2022-07-29 06:21:39
Eventos relevantes:
• R$ 1,258 bi de dividendos e JCP (R$ 2,19/ação) pagos em 27/05/2022
• Entra operação comercial EDP Transmissão SP-MG, total 740km de linha e RAP (Receita Anual Permitida) de R$ 248 mi
• Entrada operação comercial EDP Transmissão Litoral Sul, total 142km de linha e RAP de R$ 51,4 mi
• O Segundo Programa de Recompra de Ações realizou +15 milhões de ações até o momento, com 89,7% de avanço
Resumo do Resultado:
Forte crescimento da margem bruta provocado por diversos fatores, dentre os quais podemos destacar:
I. Reajustes tarifários na distribuição e geração
II. Maior reconhecimento do VNR (Valor Novo de Reposição) na distribuição
III. Menor custo com compra de energia devido ao maior nível dos reservatórios
IV. Impacto positivo da incorporação da EDP Goiás no segmento de transmissão
V. Melhor desempenho no trading de energia
Destacamos mais uma vez a eficiência da empresa na contenção de gastos em um cenário inflacionário desafiador, com aumento do PMSO recorrente de 9,9% no trimestre e 6,7% no semestre, abaixo dos índices inflacionários dos últimos 12 meses. O principal impacto negativo foi devido à incorporação da EDP Goiás e do reajuste anual de remunerações na conta de Pessoal.
Considerando os efeitos descritos acima que impactaram na formação da margem bruta e dos gastos gerenciáveis, a companhia encerrou o trimestre com EBITDA Ajustado de R$ 944 mi e lucro líquido de R$ 381 mi.
O ponto de maior atenção fica por conta do resultado financeiro e do endividamento. O aumento dos indexadores provocou um encargo de dívida 328,2% maior do que o 2T21, culminando com um resultado financeiro negativo de R$ 418 mi. O saldo de dívida também aumentou, decorrente de novas captações (~R$ 3 bi) realizadas pela empresa com antecipação da maioria das necessidades de capital. Desta forma, a EDP fechou o trimestre com uma Dívida Bruta de R$ 13,3 bi.
Atualmente a companhia possui 63% das suas dívidas atreladas ao CDI e 32% ao IPCA, com prazo médio de 3,5 anos e custo médio de 11,8% a.a. A relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado é de 2,6x.
Visão do GA:
Entendemos como POSITIVO o resultado do 2T22 da Energias do Brasil.
A empresa continua forte com sua estratégia de crescimento visando a transição energética, controle de custos, rotação de ativos, investimentos rentáveis e política de dividendos bem desenhada e saudável.
Mesmo com o aumento considerável da dívida e pressão dos resultados financeiros, a alavancagem continua em patamares alinhados com a política da empresa (entre 2,5x e 3,0x) e condizente com uma empresa do setor elétrico que consegue expandir ao mesmo tempo que apresenta sólidos resultados operacionais.
336 viewsLucas Coldebella, edited 03:21