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Pontos de vista - Olimpíada de Língua Portuguesa

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Aqui você encontrará dicas e reflexões sobre o gênero Artigo de Opinião da Olimpíada de Língua Portuguesa. Saiba mais sobre a 7ª edição do concurso: https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso

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As últimas mensagens 2

2021-07-26 17:34:29 Além da revisão

Nas últimas pílulas, falamos sobre os desafios da escrita do artigo de opinião: Como começar? Como continuar? Como fugir das fórmulas prontas? Hoje, nos direcionamos para o acabamento do texto, ou seja, para a edição e a revisão.

Em Como escrever bem, um manual norte-americano de escrita jornalística e de não ficção, William Zinsser afirma:

“Quem é o leitor, essa criatura tão esquiva? O leitor é uma pessoa que dispõe de cerca de trinta segundos de atenção - uma pessoa assediada por inúmeras forças que competem entre si por atenção. Houve um tempo em que essas forças eram relativamente poucas: jornais, revistas, rádio, esposa, filhos, animais domésticos. Hoje em dia, a elas se soma toda uma galáxias de equipamentos eletrônicos destinados a entretenimento e informação - a televisão, os celulares, os tablets, os iPods -, além dos exercícios da academia de ginástica, da piscina, da quadra de esportes e do mais poderoso de todos os concorrentes: o sono.”

É pensando no leitor, portanto, que relemos e fazemos as correções necessárias no texto. As correções de que falamos aqui não se restringem aos desvios em relação à norma padrão da língua portuguesa. Zinsser, no mesmo livro, sugere a edição como uma ferramenta poderosa de lapidação da escrita:

“O segredo da boa escrita é despir cada frase até deixá-la apenas com seus componentes essenciais. Toda palavra que não tenha uma função, toda palavra longa que poderia ser substituída por uma palavra curta, todo advérbio que contenha o mesmo significado que está contido no verbo, toda construção em voz passiva que deixe o leitor inseguro a respeito de quem está fazendo o quê - todos esses são elementos adulterantes que enfraquecem uma frase.”

Na prática da sala de aula, isso significa atribuir ao acabamento do texto sentidos para além da “limpeza” a fim de eliminar os problemas de acentuação, ortografia, concordância etc.. As atividades nesta etapa devem ter como foco desenvolver a habilidade de se deslocar da posição de autor para a posição de leitor. A troca de produções entre os estudantes para que façam a leitura crítica, por meio de um roteiro de apoio focado, é um caminho para que isso aconteça no Ensino Médio.

Os trechos aqui selecionados do livro Como escrever bem foram publicados pelo jornal digital Nexo.

Para acessar um roteiro de leitura e revisão dos Artigos de Opinião, (re)visite a Oficina 15 – Revisão final do Caderno Docente Pontos de vista, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
1.7K views14:34
Aberto / Como
2021-07-26 17:30:55
O fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson registra o cotidiano de leitores muito antes da ascensão de dispositivos tecnológicos como celulares e tablets. Disponível no link.
1.4K views14:30
Aberto / Como
2021-07-19 16:10:55 Como ir além das fórmulas prontas

Nos últimos anos, o ensino da escrita no Ensino Médio vem sendo bastante influenciado pelos exames de vestibular, tanto nas escolas públicas quanto nas escolas privadas. Não por acaso, uma parcela dos alunos e alunas aprende rápido o modelo do texto dissertativo-argumentativo do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e o replica para outros textos argumentativos, como é o caso do artigo de opinião. Ganha-se em velocidade de escrita e em resultados nas provas, mas, em alguma medida, perde-se em autoria.

Garantir o estilo e a voz desses jovens nos textos é um grande desafio para professores e professoras, mas o trabalho com textos de opinião que circulam nos grandes veículos de comunicação pode contribuir para evitar as fórmulas prontas. Destacamos trechos do início e do desfecho de um artigo publicado por Laura Trajber e Ilona Szabó, no jornal El País:

"Na semana passada, bombas de gás lacrimogêneo e flechas se encontraram no gramado da Esplanada dos Ministérios. Representantes de povos indígenas de todo o Brasil, protestando contra projetos anti-indígenas tramitando no Congresso, foram duramente repreendidos por forças de segurança.

