2021-12-16 06:24:36
DISSONÂNCIA COGNITIVADescreve um “
estado de tensão que ocorre sempre que uma pessoa tem duas ideias que são psicologicamente inconsistentes”.
Leon Festinger introduziu esse conceito em 1957, depois de se infiltrar e estudar uma seita que cria em OVNIs convicta de que o mundo ia acabar à meia noite do dia 21 de dezembro de 1954. No livro “
Quando a Profecia Falha”, Festinger relata como, depois de a meia noite vir e ir, os membros da seita começaram a procurar razões pelas quais o fim do mundo não chegou. Até que a líder, Marian Keech, explicou para seus membros que ela recebera uma mensagem psicografada dizendo que o Deus da Terra resolvera poupar o planeta da destruição. Aliviados, os membros da seita continuaram a difundir sua ideologia de fim dos tempos para os descrentes.
Apesar de o exemplo de Festinger ser extremo, todos fazemos isso todos os dias. Considere uma comida pouco saudável, como pizza. Todos sabemos que pizza é ruim para nós, mas nós ainda a comemos. E depois de terminar algumas fatias pensamos “
valeu a pena” ou “
vou parar com isso amanhã”. Ou os fumantes, que sabem que fumar mata, mas continuam fumando. E depois do fracasso em parar, eles justificam suas falhas alegando que “
fumar não é tão ruim” ou que “
o risco compensa”. OVNIs, comida ou tabaco: todos nós nos apegamos a crenças inconsistentes e quase sempre ficamos do lado da que é mais confortável ao invés do que é verdadeiro.
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