Não consigo engolir alguns “baluartes” da alta cultura ou do m | Bruno Dornelles

Não consigo engolir alguns “baluartes” da alta cultura ou do mercado de infoprodutos que, após anos de conteúdo visando a limpar o caráter político da vida das pessoas, subitamente se tornam simpatizantes do presidente e especialistas em formação de militância durante o período eleitoral.

Até onde sei, a sabedoria pressupõe experiência - ter vivido as possibilidades de determinada circunstância, no caso política -, não engajamento e autoridade para assegurar a própria voz. A formação da nova classe intelectual nunca impediu o professor Olavo de Carvalho de denunciar, por exemplo, a existência e os planos do Foro de São Paulo, ou a própria delinquência ativista dos jornalistas brasileiros.

Essa faceta deveria fazer parte da unidade de qualquer conteúdo como um todo, não como ocasional momento de formação de autoridade.