao não soltar a mão, crônicas foram produzidas, partilhadas, lidas, pois sempre é tempo de escrever! Que tal refletir um pouco sobre como foi passar o tempo e inventar outro tempo com sua turma, vendo como vocês se aquilombaram? Da nossa parte, foi um prazer imenso dialogar com vocês nesse canal, que foi talvez nosso quilombo virtual pedagógico!

Para ler o poema de Conceição Evaristo, clique no link. Caso queira conhecer mais a autora, acesse seu perfil no Literafro.

Para aprofundar-se no gênero Crônica e conhecer outras obras, (re)visite o Caderno Docente A ocasião faz o escritor, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
2.2K views13:28
Aberto / Como
2021-08-09 16:25:17
Escritora Conceição Evaristo lendo um de seus livros para o público. Foto disponível no link.
1.8K views13:25
Aberto / Como
2021-08-02 16:58:27 As alegriazinhas de cada um de nós

Dos tantos desafios que vocês devem ter enfrentado no ensino do gênero Crônica em sala de aula, um deles talvez tenha sido levar os alunos e as alunas a colocarem no papel seu ponto de vista sensível sobre o mundo - não porque eles não tenham, mas porque eles podem sentir que suas visões não importam. Por isso, é essencial valorizar as experiências e perspectivas dos/das estudantes, inclusive mostrando como coisas especiais de suas vidas podem entrar na crônica. É o que faz José Falero na crônica “Alegrias”, após relatar uma experiência em que quase foi assassinado, evidenciando como passou a dar ainda mais valor à vida em suas miudezas:

“(...) E, depois de sair ileso daquela lanchonete, me atrevi a perguntar a mim mesmo: só mais uma chance para quê? Qual era, afinal, esse meu objetivo tão precioso, que me levava a considerar inaceitável o fim? O que, afinal, me fazia tão apegado à existência, por mais dura que fosse?

Com surpresa, notei que muitas coisas podiam responder a essa pergunta. E, com mais surpresa ainda, percebi que nem uma dessas coisas era grandiosa. O sorriso da minha mãe no meio da maior adversidade. O vento fresco no meio da tarde mais quente. A conversa leve no meio do trabalho mais pesado. O pão sem nada no meio da maior fome. A marquise oportuna no meio da maior chuva. O carinho no cachorro no meio da maior desesperança.

Alegrias. Alegrias simples. Alegriazinhas bestas.”

Será que seus alunos e alunas já não trouxeram nas crônicas suas “alegriazinhas bestas” também, ou seja, o que lhes acalenta o coração, desperta o interesse ou os motiva em algum aspecto da vida? Ou alguma situação que mudou por completo a visão deles? Se sim, a questão é avaliar o quanto, a partir dessa dimensão pessoal, eles estão também descortinando um olhar que pode se estender a outras pessoas e situações, afinal, suas “alegriazinhas bestas” podem tocar muita gente, como é o caso da crônica de Falero.

Que tal convidar a turma a fazer o exercício de procurar nos textos produzidos ao longo desses meses a particularidade do olhar de cada um? Quais seriam as “alegriazinhas” reveladas em cada crônica? Assim eles poderão apreciar e reconhecer o percurso trilhado durante este ano.

Para ler a crônica “Alegrias”, de José Falero, acesse o portal da Olimpíada de Língua Portuguesa. Caso queira saber mais sobre o autor, leia sua entrevista à revista Trip.

Para aprofundar-se no gênero Crônica e conhecer outras obras, (re)visite o Caderno Docente A ocasião faz o escritor, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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Aberto / Como
2021-08-02 16:58:13
Ilustração de Fábio Bulhões.
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Aberto / Como