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Dia 20/06/1933, morre Clara Zetkin. Clara Zetkin foi uma das | Rondó da Liberdade

Dia 20/06/1933, morre Clara Zetkin.

Clara Zetkin foi uma das primeiras a detectar o caráter pequeno burguês do movimento fascista, opondo-se às teses na IC que defendiam que se tratava de um movimento burguês, resultando em dificuldades de combatê-lo.

“A pequena-burguesia e as forças sociais intermediárias inicialmente vacilam entre os poderosos campos históricos do proletariado e da burguesia. São levadas a simpatizar com o proletariado por conta das dificuldades em suas vidas e, em parte, pelos desejos nobres e ideais elevados em seus espiritos, na medida em que este aja de forma revolucionária e apresente
perspectivas de vitória. Sob a pressão das massas e de suas necessidades, e influenciados por essa situação, até mesmo os líderes fascistas são forçados a, minimamente, flertar com o proletariado revolucionário, ainda que não possuam por ele qualquer simpatia. Mas ao se tornar claro que o próprio proletariado abandonou o objetivo de levar adiante a revolução, que está se retirando do campo de batalha sob a influência dos líderes reformistas, por
medo da revolução e respeito aos capitalistas - a esse ponto as amplas massas fascistas encontram seu caminho até o local em que a maioria de seus líderes já estava, consciente ou inconscientemente, desde o início: ao lado da burguesia.

(...)

Nós devemos manter a ideologia comunista em toda a sua força e clareza. Quanto mais nos dirigirmos às massas, mais necessário será ao Partido Comunista que esteja unificado em termos organizacionais e ideológicos. Não podemos nos despejar abundantemente como uma poça e nos dissolver entre elas. Isso nos levaria ao oportunismo, e nossos esforços entre as massas ruiriam em uma derrota humilhante. Se fizermos concessões às "dificuldades de entendimento" das massas - e me refiro tanto as velhas quanto novas massas - então teremos abandonado nossa verdadeira vocação enquanto partido. Perdemos o que é o mais importante para os caminhantes - aquilo que os une: a chama da nova vida social que aquece e ilumina, trazendo esperança e força para a luta.

O que precisamos é reorganizar nossos métodos de agitação e propaganda e nossa literatura de acordo com essas novas tarefas. Se a montanha não vem até Maomé, Maomé não tem outra escolha senão ir até a montanha. Se as novas massas que nós precisamos atrair não vêm até nós, então precisamos encontrá-las e
falar-lhes em sua própria lingua, uma forma que corresponda à maneira como veem as coisas, sem deixar de lado nem o mínimo de nossa perspectiva comunista." Clara Zetkin, em “A luta contra o fascismo”, 1923.