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POR QUE ESCREVEMOS “MUITO”, MAS DIZEMOS “MUINTO”? A tendência | Dicas de português - Prof. Juciano

POR QUE ESCREVEMOS “MUITO”, MAS DIZEMOS “MUINTO”?

A tendência de nasalizar vogais não seguidas por m ou n se percebe há muito em nosso idioma. “Assi” virou “assim”, “mai” virou “mãe”, “mia” virou “minha”...

“Está à espera de solução o obscuro problema das vogais que se nasalaram sem terem pós si m ou n”, disse o gramático brasileiro Said Ali. Enquanto não o desvendamos, tentamos entender algo a seu respeito.

Nem sempre, “muito” foi pronunciado “muinto”. Camões, lá no séc. 16, rimou-o com “fruito”e “enxuito”, evidenciando o padrão de pronúncia dessas palavras.

Cogita-se que, por alguma razão, o m (mesmo vindo antes da vogal i) tenha sido o grande responsável pela nasalização, em fenômeno semelhante ao que ocorreu com “minha” e “mãe”.

Fato é: estamos diante de mais uma prova de que, entre a língua escrita e a língua falada, há um hiato de histórias, desencaixes e curiosidades.