Não é de hoje que os povos indígenas encontram a face repressiva do Estado. Não seria exagero dizer que os desencontros têm mais de 500 anos. Mas há algo de novo e preocupante nos dias de hoje.

(...)

É mais do que sabido que os indígenas brasileiros são os guardiões da floresta em pé e dos serviços ecossistêmicos. Não por acaso, terras indígenas sofrendo invasões de garimpagem e grilagem são aquelas onde a perda de cobertura vegetal é a mais acentuada. Em tempos de emergência climática, passar essa boiada não é uma opção.”

Note-se que o artigo, que expressa com clareza o posicionamento das autoras em relação às políticas públicas adotadas em territórios indígenas, não atende a fórmulas: a contextualização do tema parte de um acontecimento recente, mas a tese que será defendida aparece apenas no segundo parágrafo. Já no desfecho, não há proposta de intervenção específica para o problema e, ao mesmo tempo, desenha-se a intertextualidade na menção a uma frase que teria sido dita pelo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Trabalhar a análise de textos como esse – e outros que você julgar relevantes – é um caminho para trazer à tona a noção de que usar fórmulas é tão importante quanto quebrá-las, na construção de um percurso de escrita mais autoral.

Leia o artigo "Passar a boiada não é uma opção", na íntegra.

Para aprofundar-se no gênero Artigo de Opinião, (re)visite o Caderno Docente Pontos de vista, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
1.9K views13:10
Aberto / Como
2021-07-19 16:10:41
Claudia Andujar é a autora da foto que ilustra este post. Ela dedicou a vida a registrar o cotidiano e a luta dos povos Yanomami. Crédito: Acervo Galeria Vermelho. Disponível no link.
1.5K views13:10
Aberto / Como
2021-07-12 16:36:15 Seleção de argumentos

Sabemos que alguns e algumas de vocês estão de férias, e que este é um descanso merecido depois dos últimos períodos letivos. Por aqui, continuaremos a fazer sugestões para incrementar a sua prática de sala de aula na reta final de preparação para a Olimpíada de Língua Portuguesa, na categoria artigo de opinião, mesmo que ela aconteça só na volta às aulas.

Alguns dias atrás, mostramos a importância da introdução do artigo e de alguns elementos-chave para que seus/suas estudantes escapem da recorrente crise: Como eu começo? Hoje, respondemos a uma outra questão, derivada da anterior: Como eu continuo?

O planejamento do texto, como você bem sabe, envolve mobilizar argumentos de diferentes tipos, para que o discurso ganhe força de convencimento. Selecionamos como exemplo um trecho de um dos textos finalistas da Olimpíada em 2019, escrito por Antonia Edlane Souza Lima, do município de Marcelino Vieira, no Rio Grande do Norte, que discutiu a violência contra a mulher:

“No século XIX, época do movimento romântico, havia toda uma idealização da figura feminina: damas vistas como puras e recatadas, fiéis ao lar e aos maridos. Essa personificação de perfeição sempre mascarou a desvalorização de mulheres por seus esposos e pela sociedade que moldavam uma forma de comportamento que nunca atendeu à realidade. A verdade é que sempre houve a opressão, mesmo que socialmente velada, o que levou à desqualificação da honra feminina e ao julgamento de depreciação social por serem quem são (...). Esse argumento reforça (...) as justificativas daqueles que adotam práticas de maus-tratos, abusos e até mesmo crimes.”

