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#51 — Aprendendo com desejos alheios 'Ladrões, pervertidos, a | ESTOICISMO

#51 — Aprendendo com desejos alheios

"Ladrões, pervertidos, assassinos e tiranos — recolha os prazeres que eles têm para sua inspeção!"
— Marco Aurélio

Julgar os outros não é uma atitude digna e não é isso que Marco Aurélio nos pede, mas observar o desfile daqueles cuja existência é ditada pelos prazeres com o intuito de aprendermos algo e aplicarmos nas nossas vidas.
Vamos analisar o comportamento de algumas pessoas (desconsiderando o lado político da situação):
• Tibério, imperador romano, e suas ordens para assassinar pessoas e familiares
• