2022-07-29 21:43:54
Babando na bravata (por Gerson Faria)
"Desde os tempos mais primórdios", como na famosa letra de Hermes e Renato, há ONGs trabalhando incessantemente no Brasil, fazendo aquela dobradinha com partidos políticos predominantemente da esquerda. São financiadas por empresas e governos, nacionais e internacionais.
Qualquer programa político conservador teria que investigar essa infinidade de ONGs bem de perto e apresentar ao público seus interesses e financiadores. Muitas delas possuem receita bem gorda e desfrutam de grande independência de ação política e orçamentária, operando no espaço público como agentes da "sociedade civil organizada", embora agindo e falando em nome da sociedade
lato sensu.
Ambientalismo, abortismo, racialismo, "cidadania", feminismo, gayzismo, you name it. Todas as agendas assim ditas progressistas tem sua rede ativista bem conectada ao sistema de ONGs e financiadores.
E por que não há ONGs conservadoras em condições de disputa com o progressismo, beneficiando-se igualmente? O que fazem nossos capitalistas? Pelo que tenho visto, financiam a agenda progressista. Enquanto essas ONGs não forem devidamente expostas e investigadas, se ainda há algum tempo, o resto é apenas fanfarronice. Não falo de mais uma CPI das ONGs, mas empresas politicamente conservadoras e independentes que façam tal trabalho de investigação e divulgação com constância, como p.e. o excelente
Capital Research Center (https://capitalresearch.org/).
A ação política está sendo feita lá, nas ONGs + empresas, razoavelmente isoladas das trocas de poder central. Apenas como exemplo, cito o
ISA - Instituto Socioambiental, cuja agenda é, digamos, homônima. Veja aqui (https://www.socioambiental.org/nossos-parceiros) a quantidade e peso de seus parceiros e financiadores. Mas pelo que observei nos últimos 20 anos, é mais fácil babar na bravata do que apoiar a construção de
think-tanks e uma rede robusta de ativismo conservador.
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