2022-03-04 18:21:57
São Paulo, SP, 28 de fevereiro de 2022.
A ORGANIZAÇÃO DOS JOVENS COMPATRIOTAS RUSSOS NO BRASIL MANIFESTA SEU GRANDE PESAR PELA ATUAL SITUAÇÃO NA UCRÂNIA .
Ninguém quer guerras, ninguém quer mortes, ninguém quer violência.
Contudo, é necessário ressaltar que não se trata de um conflito recente, pois este se iniciou há oito anos. Durante tal período, na região do Donbass (Ucrânia), perpetrou-se um genocídio contra a população étnica russa; foram mais de 15 mil mortos, incluindo crianças, mulheres e idosos.
Em 2014, a atuação de diversos grupos nacionalistas e neonazistas na região colocou em risco a vida de cidadãos russos e a segurança nacional da Federação Russa. Atrocidades foram cometidas por estes grupos e vimos um completo silêncio da comunidade internacional diante destes eventos. A fim de preservar a vida e a liberdade, as populações dos, até então, oblasts de Donetsk e de Lugansk recusaram-se a reconhecer o governo ucraniano e declararam a sua independência.
A Federação Russa empenhou-se durante estes anos em buscar uma solução diplomática e pacífica e em construir o diálogo entre os envolvidos. Foram assumidos compromissos por ambas as partes nos acordos de Minsk, porém, tais acordos foram desrespeitados pelo governo da Ucrânia, apoiado pelos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que continuamente atuaram para o agravamento das tensões e para a retomada dos conflitos armados.
Após anos de tentativas infrutíferas de diálogo e negociação de uma solução com o governo de Kiev, a Federação Russa decidiu agir em defesa de sua soberania e segurança nacional, empreendendo uma operação militar cujos objetivos são os de
garantir (i) a segurança e a estabilidade da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, e (ii) que a Ucrânia não seja integrada à OTAN e não sirva de plataforma de atuação dos interesses geopolíticos e militares do Ocidente.
Manifestamos nosso repúdio à russofobia e ao preconceito que estão sendo expressos por diversos veículos midiáticos, como também pela disseminação de informações falsas conduzida por diversos grupos interessados na intensificação dos conflitos. São inadmissíveis os ataques feitos às redes das representações comerciais e diplomáticas russas no Brasil, bem como às redes das associações, da comunidade e de seus membros atuantes no país. Estes ataques e manifestações de ódio devem cessar e o debate deve ser conduzido dentro da civilidade e da lei.
Todos sofrem com esse conflito que perdura por quase dez anos e esperamos que as tensões se encerrem rapidamente. Que os povos irmãos russo e ucraniano, que partilham laços históricos, culturais e religiosos, voltem a viver de modo harmônico e pacífico!
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