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Uma elite é aquela que assume papel de função social intelectu | Bruno Dornelles

Uma elite é aquela que assume papel de função social intelectual, espiritual, comercial ou política. Isso normalmente se dava através de uma hereditariedade, onde havia uma continuidade entre os papéis familiares, o que acabou sendo perdido na modernidade para se dar lugar a uma espécie de mesquinharia tecnicista, onde o único projeto humano acaba sendo a “estabilidade financeira” e o projeto de ser “bem sucedido” com uma profissão - uma bela redução humana, ante a unidade de elementos possíveis em uma trajetória hereditária, não é mesmo?

Claro que o modelo antigo tinha as suas imperfeições, mas a velha harmonia orgânica em circunstâncias mais saudáveis deu lugar à sensação de, subitamente, fomos isolados de nossos berços e nos tornamos átomos perdidos em meio às nossas decadências comunitárias, familiares e sociais. O nível de suicídios e depressões ocasionados por essas novas estruturas sociais é preocupante, e vislumbra-se pouca ou nenhuma capacidade das comunidades humanas se limparem dessas misérias, que não passam da elevação do pecado original às semelhanças comportamentais de Caim, que se afastou de sua origem e de seu Deus até matar seu irmão (origens) e assim prosseguir com ideias apartadas de sua essência (alma), o que, sucessivamente, lhe ocasionará a morte e o desespero.

O antídoto para isso? Não há outro senão forjar a unidade entre as circunstâncias devastadas, a espiritualidade e a aquisição de imaginário. Porém, talvez ainda não baste que a pessoa simplesmente aprenda a tomar a própria cruz diante de uma realidade se ela ainda assim não tiver condições de conhecer a si mesmo, pois isso também equivaleria conhecer uma história iniciada antes mesmo dela nascer. Uma saída pode ser o estudo da árvore genealógica de cada família, coisa que é acessível nos dias de hoje graças à concentração de informação de herdeiros em busca de cidadanias estrangeiras.

Se os próprios evangelhos traziam a importância da genealogia de Nosso Senhor Jesus Cristo, visto que sua trajetória de salvação da natureza humana inicia-se desde a história da criação do mundo, passando por Adão, Noé, Abrãao e Davi, porque não pensar que as histórias familiares não são a continuidade de um cosmo-projeto iniciado antes dessas perdições e devastações que hoje nos afligem?