2023-04-26 14:08:47
Bom dia, hoje é 26 de abril e este é o Minuto do Mercado da Agência CMA
Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em queda. Ontem foi divulgado os balanços da Amazon e Microsoft, referente ao primeiro trimestre deste ano. Os números vieram acima do esperado, o que é uma boa notícia, mas o temor de uma recessão nos Estados Unidos ainda continua.
Analistas aguardam os dados do Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), referente ao mês de março, na sexta-feira (28), e a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, na quinta-feira (27), para ter uma “prova” mais assertiva de como anda a economia do país.
Na próxima semana, 3 de maio, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulgará a nova taxa de juro do país. Apesar dos últimos dados mostrarem um pequeno resfriamento da economia dos EUA, analistas acreditam que o Fed promoverá pelo menos mais dois aumentos de 0,25 ponto percentual do juro antes de iniciar uma possível queda.
Por aqui, o dia será marcado pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) referente ao mês de abril. Segundo as estimativas calculadas pelo Termômetro CMA, o índice deve subir 0,60% em abril. Já a taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses deve ter alta de 4,20%.
As previsões de dez instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre altas de 0,52% a 0,67%, com a média das projeções em 0,60%. Para o acumulado em 12 meses até abril, as previsões de dez "casas" consultadas variam entre +4,09% e +5,30% (média em +4,41%).
No campo político, a pressão do governo pelo corte na taxa Selic continua. Antes de deixar Portugal a caminho da Espanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o patamar das taxas de juros praticadas no Brasil. "Nossa taxa de juros é muito alta. Ninguém toma empréstimo com a Selic a 13,75% ao ano", disse Lula, acrescentando que um país capitalista precisa de dinheiro. "E o dinheiro tem que circular. E não na mão de poucos, mas na mão de todos".
No dia seguinte, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse não ter condições de prever quando a taxa Selic começará a cair, destacando que é um dos nove votos para tomar essa decisão. Campos Neto reiterou que a decisão será técnica e não política e que levará em conta três pontos: as expectativas de inflação, o hiato do produto e a inflação corrente.
O presidente do BC afirmou ainda que o Brasil está com inflação média abaixo do mundo, o que mostra o sucesso do movimento de elevar as taxas de juros. Campos Neto citou países como Argentina e Turquia, que abandonaram o sistema de metas de inflação, como economias com dificuldades. A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) será no dia 3 de maio.
Depois do Santander Brasil, a temporada de balanços continua hoje, com Vale, Weg e Gol. Amanhã será a vez de Azul, Cielo, Multiplan, Hypera e Suzano.
Bons negócios
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