Neste parágrafo do texto assinado por Antonia, chama-nos a atenção o paralelo entre o passado, refletido em um movimento literário, e o presente, no qual estereótipos a respeito da figura feminina são reforçados. Vale observar também a análise que é feita ao final do parágrafo, que conecta a repetição de tais estereótipos com os casos de violência, tema do artigo. No restante do texto, a jovem apresenta dados como o do Fórum de Segurança Pública, que indica que, no Brasil, uma mulher morre vítima de violência a cada duas horas. E exemplifica com casos de feminicídio que ocorreram em sua pequena cidade, Marcelino Vieira, para exemplificar que se trata de um problema persistente que exige ações mais efetivas de combate.

Como maneira de aprimorar a escrita da argumentação, você pode analisar esse e outros parágrafos com a sua turma, e depois pedir que eles reelaborem os próprios textos com foco na escolha das justificativas – fatos históricos, dados ou exemplos, como é o caso aqui – que sustentam as proposições deles.

Leia o artigo da estudante Antonia Edlane Souza Lima na íntegra, na publicação Textos Finalistas da 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.

No texto Por que 'opinião não é argumento', segundo este professor de lógica da Unicamp, publicado pelo Nexo Jornal, Walter Carnielli explica o que é um mau argumento e como desmontá-lo.

Para aprofundar-se no gênero Artigo de Opinião e refletir sobre tipos de argumento, (re)visite a Oficina 9 – Sustentação de uma tese do Caderno Docente Pontos de vista, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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Aberto / Como
2021-07-12 16:35:26
Argumentar é como escalar uma seleção de jogadores ou jogadoras. Quer dizer, é necessário selecionar as melhores informações e encaixá-las na posição mais adequada para que a tese seja bem sustentada. Ilustração de Fábio Bulhões.
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Aberto / Como
2021-07-05 16:40:03
Antes de escrever um artigo de opinião, normalmente nos deparamos com questionamentos e ponderações a respeito de assuntos que escolhemos para analisar. Ilustração de Fábio Bulhões.
1.9K views13:40
Aberto / Como
2021-06-28 16:23:55 A escola afasta os alunos da literatura?

Em janeiro deste ano, uma declaração de Felipe Neto provocou polêmica e reações nas redes sociais. O youtuber disparou no Twitter que “Forçar adolescentes a lerem romantismo e realismo brasileiro é um desserviço das escolas para a literatura. Álvares de Azevedo e Machado de Assis não são para adolescentes! E forçar isso gera jovens que acham literatura um saco”.

A fala do influenciador pode render um interessante debate com seus alunos e alunas. O que a turma pensa a respeito da posição de Felipe Neto? Sugerimos que você parta da polêmica para organizar a turma em dois grupos. Um defenderá a posição do youtuber, o outro deve discordar dela. Antes da aula de debate, lembre-se de preparar os jovens para a discussão: é necessário pesquisar informações e argumentos, bem como pensar em contra-argumentos e perguntas para a equipe que defenderá a posição oposta. Além disso, no dia da atividade, use um cronômetro para medir tempos de fala e de réplica de cada grupo.

Caso a aula seja por grupo no WhatsApp ou em outro aplicativo de mensagem, os grupos podem trocar áudios ou vídeos com tempo limitado. Ao mesmo tempo, sintetize em um suporte à parte - como a lousa ou um documento de texto, se a aula for ministrada remotamente - as informações e argumentos citados. Em um encontro posterior, eles podem apoiar a produção de um artigo sobre o tema.

Veja as diferentes respostas ao tuíte de Felipe Neto que foram reunidas neste artigo do canal Tilt, do Uol.

A professora Isabella Tramontina posiciona-se sobre a questão neste vídeo.

Leia, na revista Quatro Cinco Um, uma síntese da edição 2020 da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.

Para aprofundar-se no gênero Artigo de Opinião, (re)visite a Oficina 4 – Questões Polêmicas, do Caderno Docente Pontos de vista, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
2.5K views13:23
Aberto / Como
2021-06-28 16:21:22
Debate: qual o tipo de leitura literária deve ser aplicada na escola? Ilustração de Fábio Bulhões.
2.1K views13:21
Aberto / Como