2023-06-01 12:56:46
Futuros avançam em NY; Arthur Lira dá ultimato a governo Lula em aprovação de MP ministerialAs ações asiáticas abriram o mês de junho sem direção única, enquanto os futuros em Wall Street avançam, depois que a Câmara dos EUA aprovou um acordo para evitar o calote na dívida americana, aliado à fala de autoridades do Federal Reserve, que sugeriram uma pausa nos aumentos das taxas de juros.
Mineradoras e empresas de mídia lideram os ganhos no índice Stoxx Europe 600. O avanço nas ações europeias ecoou um movimento surpreendente vindo da Ásia, onde os mercados receberam um novo impulso, após divulgação do PMI industrial (S&P Global/Caixin), que saiu da marca de contração (49,5 em abril) para 50,9 em maio.
A aprovação do acordo de teto da dívida firmado pelo presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e pelo presidente Joe Biden significa que o projeto de lei será enviado ao Senado dias antes do prazo padrão de 5 de junho. Os sinais de otimismo foram ajudados por comentários de autoridades do Fed que apoiaram a possibilidade de manter as taxas inalteradas na próxima reunião.
Os futuros do S&P 500 avançam levemente, após uma perda de 0,54% para o índice de referência na quarta-feira, que acumulou um pequeno ganho para maio, seu terceiro avanço mensal. Os futuros do Nasdaq vão na mesma direção, depois que o índice subjacente caiu 0,7% na quarta-feira, pressionado por um declínio nas ações da Nvidia, após quase triplicar o preço das ações em 2023.
As esperanças de uma pausa nos juros foram parcialmente reduzidas depois que o relatório JOLTS de empregos de abril, divulgado nesta quarta-feira, mostrou mais de 10 milhões de vagas, a maior em três meses e acima das estimativas de consenso.
As atenções se voltam agora para os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que serão divulgados nesta quinta-feira, antes das folhas de pagamento não-agrícolas (Payroll) amanhã.
Entre as commoditie, os futuros do petróleo Brent e West Texas Intermediate (WTI) avançam após dois dias de quedas.
Depois de vários dias de escalada da tensão entre Câmara e Planalto, os deputados aprovaram nesta 4ª feira (31.mai.2023) a medida provisória 1.154 de 2023 que reestruturou a Esplanada, aumentando de 23 para 37 o número de ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação foi expressiva, com 337 votos a favor, 125 contrários e uma abstenção.
Lula garantiu sua vitória através da pressão exercida sobre seus ministros para que fosse reservado um montante de R$ 1,7 bilhão de emendas ao Orçamento, destinadas a beneficiar obras indicadas por congressistas. Essa estratégia visava fortalecer a máquina política baseada em trocas de favores, que há décadas tem sido o principal mecanismo para um presidente obter apoio no Legislativo.
Na madrugada desta quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou que a Casa não fará mais concessões em prol do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Lira, a aprovação da proposta representa o último voto de confiança ao Executivo, que agora precisa concentrar seus esforços na consolidação de uma base de apoio no Congresso e na articulação política, uma vez que essas áreas têm sido alvo de críticas por parte dos deputados.
“É importante que se diga e deixe claro que o governo, daqui para frente, claro, vai ter que andar com as suas pernas. Não haverá mais nenhum tipo de sacrifício”, disse Lira em entrevista a jornalistas.
t.me/centraldoinvestidor
356 viewsFilipe Teixeira, 09:56