Get Mystery Box with random crypto!

Apreciando as crônicas dos nossos alunos e alunas Até agora | A ocasião faz o escritor - Olimpíada de Língua Portuguesa

Apreciando as crônicas dos nossos alunos e alunas

Até agora lemos crônicas de diferentes escritores brasileiros, observando suas estratégias para nos inspirar no trabalho em sala de aula. A essa altura, você já começou a trabalhar o gênero com seus estudantes e talvez já tenha colhido alguns frutos desse processo, lendo as primeiras versões de suas crônicas. Por isso, hoje vamos comentar o texto “História de pescador”, de Gean Fabricio de Araujo Motta, semifinalista da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2019, que conta sobre seu encontro com um velho pescador. Considerando que começar uma crônica possa ser difícil para os alunos e alunas, vamos ver como Gean faz isso em seu texto:

“De vez em quando vou à praia. Um bom lugar para pensar, ficar em paz longe da parte violenta e lotada do nosso cotidiano. Geralmente vou quando está ficando noite, quando tem menos gente.

De todas as histórias que por ali aconteciam, a única que senti vontade de conhecer foi a do “pescador”, um velhinho que passava todo dia remando em seu barquinho, solitário. Naquele vai e vem incansável, nunca falei com ele.

Numa noite de sexta-feira, fui à praia. Me sentei na areia, ouvindo as ondas. Eu vejo à distância um ponto preto. É ele, o pescador. Procurando inspiração para minha crônica, resolvi falar com ele. Acenei com os braços, ao que ele respondeu com um assovio.”

Se os/as estudantes estão muito inseguros com a escrita e/ou nós, professores, com grandes expectativas e exigências, talvez nos esqueçamos de duas das principais características do gênero: a simplicidade e a construção de um olhar sensível para o mundo. Veja como Gean descreve, inicialmente, o sentido da sua relação com a praia para, em seguida, destacar uma das tantas histórias que acontecem ali: a do pescador velhinho. Em vez de falar já diretamente do seu encontro, ele retrata de forma bastante visual quando e como isso aconteceu, valendo-se, inclusive, da metalinguagem: ele precisava de inspiração para a crônica. À luz disso, te convido, professor/a, a lançar um olhar para as crônicas de seus/suas estudantes, observando, sobretudo, o início: há um olhar singular sobre o mundo que se delineia desde o início? O/a aluno/a está indo além de uma linguagem referencial? É perceptível um foco narrativo?

Para ler a crônica de Gean Fabrício, na íntegra, acesse o portal da Olimpíada de Língua Portuguesa.

Para aprofundar-se no gênero Crônica e conhecer outras obras, (re)visite o Caderno Docente A ocasião faz o escritor, produzido pela Olimpíada de Língua Portuguesa.

Saiba mais sobre a 7ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.