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CARTA ABERTA ÀS FAMÍLIAS Eu confesso: sou homem de pouca fé, | A família e seus direitos

CARTA ABERTA ÀS FAMÍLIAS

Eu confesso: sou homem de pouca fé, longe de ser um exemplo de cristão. Porém, desde cedo eu percebi que tinha uma missão: ensinar, seja escrevendo, seja dando aula. A educação se tornou a minha forma de amar ao próximo.

Minha primeira aula foi aos 11 anos de idade, ensinando Geografia para alunos cinco anos mais velhos que eu. Durante a faculdade de Direito, eu cheguei a fundar um "cursinho" junto com um amigo (na verdade, era uma sala em que eu ensinava Geografia e ele, História).

Depois de formado, lecionei várias matérias de Direito: Administrativo, Penal, Constitucional, etc. Eu cheguei a escrever manuais de Direito Administrativo e de Direito Penal. Tudo muito interessante, mas não era nada de novo.

Porém, minha vida mudou totalmente há 14 anos. Em 2008, eu escrevi um despretensioso artigo em defesa da educação domiciliar. Eu nem tinha filhos à época, mas eu senti que precisava escrever.

Desde então, escrevi muito sobre educação domiciliar e dei incontáveis entrevistas e palestras sobre o assunto. Minha vida tinha ganho um novo sentido.


O tempo foi passando e eu percebi que precisava fazer mais. Não havia ninguém falando sobre Direito Educacional no Brasil e as famílias estavam sendo muito prejudicadas por essa ignorância (haviam cursos com esse nome, mas eram sempre comentários à LDB). Em 2017, começaram os cursos de Direito Educacional na OAB, que acabaram gerando o livro publicado em 2022 (Direito Educacional: fundamento e prática).

No final de 2020, eu fui procurado pelo Brasil Paralelo para ministrar um curso sobre educação domiciliar. Porém, eu fiz uma contra-proposta: um curso sobre Direitos dos Pais, assunto bem reconhecido nos EUA, mas ainda ignorado no Brasil. E assim foi gravado, em janeiro de 2021, o curso "A família e seus Direitos" (o nome é familiar para vocês? ).

No curso, eu falei de forma totalmente inédita sobre os mais variados assuntos relativos aos direitos dos pais. Sim, eu falei também da Lei da Palmada (durante uns dez minutos em oito horas de aulas). Obviamente, não incentivei ninguém a dar palmadas nos filhos, mas apenas analisei a situação jurídica do castigo corporal no Brasil (dica: a situação é bem mais complexa do que parece à primeira vista).

Comecei este grupo no Telegram por inspiração do curso no Brasil Paralelo. Eu esperava ter uns 200 inscritos, já que o tema era muito novo. Para minha total surpresa, o grupo chegou a mais de 6.000 inscritos em apenas 3 dias!

Entre 2021 e 2022, eu me dediquei seriamente à formação profissional. Foram duas turmas da Mentoria em Direitos dos Pais. Pela primeira vez, tínhamos advogados e educadores qualificados para defender as famílias.

Ao mesmo tempo, eu tive a surpresa e a alegria de ser convidado para pesquisar sobre Direito Educacional na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica. Quase ninguém a conhece no Brasil, mas é a 5° melhor da Europa e a 30° melhor do mundo, muito, muito a frente de qualquer universidade brasileira. Eu e minha família estamos na Bélgica há pouco mais de três meses.

Enfim, nesta semana eu fui surpreendido por uma sórdida campanha de difamação movida por uma ONG (Open Democracy), baseada na Inglaterra e patrocinada por George Soros. Eu fiquei desnorteado e angustiado, sem entender a razão de tanto ódio contra mim e o movimento da educação domiciliar. Toda a minha família sofreu com isso. Foi um verdadeiro assassinato de reputação.

Eu sou um professor. Sempre fui um professor e sempre serei. Minha missão não é apenas ensinar, mas preencher as lacunas, suprir as necessidades, falar do que mais ninguém está falando.

Eu sempre quis ser útil e creio que pude fazer a diferença para muitas pessoas. Porém, ser original e independente tem seus custos, que às vezes podem ficar altos demais.