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Manifesto pela educação real: 20 teses sobre educação 1. Pesq | A família e seus direitos

Manifesto pela educação real: 20 teses sobre educação

1. Pesquise sempre. Anote sempre. Aprenda onde e como procurar as respostas. Não se preocupe em decorar. No final das contas, você se lembrará apenas das coisas que você se interessou e depois praticou.

2. Tenha a liberdade de escolher quaisquer conteúdos, cursos ou metodologias. É uma ilusão vendida pela escola a ideia de que tudo deve acontecer em uma ordem pré-determinada.

3. Para todas as pessoas, os únicos conteúdos que devem ser ensinados em profundidade são: as habilidades comunicativas: falar (oratória), ouvir (a arte de escutar o outro com atenção), ler e escrever; e o raciocínio lógico, o que inclui a Aritmética e exercícios específicos. Tudo o que a pessoa quiser fazer da vida vai depender dessas habilidades, comunicativas e lógicas: trata-se afinal de absorver, processar e criar conhecimento. Os demais conteúdos devem ser apresentados de forma introdutória e aprofundados apenas se houver um interesse específico do aluno. Para o estudante em geral, não faz o menor sentido, por exemplo, decorar fórmulas de Química Orgânica, o ciclo de Krebs ou aprender geometria analítica.

4. O aprendizado real obedece a uma sequência: primeiro um problema a ser resolvido (o “dever de casa”), depois aulas palestras online e enfim uma sessão de perguntas e respostas com o professor. É assim que as pessoas devem resolver as questões do dia a dia: apresentação e análise de um problema, busca de informações, sugestão de uma solução e checagem dessa solução com alguém mais experiente.

5. A educação real é individualizada e dinâmica. Não existe uma “educação”, mas tantas educações possíveis quanto existem pessoas. No final das contas, tudo vai depender das condições específicas da família e da criança.

6. As provas e avaliações não medem o nível de desenvolvimento educacional de ninguém, mas apenas a capacidade de memorização de curto prazo. Até hoje não foi desenvolvido, e provavelmente nunca o será, um sistema de avaliação que meça o grau de desenvolvimento humano do aluno (seja moral, mental, emocional, social, físico ou espiritual). Essa verificação cabe sempre aos pais, que podem contar com a ajuda de um profissional qualificado (ouvidos os filhos, sempre que possível).

7. No mundo real, precisamos de um equilíbrio entre cooperação e individualismo: muitas vezes precisamos trabalhar sozinhos, mas as grandes obras quase sempre são feitas em conjunto. A educação deve refletir isso, pois as crianças precisam aprender a resolver seus próprios problemas e também a colaborar com os outros na solução de problemas.

8. Com o passar do tempo, crianças e adolescentes vão precisar muito mais de tutores do que de professores. Uma das principais funções da educação é criar pessoas autônomas, capazes de decidir racionalmente por si mesmas, com autocontrole, sem a necessidade de coação. No final das contas, os pais devem se tornar mentores, aconselhando os filhos e orientando-os sempre que preciso, ou seja, até o fim da vida.

9. A educação não termina com maioridade ou mesmo com a colação de grau em curso superior. A educação pode e deve continuar por toda vida toda: sempre é possível aprender mais, se desenvolver mais. Na verdade, a educação funciona essencialmente por meio dos mesmos princípios a vida toda.

10. Não é preciso haver diferença entre educação e trabalho. As crianças devem sempre assumir funções domésticas de acordo com sua capacidade, não apenas para ajudar em casa, mas principalmente para aprenderem valores essenciais da vida adulta. Os adultos, por sua vez, devem estar continuamente aprendendo em seu trabalho, do contrário precisarão encarar o tédio e a ameaça de desemprego.

11. A educação não é um fim em si mesmo. Também não é finalidade da educação alcançar níveis mais elevados na escolarização formal (“passar de ano” ou “entrar na faculdade). A pessoa é educada para ser alguém melhor, para se desenvolver rumo à plena realização do seu potencial.