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Mao e o Centralismo Democrático A compreensão de Mao do cent | Rondó da Liberdade

Mao e o Centralismo Democrático

A compreensão de Mao do centralismo democrático é evidente, "primeiro a democracia, depois o centralismo". Explicou isto de diferentes maneiras: "se não houver democracia, não haverá centralismo", "o nosso é um centralismo que se baseia na democracia; o centralismo proletário é baseado numa democracia ampla".

A opinião de Mao baseava-se no entendimento de que o centralismo significa a primeira centralização de ideias corretas. Para que isto funcionasse, era necessário que todos os camaradas expressassem as suas posições e opiniões e não ficassem presos dentro de si próprios. Isto só seria possível se houvesse a democracia mais completa, onde os camaradas pudessem sentir a vontade de afirmar o que queriam dizer e até expressar a sua raiva. Portanto, sem democracia, seria impossível sintetizar corretamente as experiências. Sem democracia, sem ideias das massas, seria impossível formular boas linhas, princípios, políticas ou métodos. Contudo, com a democracia proletária era possível alcançar a união da compreensão, da política, do planejamento, do comando e da ação com base na concentração de ideias corretas. Isto é unidade através do centralismo.

Mao não restringiu a compreensão do centralismo democrático apenas ao funcionamento do Partido. Ele alargou o entendimento à questão da administração do estado proletário e à construção da economia socialista. Mao sentiu que, sem centralismo democrático, a ditadura do proletariado não poderia ser consolidada. Sem uma ampla democracia para o povo, era impossível consolidar a ditadura do proletariado ou estabilizar o poder político. Sem democracia, sem incitar as massas e sem supervisão de massas, seria impossível exercer a ditadura sobre os reacionários e os maus elementos, ou reformulá-los eficazmente. Mao estava a fazer estas observações após a ascensão do revisionismo moderno na União Soviética e viu que as massas não foram mobilizadas para exercer a ditadura do proletariado. Viu também o aumento das tendências revisionistas no seio do PCC ao mais alto nível e reconheceu que a única garantia contra estas tendências era a iniciativa e a vigilância dos quadros de base e de massas.

Mao, num discurso em Janeiro de 1962, disse: "A menos que ponhamos em plena prática a democracia popular e a democracia interior partidária no nosso país, e a menos que implementemos plenamente a democracia proletária, será impossível alcançar um verdadeiro centralismo proletário. Sem um elevado grau de democracia, não pode haver um elevado grau de centralismo, e sem um elevado grau de centralismo é impossível estabelecer uma economia socialista. Que tipo de situação chegaremos se o nosso país não estabelecer uma economia socialista? Vamos tornar-nos um país como a Iugoslávia, um país que, na realidade, se tornou um país burguês; a ditadura do proletariado será transformada numa ditadura da burguesia, numa ditadura reacionária de tipo fascista. Este é um problema que exige a maior vigilância, e espero que os camaradas reflitam seriamente sobre ele”. Texto extraído do “Curso Básico de Marxismo-Leninismo-Maoismo”, do PC Indiano (Maoísta).