2022-05-09 00:38:01
*Família - Lugar de Refugio ou Campo de Batalha?*
Áudio 46
Famílias Enlutadas
A morte de um filho em uma família faz, muitas vezes, aflorar o adoecimento das relações familiares. No cenário da dor, cada um, a seu modo, manifesta as angustias guardadas.
Em muitas famílias, quando um filho morre, aquela pessoa passar a ser a mais valiosa. Os pais se entregam a dor e esquecem-se dos filhos que ficaram.
Os filhos tentam ocupar o lugar do que se foi e quando não conseguem, denunciam sintomas que gostariam de ter morrido no lugar do outro.
Alguns pais se entregam a depressão, deixando os filhos frustrados. É frequente constatar que quando a mãe perde algum que lhe era querido, um filho começa a reclamar uma dor. Ha uma linguagem nessa dor, que sugere um concorrência com o luto.
A morte de algum na família traz sempre implicações na vida dos seus membros diante das atitudes e comportamentos que tomam frente à morte.
Em algumas situações, o morto fica presente nos objetos que não se desfazem. Em outras família, a morte de alguém transforma-se em um assunto misterioso – um silêncio total trazendo consequências sobre as relações familiares.
Quando a morte deixa suas marcas de culpa, a família mantém suas angustias silenciosas, e cada um vai pela via do adoecimento, manifestar suas reações autopunitivas.
O luto impõe sempre um tempo de elaborações na família, para que não rompa o equilíbrio familiar e estenda-se eternamente.
Diante da perda a família transita por diversos sentimento: descrença (como se a morte não fosse real); tristeza, medo inseguranças, raiva, etc.
Quando o luto não é adequadamente elaborado, idealizações vão configurando-se, produzindo distorções, adoecimentos, comportamentos compensatórios e até mesmo rompimento familiar.
Leitura: Márcia Barros
Resumo: Miriam Delfino
64 viewsPatrícia Sales , 21:38