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S. Tᴏᴍᴀ́s ᴅᴇ Aǫᴜɪɴᴏ

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Logotipo do canal de telegrama stomasdeaquino - S. Tᴏᴍᴀ́s ᴅᴇ Aǫᴜɪɴᴏ
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"A todos quantos agora sentem sede da verdade, dizemos-lhes: Ide a Tomás de Aquino."
(Papa Pio XI)

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As últimas mensagens

2023-03-05 16:25:36 SEGUNDO DOMINGO DA QUARESMA

Deus Pai entregou o Cristo a sua Paixão

Deus não poupou nem o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou (Rm 8, 32).

Cristo sofreu voluntariamente, movido pela obediência a seu Pai. Portanto, Deus Pai entregou o Cristo a sua Paixão, e o fez de três maneiras:

1. Porque o Pai, por sua eterna vontade, predeterminara a Paixão do Cristo como o meio pelo qual salvaria a raça humana. Assim é dito no livro do profeta Isaías: O Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós (Is 53, 6), e, de novo: Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento (Is 53, 10).

2. Porque Ele inspirou em Nosso Senhor a complacência para sofrer por todos nós, derramando em sua alma o amor que produziu n'Ele a vontade de sofrer. Por isso o profeta disse, continuando: Foi maltratado e resignou-se (Is 53, 7).

3. Porque Ele não protegeu Nosso Senhor da Paixão, mas o expôs aos seus perseguidores. De onde lemos no Evangelho de São Mateus que, enquanto estava pregado na cruz, Cristo disse: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? (Mt 27, 46). Porque Deus Pai o havia, por assim dizer, deixado à mercê de seus torturadores.

Entregar um homem inocente ao sofrimento e à morte, contra sua vontade, compelindo-o a morrer, por assim dizer, seria de fato algo cruel e perverso. Mas não foi dessa forma que Deus Pai entregou o Cristo. Ele entregou o Cristo inspirando n'Ele a vontade de sofrer por nós. Ao fazê-lo, a severidade de Deus fica evidente para nós - o fato de que nenhum pecado é perdoado sem que se sofra sua punição -, o que São Paulo nos ensina novamente quando diz: Deus não poupou nem o seu próprio Filho.

Ao mesmo tempo, Deus revela seu bom coração pelo fato de que, visto que o homem não poderia, não importa qual fosse sua punição, fazer a devida reparação por seus pecados, Deus concedeu ao homem alguém capaz de fazer essa reparação por ele. E o que São Paulo quer dizer quando fala: Por todos nós o entregou, e de novo, quando diz: Deus o destinou para ser vítima de propiciação, mediante a fé em seu sangue (Rm 3, 25).
Este mesmo gesto é julgado diferentemente num homem bom e num homem mau, na medida em que a raiz da qual ele provém é diferente. O Pai, por exemplo, entregou o Cristo e o Cristo entregou a si mesmo, ambos por amor, e, portanto, Eles são dignos de louvor. Judas o entregou pelo amor ao dinheiro, os judeus por ódio, Pilatos pelo medo mundano que tinha de César, e estes foram justamente considerados com horror.

S. Th., IIIª, q. 47, a. 3

Cristo, portanto, não cedeu à morte por necessidade, mas por caridade - caridade para com os homens, pela qual Ele quis a salvação deles, e caridade para com Deus, pela qual Ele quis cumprir a vontade de Deus, conforme está dito no evangelho: Não se faça o que eu quero, mas sim o que Tu queres (Mt 26, 39).

II Sent., dist. XX, q. 1, a. 5
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Aberto / Como
2023-03-05 00:16:55
A PARTICIPAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO — Canal Aquinate


1:28
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Aberto / Como
2023-03-05 00:16:35
53 views21:16
Aberto / Como
2023-03-04 15:57:42 SÁBADO DA 1ª SEMANA
O amor de Deus revelado na Paixão de Cristo

Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós
(Rm 5, 8).

1. Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios (Rm 5, 6). Isto é algo grandioso se considerarmos quem é que morreu, e grandioso também se considerarmos por quem Ele morreu. Dificilmente, alguém aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem (Rm 5, 7), isto é, dificilmente se achará alguém que morreria para libertar um homem inocente, e está dito mais ainda: E o justo perece sem que ninguém se aperceba (Is 57, 1).

