2022-04-28 17:08:29
Calendário Cisterciense de Nazaré27 DE ABRIL Em Jerusalém, a comemoração de São
Simeão, bispo e mártir, que, segundo a tradição, era filho de Cléofas e parente do Salvador segundo a carne, e, ordenado bispo de Jerusalém como sucessor de Tiago, durante a perseguição de Trajano sofreu muitos suplícios e em avançada idade recebeu a coroa gloriosa do martírio na cruz no ano de 107.
Durante o século XII, em Claraval, a morte do Beato
Reinaldo, primeiro abade do mosteiro cisterciense de Foigny, na Franaça, em 1121. Ele considerava o seu encargo demasiado pesado e, por isso São Bernardo, que o havia escolhido, escreveu-lhe quatro cartas de encorajamento, dizendo em uma das cartas: “Recorda que tu foste posto no cargo para ajudar os teus irmãos, e não para ser ajudado por eles, que tu tens o lugar d’Aquele que veio para servir e não para ser servido”. Não obstante tudo, depois de dez anos, Reinaldo retornou a Claraval e lá entregou sua alma a Deus.
Em 1278, em Lucca, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a morte de Santa
Zita, virgem, de origem humilde, que, entregue com doze anos de idade ao trabalho doméstico da família Fatinelli, permaneceu com admirável paciência ao seu serviço até à morte.
Em 1565, em Cátaro, no Montenegro, a morte da Beata
Catarina, virgem, que, batizada na Igreja Ortodoxa, ingressou na Ordem da Penitência de São Domingos, tomando o nome de Hossana, e viveu em clausura cinquenta e um anos, dedicada à contemplação divina e à piedosa súplica pelo povo cristão durante a invasão dos Turcos.
Memória de São
Rafael Arnáiz Barón, oblato trapista. (Obs.: No calendário Romano sua memória é no dia 26/04). Em Dueñas, na Espanha, no mosteiro trapista de San Isidro, morreu, depois de longos sofrimentos, no ano de 1938. De saúde frágil, tentou por várias vezes fazer parte daquela Comunidade monástica, mas a doença nunca o permitiu. Por fim, Rafael implorou ser readmitido na Trapa na qualidade de oblato, uma vez que seu estado de saúde não lhe permitia adaptar-se ao regime da vida monacal. Em janeiro de 1936, entrou pela segunda vez. Lá o esperavam novas tribulações: isolado na enfermaria, sujeito a um regime alimentício que provocava críticas dos companheiros, sofrendo incompreensões de alguns de seus superiores, Rafael sentia-se inteiramente só. Dada sua debilidade física, proibiram-lhe até de participar do cântico do Ofício na igreja. A esses sofrimentos juntavam-se terríveis tentações que lhe sugeriam a ideia de ter errado de vocação. Ele tudo enfrentava com vigor de espírito e um inalterável sorriso nos lábios. Ainda por duas vezes a enfermidade o tiraria de sua amada abadia, mas ele novamente voltaria, convencido de ser aquele o lugar que lhe designara a vontade divina, apesar de todos os obstáculos. Os derradeiros meses da vida de Rafael foram os últimos passos até o cimo do calvário que se propusera galgar, como o refletem os escritos dessa época, embebidos de intensa espiritualidade e amor à perfeição. Entretanto, a enfermidade progredia a passos rápidos. Rafael padecia fome – o irmão enfermeiro não lhe proporcionava os alimentos que a doença exigia – e, sobretudo, sede… Uma sede insaciável e devoradora que o acompanharia até os últimos instantes. Ele, porém, nada deixava transparecer no exterior, dando a todos a impressão de encontrar-se melhor. Faleceu em consequência de um coma diabético.
Telegram: @cister_riopardo
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