No maior julgamento de militares desde a anulação dos indultos dados a dirigentes do regime militar, e da revogação das leis de impunidade em 2006, a Argentina segue acertando as contas com o passado.
Os 10 militares condenados à prisão perpétua na última quarta-feira(06/07) cometeram crimes bárbaros de tortura, assassinato e sequestro de bebês, no Campo de Mayo, uma penitenciária clandestina e uma maternidade onde presas políticas davam à luz antes de serem mortas. Seus filhos eram roubados por militares e colaboracionistas do regime. Dos quatro mil argentinos que estiveram presos ali, menos de 1% sobreviveu.
Já foram condenadas 1.058 pessoas segundo levantamento da Promotoria de Crimes contra a Humanidade.
Na última segunda-feira (04/07), outros quatro ex militares foram também condenados pelos “vôos da morte” - quando atiravam ao mar, do alto de aviões, prisioneiros políticos vivos ou mortos.
Que sigamos o exemplo de nosso país irmão e acertemos, também, as contas com nossa História.