Acertadamente, pois, disse São Paulo que dificilmente alguém aceitaria morrer. Pode ser que se encontre um, alguma rara pessoa que, por superabundância de coragem, fosse audaz o bastante para morrer por um homem justo. Mas isso é raro, pela simples razão de que agir assim é o que de mais elevado se pode fazer. Ninguém tem maior amor, diz Nosso Senhor, do que aquele que dá a sua vida por seus amigos (Jo 15, 13).

Mas algo semelhante ao que fez o Cristo - morrer pelos pecadores e perversos - jamais fora visto. Donde é com razão que questionamos, estupefatos, por que Ele o fez.

2. Se de fato for perguntado por que Cristo morreu pelos perversos, a resposta é que Deus, dessa forma, deu uma prova brilhante de amor por nós. Ele nos mostrou que nos ama com um amor que não conhece limites, pois quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.

A morte mesma de Cristo por nós revela-nos o amor de Deus, pois foi seu Filho quem Ele entregou para morrer, a fim de fazer satisfação por nós. De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único (Jo 3, 16). E assim como o amor de Deus Pai por nós se mostra pelo fato de ter Ele nos dado seu Espírito Santo, também é evidenciado seu amor desta maneira - pelo ter dado seu próprio Filho.

O Apóstolo diz que Deus nos deu uma prova de seu amor, significando desse modo que o amor de Deus é algo que não pode ser mensurado. Isto é demonstrado pelo próprio fato em questão, isto é, o fato de que Ele deu seu Filho para morrer por nós, e evidenciado também pela condição nossa, aqueles por quem Ele morreu. Cristo não foi movido a morrer por nós por conta de algum mérito de nossa parte, pois o fez quando éramos ainda pecadores. Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo (Ef 2, 4).

Super Rom., c. 5

3. Tudo isso é quase inacreditável. Vou realizar em vossos dias uma obra, que não acreditaríeis, se vo-la contassem (Hab 1, 5). Esta verdade de que Cristo morreu por nós é uma verdade duríssima, da qual nossa inteligência mal pode dar conta. Mais do que isso, é uma verdade que nossa inteligência de modo algum poderia descobrir. São Paulo, ensinando, faz eco a Habacuc: Eu vou realizar uma obra em vossos dias, obra a que não creríeis, se alguém vo-la contasse (At 13, 41).

Tão grande é o amor de Deus por nós e a graça que nos concede, que Ele faz por nós muito mais do que podemos acreditar ou compreender.

Expositio in Symbolum Apostolorum, a. 4
64 views12:57
Aberto / Como
2023-03-03 18:41:30 SEXTA-FEIRA DA 1ª SEMANA
A festa da Sagrada Lança e dos Pregos de Nosso Senhor

Um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água
(Jo 19, 34).

1. O Evangelho, de propósito, diz abriu e não feriu, porque pelo lado de Nosso Senhor nos foi aberto um portão para a vida eterna. Depois disso, tive uma visão: vi uma porta aberta no céu (Ap 4, 1). Esta é a porta aberta na Arca, pela qual entraram os animais que não iriam morrer no dilúvio.

2. Mas esta porta é a causa da nossa salvação. Imediatamente, saiu sangue e água, algo verdadeiramente miraculoso - que, de um corpo morto, no qual o sangue se coagula, jorre sangue.

Isso foi feito para nos mostrar que pela Paixão de Cristo nós recebemos absolvição plena, uma absolvição que é de todos os pecados e de toda impureza. Nós recebemos essa absolvição dos pecados através daquele sangue, que é o preço da nossa redenção. Não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum (1Pe 1, 18).

Nós fomos limpos de toda impureza através da água, que é a pia da nossa redenção. No livro do profeta Ezequiel está dito: Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies (Ez 36, 25); e no do profeta Zacarias: Jorrará uma fonte para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, que lavará os pecadores e a mulher impura (Zc 13, 1).

E, assim, essas duas coisas podem ser consideradas em relação a dois dos sacramentos, a água ao batismo e o sangue à Santa Eucaristia. Ou então os dois podem se referir à Santa Eucaristia, já que na missa a água é misturada ao vinho, apesar de a água não ser uma das substâncias do sacramento.

