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(...) Há dois requisitos para o prazer: a consecução do própri | Teologia, Patrística e História Eclesiástica ⛪️

(...) Há dois requisitos para o prazer: a consecução do próprio bem e o conhecimento do próprio bem conseguido. Suma Teológica Q. 32, v.

Lição I
O Prazer como Elemento da Virtude

– A relação entre a virtude e o prazer
– O prazer e a felicidade
– A opinião dos que desprezam todos os prazeres e suas consequências

Após o Filósofo ter tratado das virtudes morais e das intelectuais, bem como da continência e da amizade que possuem uma afinidade com as virtudes, no Décimo Livro da Ética ele estuda o fim da virtude.
O primeiro fim da virtude é propriamente o homem. O segundo relaciona-se ao bem comum, a saber, ao bem de toda a cidade.
Quando estuda o homem, tomando-o como o fim da virtude, ele analisa o prazer e a felicidade. O prazer é entendido por alguns como a finalidade dos atos de virtude, mas a felicidade, conforme a opinião de todos, parece ser o real fim dela. Então, ele determina com proeminência a definição de prazer, o seu proposito e, por seu fim, a sua intenção.
Por Aristóteles ter estudado as virtudes na Ética, o Filósofo transitou brevemente acerca do prazer. Ele tratara do estudo do prazer no Sétimo Livro, tomando-o como matéria da continência, utilizando-se de uma potentíssima distinção dos prazeres sensíveis e corporais.
Contudo, sua finalidade neste livro é diversa. Aqui, pretendo inicialmente determinar a noção de prazer como meio para atingir a felicidade, com sincera preeminência no prazer inteligível e espiritual. Há três razões que servem para tratar do prazer, sendo a primeira a suposta afinidade entre o prazer e nós mesmos, pois o prazer parece ser maximamente apropriado ao gênero humano.
Apenas entre nós há os oiakizontes, isto é, os governantes das casas que, com máxima presteza, educam as crianças por meio do prazer e do sofrimento. Assim, provocando-os a desejar os bens, e a renegar os males, quando agem bem, tratam de alegrá-las com pequenos prêmios e favores, porém na aflição das maldades por elas feitas, castigam-nas com suas varas. Neste caso, como a filosofia moral tem como objeto as coisas humanas, a própria moral é a responsável pela consideração do prazer.
A segunda razão, definindo o prazer, depende da comparação dele com a virtude. Aristóteles nos diz que é maximamente pertinente à virtude moral que o homem se alegre com aquilo que lhe é necessário, mas, ao mesmo tempo, odeie o que lhe é maléfico, a saber, o que lhe entristece.
Logo, a virtude moral consiste na ordenação do apetite, reconhecida pela ordem dada aos prazeres e às tristezas, efeitos naturais de todos os movimentos de nossos desejos, como fora mostrado no Segundo Livro da Ética. A partir deste pensamento, percebemos que o prazer e a tristeza, elementos que se estendem a tudo que se refere à vida humana, possuem grande poder para tornar o,... (continua na sessão de comentários).