Get Mystery Box with random crypto!

Efeitos da 'visita” de Victoria Nuland ao Brasil e o processo | Expresso da Meia Noite

Efeitos da "visita” de Victoria Nuland ao Brasil e o processo de privatização da Eletrobras

Por Ricardo Guerra


Os (nefastos) efeitos da "visita” de Victoria Nuland (Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA) ao Brasil foram imediatos:

Estão sendo confirmados os acertos quanto  ao processo de entrega do setor energético do Brasil (Eletrobrás/Petrobrás) e demais importantes empresas e recursos nacionais;

Tanto que rapidamente já foi aprovado o processo de privatização da Eletrobras - a primeira grande estatal a ser vendida, após quase quatro anos de governo Bolsonaro.

A agenda neoliberal, processo pelo qual os grandes capitalistas procuram resolver a queda na taxa de lucros no contexto de sua maior crise, rege a nossa administração pública desde 1990 - com a adesão ao Consenso de Washington e o umbrella deal abrindo as portas do Brasil aos rapineiros interesses ultraliberais sobre as nossas empresas, riquezas e recursos naturais (ver o Escândalo do Banestado) - contra o bem-estar social do nosso povo:

O objetivo é subtrair nosso patrimônio público e os recursos indispensáveis à vida das pessoas;

Tendo nas privatizações - termo usado pelos agentes a serviço do imperialismo para disfarçar a famigerada entrega de empresas estratégicas de um Estado Nação (subjugado pelos ataques imperialistas) - e na precarização das condições de trabalho e total retirada dos direitos trabalhistas, as suas mais incisivas características.

Como consequência desse processo, além do aumento do uso de mão de obra escrava e semi-escrava e a redução drástica dos salários e dos benefícios para os trabalhadores (com a uberização da economia), o Brasil todo está sendo entregue e transformado num ativo financeiro dos grandes fundos de investimento internacionais, perdendo a soberania sobre suas empresas estratégicas e seus recursos públicos, financeiros e naturais.

Essa é a forma histórica que o imperialismo desde sempre procura assegurar o controle sobre o mercado mundial, mas agora - que o imperialismo está mais agressivo do que nunca e foi para a guerra aberta e em larga escala - a pressão pela rápida efetivação dessa agenda só tende aumentar:

Afinal, o império precisa ainda mais da garantia de recursos para a continuidade do seu esforço de guerra;

E para a manutenção da sua hegemonia global.

Portanto, a questão das privatizações nada tem a ver com visão ideológica e, muito mais do que isso:

Representa um problema de Estado;

Uma real questão de segurança nacional contra a pilhagem imperialista.

Uma estratégia que contempla o agudo objetivo do imperialismo de sufocar e impedir o desenvolvimento autônomo dos chamados países do capitalismo periférico - inseridos tardiamente e de forma dependente no sistema capitalista:

E o pior, beneficia principalmente os interesses do capital improdutivo, priorizando o pagamento dos juros abusivos de uma dívida pública artificial e criminosamente forjada;

E apenas serve para fomentar a geração de insaciáveis lucros para as empresas dos países capitalistas centrais, ao custo da precarização do trabalho e da exploração dos trabalhadores.

As privatizações deixam milhares de famílias sem sustento e entregam, a preço irrisório, empresas públicas super lucrativas e com potencial para promover o desenvolvimento de uma cadeia produtiva para os países, que assim:

Perdem capacidade de gerar receitas que poderiam ser utilizadas pelos governos em investimentos em infraestrutura;

E em bens e serviços fundamentais para a população, tais como saúde e educação.

Continua