Get Mystery Box with random crypto!

O que significou o Black Lives Matter? “O movimento Black Liv | Rondó da Liberdade

O que significou o Black Lives Matter?

“O movimento Black Lives Matter veio da base. Consequentemente, não traçou uma fronteira artificial entre classe e raça. [...] esse conteúdo de classe nascente não foi sempre fácil de manter e desenvolver. Uma tendência reacionária de fato emergiu, alimentada pela imprensa corporativa e pela elite negra. Elas tentaram introduzir uma barreira rígida entre o movimento Black Lives Matter e as lutas anticapitalistas em andamento, por supostamente corresponderem a identidades diferentes e não relacionadas.
[...] A ideologia separatista impede a construção da unidade entre os marginalizados, o tipo de unidade que poderia realmente superar a marginalização [...] Na verdade, o afropessimismo tem servido como um lastro ideológico para as burocracias emergentes em Ferguson e outros lugares. Isso porque a retórica supostamente radical do separatismo e do reformismo da elite dirigente convergiram para impedir as possibilidades de construção de um movimento de massas [...] Se tais tendências continuarem sem oposição, o único mundo que será destruído será aquele no qual estudantes negros pobres podem frequentar uma escola pública ou esperar ter um emprego com direitos", Asad Haider, em “Armadilha da identidade”, 2019.

Em 25 de maio de 2020, George Floyd foi brutalmente assassinado.

“(...) os protestos do verão do ano passado, que foram chamados de Rebelião George Floyd, também interpretados como parte do "Black Lives Matter", foram as maiores mobilizações na história dos EUA. Estamos falando de 27 milhões de pessoas que tomaram as ruas. Pode ser muito emocionante ver tantas pessoas mobilizarem-se, mas ao mesmo tempo, a maioria delas não está agindo com base numa política emancipatória ou revolucionária. E é aí que precisamos de concentração [de massa de militantes] que é a base da permanência. Mais uma vez estamos perante um daqueles momentos em que, de repente, todos tomam as ruas, mas que não dura para sempre. Na verdade, desta vez durou muito pouco. A organização é absolutamente indispensável. Toda vez que ocorre uma explosão [popular], temos de fixar organizações e formas de organização que evitem a dispersão e a atomização”. Asad Haider em entrevista para “El Salto”.

Siga o @rondodaliberdade