2021-10-26 18:02:07
Deixa comigo!
(Eduardo Vieira - 26/out/2021)
Tempos sombrios chegaram, não há nenhuma dúvida. Nosso simulacro de democracia é tão fraco que não resiste à risada de uma criança. Nosso sistema de justiça mostrou claramente ao mundo que é falho, corrompido, casuístico e, enfim, maléfico. Sem justiça não há mais nada, não há civilização.
E é justamente esse o objetivo dos nossos inimigos. Romper com as nossas estruturas civilizacionais. O cenário se tornou assustador para muitos. Mas o que fazer?
Eu compreendo perfeitamente que soldados queiram recuar do campo de batalha. Para muitos não é inteligente se arriscar por causa de política. Para muitos, inclusive, a ação tem sido meramente política, uma busca de poder para melhorar o país. Muito válido mas a profundidade dessa vontade é posta à prova justamente agora.
O soldado que se afasta do campo de batalha para não "se arriscar por causa de política" está usualmente comete erros importantes. Um deles, triste, é a tendência a justificar sua decisão a todo custo. Em cenários assim temos comentários como os que li recentemente, justificando a prisão de Daniel Silveira ou a de Allan dos Santos.
"Mas ele está colhendo o que plantou"
Evidentemente que a recuada poderia ser classificada como covardia. Eu não faço isso pois sei que cada um sabe das suas necessidades e possibilidades. Cada um entende essa luta de forma particular. Mas somos críticos implacáveis de nós mesmos e aceitar o erro do recuo pode significar para muitos aceitar que há algum grau de covardia envolvida. Muito mais fácil é racionalizar uma via de escape que nos libere de culpa e de erro. O erro então passa a ser de quem apresentou a coragem e a força para lutar e causar dano no inimigo. Essa postura crítica é um erro muito maior que a retirada em si. Mas então, o que fazer?
Bem, começemos por analisar que tipo de luta é essa que lutamos. Seria ela política? Quando defendemos crianças da ideologia de gênero, quando lutamos pelo direito da polícia de agir em sua própria defesa, quando exigimos a liberdade de ir e vir livremente, estamos lutando na arena política?
Para mim fica bem claro que não. Nossa luta passa pela política, claro, mas é muito maior, muito mais profunda e muito mais complexa. Lutamos literalmente para salvar nosso mundo. E nesse contexto essa palavra engloba nossa cultura, nossas tradições, nossos direitos duramente conquistados, nossa evolução social conseguida às custas de muito sangue e de muita bravura de nossos antepassados.
Não estamos meramente na arena política. Nem está assim o inimigo. Este não quer o poder para nada diferente da total destruição do nosso modo de vida.
Não me estenderei aqui numa lista enorme de ações que demonstram o tamanho da encrenca mas os sinais estão à nossa volta. Da corrupção em filmes da Marvel e da Disney até o lixo produzido por nossos PHDs temos claras demonstrações do que quer o inimigo. Portanto devemos aceitar essa realidade de frente. Mas o que fazer, afinal?
Não pretendo falar o que devem fazer mas direi como eu encaro tudo isso.
Deus nos deu esses momentos de crise tremenda como um presente. Uma enorme oportunidade para que façamos o que é certo e assim possamos expiar um pouco dos nossos pecados e deixar a balança mais favorável para quando formos prestar contas a Ele. Sem crise, sem risco, sem perigo, o que poderíamos fazer para compensar nossos inúmeros pecados? Eu abraço a crise e agradeço a Deus pela oportunidade.
Claro que essa atitude é facilitada pela minha fé, que Deus em sua bondade achou por bem me conferir. Mas creio que a lógica traga qualquer pessoa a este mesmo ponto.
Nessa luta então o que pretendo fazer é seguir o exemplo desse homem aí da foto. Nessa imagem o então tenente Ronald Speirs salta através da fumaça de um obus que explodiu bem à sua frente, enquanto corria para cumprir sua missão. Esta foi dada pelo seu comandante, que ordenou que ele atravessasse um descampado e tomasse o comando de uma companhia durante o ataque à cidadezinha de Foy, nas Ardenas.
A resposta do tenente foi exemplar:
"Deixa comigo!"
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