Novamente, assim como do lado do Cristo, que dormia morto na cruz, jorrou a água e o sangue pelos quais a Igreja é consagrada, também foi do lado de Adão, que dormia, que foi formada a primeira mulher, que era em si um símbolo da Igreja.

Super Io.,c. 19
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Aberto / Como
2023-03-03 00:21:33
OS ATOS DAS VIRTUDES TÊM FACILIDADE E PRONTIDÃO segundo Santo Tomás de Aquino — Canal Aquinate


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Aberto / Como
2023-03-03 00:21:19
84 views21:21
Aberto / Como
2023-03-03 00:11:53
NECESSÁRIO E CONTINGENTE segundo Santo Tomás de Aquino — Canal Aquinate


2:30
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Aberto / Como
2023-03-03 00:11:35
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Aberto / Como
2023-03-02 22:39:55 QUINTA-FEIRA DA 1ª SEMANA
Era apropriado que Cristo fosse crucificado junto dos ladrões

Cristo foi crucificado entre dois ladrões porque tal era o intuito dos judeus, e também porque isso era parte do plano de Deus. Mas os motivos pelos quais isso se deu não foram os mesmos em cada um dos casos.

1. Até onde pensavam os judeus, Nosso Senhor foi crucificado com um ladrão de cada lado para que fosse encorajada a suspeita de que Ele também fosse um criminoso. Mas aconteceu o contrário. Os ladrões, por si mesmos, não deixaram nenhum rastro na memória dos homens, enquanto que a cruz de Cristo é ostentada com honra em todo lugar. Reis deixaram de lado suas coroas e bordaram a cruz em seus trajes reais. Colocaram-na em suas coroas, em seus brasões. Seu lugar está garantido em todo altar. Em todos os cantos mundo, nós contemplamos o esplendor de sua cruz.

Nos planos de Deus, Cristo foi crucificado em meio aos ladrões para que, assim como, por nossa causa, Ele se tornara uma maldição na cruz,¹³ do mesmo modo, para a nossa salvação, Ele fosse crucificado como a pior coisa dentre as piores coisas.

2. O Papa São Leão Magno diz que os ladrões foram crucificados, um de cada lado d'Ele, para que na própria apresentação visual daquela cena de seu sofrimento já ficasse estabelecida aquela distinção que deve ocorrer no julgamento de cada um de nós. Santo Agostinho pensa a mesma coisa. "A própria cruz", diz ele, "foi um tribunal. No centro, estava o juiz. De um lado, um homem que acreditou e que foi libertado; do outro, um zombeteiro e que foi condenado". Lá mesmo esclareceu-se o destino final dos vivos e dos mortos, os primeiros postos à sua direita, os segundos à sua esquerda.

3. Segundo Santo Hilário, os dois ladrões, colocados um à direita e outro à esquerda, representam o fato de que toda a humanidade é chamada à Paixão de Nosso Senhor. E já que a divisão das coisas de acordo com direita e esquerda é feita com relação àqueles que creem e àqueles que não irão crer, um dos dois, o que está colocado à direita, é salvo pela justificação de sua fé.

4. Segundo São Beda, os ladrões que foram crucificados com Nosso Senhor representam aqueles que, pela fé e para confessar o Cristo, passam pela agonia do martírio ou pela disciplina severa de uma vida mais perfeita. Aqueles que o fazem por causa da glória eterna estão simbolizados pelo ladrão que fica à direita. Aqueles cuja intenção é a admiração de quem quer que os admire imitam o espírito e os atos do ladrão que fica à esquerda.

Assim como Cristo não tinha nenhuma dívida pela qual um homem poderia ser condenado à morte, mas sim submeteu-se à morte por sua própria vontade, a fim de vencer a morte, assim também Ele não tinha feito nada que justificasse ter sido colocado entre os ladrões. Mas foi por sua própria vontade que escolheu ser considerado entre os perversos, para que por seu poder Ele pudesse destruir a própria perversidade. Por isso, diz São João Crisostomo que ter convertido o ladrão na cruz e tê-lo feito voltar-se ao Paraíso foi um milagre tão grande quanto o terremoto que se seguiu.

S. Th., IIIª, q. 46, a. 11

Rodapé
¹³ Cf. Gl 3, 13: Cristo remiu-nos da maldição da lei, fazendo-se por nós maldição, pois está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro.
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