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O Fetichismo da “Hegemonia” “Não se trata, então, de Lenin ig | Rondó da Liberdade

O Fetichismo da “Hegemonia”

“Não se trata, então, de Lenin ignorar a necessidade de uma direção intelectual e moral da sociedade ou desconhecer a dimensão ‘pedagógica’ de todo o fazer político, elementos sem os quais mal se pode alcançar uma verdadeira ‘hegemonia’; se trata de que, para ele, esses elementos não podem operar como ‘variáveis’ independentes do poder tout court. Por isso, o problema da conquista da ‘hegemonia’ em determinada sociedade não pode aparecer, segundo Lenin, como algo desvinculado da conquista do poder político, sob a pena de que a teoria marxista do Estado e da revolução ‘não seja mais do que uma noção confusa de uma mudança lenta, paulatina, gradual, sem saltos e nem tormentas, sem revoluções’.

O fato de Gramsci jamais ter formulado teses como as que Lenin dirige a crítica é evidente por si só. Até onde sabemos, nunca renegou o leninismo e nem esqueceu que há um momento militar (técnico-militar e político-militar, segundo suas palavras) da luta de classes, que não pode ser substituído pelo combate ideológico solitário”, Agustín Cueva, “O Fetichismo da ‘Hegemonia’”, 1987.