2023-05-30 12:30:10
Em retorno do feriado, NY reage positivamente a acordo por teto da dívidaAs ações asiáticas encerraram a terça-feira com ganhos generalizados, mesma direção apontada pelos futuros em Wall Street, em meio à esperança de que o Congresso dos EUA aprove um acordo para evitar um calote histórico na dívida do país, enquanto a Casa Branca e os líderes republicanos do Congresso intensificam o lobby em apoio ao acordo.
Os rendimentos do tesouro americano caíram ao longo de toda a curva. Os rendimentos dos títulos de curto prazo - os que mais correm risco de inadimplência - estenderam o declínio em relação às máximas recentes. Os contratos futuros do S&P 500 e Nasdaq vão subindo 0,5% e 1%, respectivamente. A Nvidia Corp. avançou 3,1% nas negociações de pré-mercado depois que o CEO Jensen Huang revelou vários produtos e serviços relacionados à IA.
O relógio segue correndo, já que os defensores do acordo têm apenas uma semana para aprová-lo no Congresso antes de um possível calote em 5 de junho - o chamado Dia X. O presidente Joe Biden ligou pessoalmente aos legisladores para apoiar o projeto de lei, com uma votação na Câmara provavelmente nesta quarta-feira, antes de ir ao Senado. Mesmo que o acordo seja aprovado, os investidores terão que lidar com riscos, incluindo um provável aumento da taxa do Federal Reserve no próximo mês e uma desaceleração na China.
As ações europeias oscilam entre perdas e ganhos. Os papéis de Nestlé e Unilever recuam depois que ambas anunciaram a nomeação de novos diretores financeiros, ressaltando uma mudança nas empresas de bens de consumo à medida que a inflação pressiona o setor. Os títulos do governo da zona do euro tiveram um impulso com dados mostrando que a inflação na Espanha desacelerou mais do que o esperado em maio.
Por aqui, líderes de 11 dos 12 países da América do Sul se reúnem nesta terça-feira, 30, em Brasília para discutir um modelo de integração para a região. Organizado pelo governo brasileiro, o encontro marca a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de projetar a liderança brasileira na região e o protagonismo diplomático do País.
As divergências ideológicas entre os líderes presentes ao encontro, a falta de uma pauta clara e até mesmo a indefinição sobre se haverá ou não o relançamento da antiga União de Nações Sul-Americanas (Unasul) criam dúvidas sobre o resultado prático da cúpula, segundo diplomatas.
O Itamaraty confirmou a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, da Bolívia, Luis Arce, do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, do Equador, Guillermo Lasso, da Guiana, Irfaan Ali, do Paraguai, Mario Abdo Benítez, do Suriname, Chan Santokhi, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e da Venezuela, Nicolás Maduro.
O único item dado como certo na pauta é a discussão sobre a reativação da Unasul, da qual agora fazem parte somente Brasil, Argentina, Peru, Venezuela, Bolívia, Guiana e Suriname. Mas a Unasul não será necessariamente recriada. Outras alternativas, segundo Lula, estão sobre a mesa.
t.me/centraldoinvestidor
1.5K viewsFilipe Teixeira, 09:30
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