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'Hoje, como as vésperas da Revolução de Outubro de 1917, ‘a qu | Rondó da Liberdade

"Hoje, como as vésperas da Revolução de Outubro de 1917, ‘a questão do poder é certamente a questão mais importante em todas as revoluções’. Afirmar que, por meio do aparelho de Estado, numa sociedade capitalista, é possível efetuar reformas revolucionárias incompatíveis com a lógica do sistema, como a expropriação da terra sem indenização e outras que limitem concretamente os direitos do capital, é enganar o povo. A revolução socialista exige a destruição da máquina do Estado capitalista e não apenas o controle do governo por meio de eleições ditas livres. Hugo Chávez aprendeu isso na Venezuela bolivariana, no decurso de uma luta de classes permanente, dramaticamente marcada por sucessivas eleições, um golpe de Estado e um lock out petroleiro que paralisou o país. Uma luta tão intensa e complexa, mas que, apesar das esmagadoras vitórias eleitorais, a relação de forças existente, interna e externa, não permitiu ainda a destruição do Estado burguês. Situações como as da Venezuela alertam para uma realidade que muitos intelectuais progressistas tendem a esquecer. É um erro comum acreditar que, numa revolução vitoriosa em desenvolvimento, a simples relação entre a maioria e a minoria decide o êxito do processo. Na sua crítica a Kautsky, Lenin usa palavras duras para qualificar a atitude dos que assumem essa posição, porque ela ‘engana as massas’”. Miguel Urbano Rodrigues, no prefácio do livro de Jean Salem "Lenin e a Revolução".