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Olhar em movimento - Olimpíada de Língua Portuguesa

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Aqui você encontrará dicas e reflexões sobre o gênero Documentário da Olimpíada de Língua Portuguesa. Saiba mais sobre a 7ª edição do concurso: https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso

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As últimas mensagens 2

2021-07-26 17:16:58 Matrioscas: as camadas de um personagem

Na pílula passada, pegamos carona no pensamento de uma cineasta belga para sugerir que o gênero Documentário pode representar lugares a partir de pessoas. Desta vez, vamos brincar um pouco mais com essa ideia, modificando um dos termos. E se, em vez de encontrarmos paisagens, ao abrirmos as pessoas encontrássemos outras pessoas?

Tanto João Batista quanto O Jardineiro e o pirata trazem à tona os outros moradores que habitam o interior de seus personagens. Mas o fazem com estratégias distintas: enquanto o segundo anuncia, desde o título, quem são essas figuras, o primeiro prefere guardar segredo para surpreender o espectador só no final.

As duas estratégias combinam com o propósito específico de cada documentário. Para João Batista, importa desconstruir as aparências, revelando que existe algo valioso escondido sob a rotina pesada. Já O Jardineiro e o pirata opta por entregar o ouro logo de cara: seu objetivo é aprofundar o retrato do personagem, permitindo que a gente acredite que o que ele diz não é só fantasia.

Que tal rever com sua turma o papel da edição em seus documentários? O que a ordem na qual apresentamos algo sobre um/a personagem pode mudar na relação do espectador com o filme e com essa pessoa? Será que as informações mais significativas sobre os/as personagens precisam ser apresentadas no início, no meio, ou só no final? Como vimos, não existe caminho melhor que o outro, o importante é encontrar aquele que colabora com as intenções e objetivos do filme.

Assista à outra referência:

O Jardineiro e o pirata, de Stella Bloss e Patrícia Monegatto (2010, 15 min, SC, Brasil).

Para aprofundar-se no gênero Documentário, (re)veja o Caderno Docente Olhar em movimento: cenas de tantos lugares, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
1.9K views14:16
Aberto / Como
2021-07-26 17:13:50 João Batista, de Rodrigo Meireles (2014, 23 min, MG, Brasil).
1.6K views14:13
Aberto / Como
2021-07-19 16:05:06 Retrato e paisagem

Em um dos seus últimos filmes, o documentário As Praias de Agnès, a cineasta Agnès Varda propõe um pensamento inusitado: "Se abríssemos as pessoas, encontraríamos paisagens". Que tal mergulharmos nessa ideia e falarmos do lugar onde vivemos a partir da perspectiva de seus habitantes?

Em Megg – a margem que migra para o centro, a paisagem que habita a protagonista do filme é a de uma universidade. O documentário mostra o esforço de Megg para pertencer a esse espaço e problematiza as muitas barreiras que impedem homens e mulheres transgênero de participarem do ensino superior. Por meio do exemplo de Megg Rayara, o curta-metragem nos ensina que é possível falar de um local partindo das pessoas, e que uma paisagem que vive numa única personagem pode significar também um anseio coletivo.

Como exercício, você pode usar o filme como exemplo e estimular alunas e alunos a discutir a relação entre personagens e lugar: nos documentários produzidos, as pessoas aparecem apenas para fornecer informações sobre o espaço, ou recebem maior destaque, trazendo inclusive elementos para discuti-lo? A partir da perspectiva dos personagens, podemos delinear uma paisagem, reconfigurar os lugares ou até mesmo guiar o espectador por novos caminhos e reflexões.

Assista a outros exemplos:

A Parteira, de Catarina Doolan (2018, 20 min, RN, Brasil).

Sanã, de Marcos Pimentel (2013, 18 min, MG, Brasil).

Cordilheira de Amora II, de Jamille Fortunato (2015, 12 min, MS e BA, Brasil).

Chapa, de Tatiana Toffoli (2009, 18 min, SP, Brasil).

Para aprofundar-se no gênero Documentário, (re)veja o Caderno Docente Olhar em movimento: cenas de tantos lugares, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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Aberto / Como
2021-07-19 16:04:50 Megg – a margem que migra para o centro, de Larissa Nepomuceno Moreira e Eduardo Sanches (2018, 15 min, PR, Brasil).
1.7K views13:04
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2021-07-12 17:38:42 Grafias

No documentário, a escrita é capaz de desempenhar um papel fundamental, da concepção ao resultado. Se, no início, ela serve de ferramenta para esclarecer as ideias e planejar as filmagens, no filme concluído ela participa como mais uma possibilidade de registro do real: como testemunho de que algo se passou e foi digno de nota. Não à toa, escrever e filmar se entrecruzam na origem comum de "grafar" e "gravar": como gesto que expressa e que inscreve uma memória.

Cantar é com os passarinhos explora diversos registros de escrita depositados sobre um livro. A cineasta leva em conta a dedicatória de seu pai, o texto do autor do livro, e textos mais antigos ressuscitados pela temática comum, como se micro e macro-história se entrelaçassem. A própria Amanda Teixeira decide se colocar por escrito. Ela não fala nem canta, como lembra no começo, muito menos grita. Fica em silêncio, reverberando o resultado da extinção dos seres. Ouvindo apenas o som ambiente onde está Amanda, a pergunta que fica é: será que ainda dá pra escutar ao longe algum passarinho?

Que tal explorar a escrita no documentário? Experimente filmar um texto, pode ser impresso ou manuscrito, histórico ou inventado. Tente, depois, sobrepor palavras sobre imagens diversas. Você pode propor a atividade também para a turma e discutir, em conjunto, os resultados.

Assista às referências:

Atenciosamente, lo Turco, de Debora Guimarães (2013, 10 min, RJ, Brasil).

La Abuelita, de Gabriela Pingarilho (2020, 1 min, RJ, Brasil).

Historiografia, de Amanda Pó (2017, 4 min, SP, Brasil).

Para aprofundar-se no gênero Documentário, (re)veja O processo de escrita, no Caderno Docente Olhar em movimento: cenas de tantos lugares, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

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2021-07-12 17:36:06 Cantar é com os passarinhos, de Amanda Teixeira (2020, 10 min, RS, Brasil).
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2021-07-05 16:45:13 Paisagens sonoras

"O apito de uma locomotiva imprime em nós a visão de toda uma estação de trem."
Robert Bresson

Mesmo sem olhar pela janela, os sons que vêm de lá de fora nos convidam a perceber o lugar onde vivemos. O sino da igreja, a curva do rio ou os passos do morador de cima são elementos que evocam uma vizinhança específica, pois cada paisagem produz uma sonoridade própria. E essa ligação entre som e espaço chega a ser tão forte que, de olhos fechados e fones de ouvido, podemos viajar para outros locais e outros tempos.

Em O Som do tempo, somos conduzidos por uma vereda de sertão até a casa de Dona Maria. O entorno rural preenche seu cotidiano: cai a água da chuva e da fonte, molhando a terra escura; a sandália roça a sola no piso; os pássaros cantam longe. De repente, a calmaria é perturbada por ruídos estranhos. Como quem arranca um pano de fundo de cenário, descobrimos que os arredores, na verdade, são outros, e aquela casa simples se encontra espremida entre prédios de uma cidade grande. O tal "som do tempo" do título diz respeito tanto ao barulho do agora – representante da marcha acelerada do "progresso" – quanto a uma paisagem passada que resiste na personagem, no seu interior, no seu silêncio, na lembrança.

Que tal um exercício de escuta para sua turma? Discuta que sons são característicos dos lugares onde residem, depois peça para gravarem e compartilharem. Se não for possível se deslocar até a fonte sonora para registrá-la, peça para pesquisarem exemplos em bancos de áudio. Um bom acervo se encontra no Freesound. Além de ter muita coisa, os arquivos possuem licenças Creative Commons e podem ser usados nos documentários produzidos pelos alunos e alunas!

Assista a outros exemplos:

Praça Walt Disney, de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira (2011, 21 min, PE, Brasil).

O Porto, de Clarissa Campolina, Julia De Simone, Luiz Pretti e Ricardo Pretti (2014, 21 min, RJ, MG e CE, Brasil).

Para saber mais sobre sons em suas múltiplas expressões, ouça o podcast Ser sonoro, disponível tanto no site quanto em diversas plataformas de streaming.

Para aprofundar-se no gênero Documentário, (re)veja o Caderno Docente Olhar em movimento: cenas de tantos lugares, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

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2021-07-05 16:44:52 O Som do tempo, de Petrus Cariry (2010, 10 min, CE, Brasil).
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2021-06-28 16:37:36 Posando para a câmera

Num retrato, normalmente encontramos alguém posando para a câmera. A pessoa fica parada e em destaque; o que importa é registrar sua singularidade e individualidade. Talvez por isso – pela possibilidade de trazer o que é próprio e particular sobre alguém ou sobre um tema –, ao falar de documentário, seja comum dizer que determinado filme retrata algo.

Travessia e Babás são dois curtas-metragens que utilizam retratos, seja como objeto, seja como recurso. Questionando o quanto determinadas figuras foram historicamente apagadas, os documentários trazem personagens posando para o filme, olhando diretamente para a lente, em posturas marcadas por relações de afeto, e não de sujeição. O objetivo é reconhecer o direito dessas pessoas a uma iconografia própria.

Vamos fazer um retrato filmado? Pode ser de alguém que você queira destacar ou até de você mesmo, afinal, existem os autorretratos! Se quiser, na gravação ou edição, pode associar o registro a uma variedade de sons, inclusive um comentário sobre a pessoa. As possibilidades são muitas, não é verdade? Proponha essa atividade também para a sua turma e, depois, reflitam juntos sobre as escolhas e o resultado do trabalho de cada aluno e aluna.

Assista à outra referência:

Babás, de Consuelo Lins (2010, 20 min, RJ, Brasil).

Para aprofundar-se no gênero Documentário, (re)veja Documentário performativo, no Caderno Docente Olhar em movimento: cenas de tantos lugares, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.
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2021-06-28 16:35:38 Travessia, de Safira Moreira (2017, 5 min, RJ, Brasil).
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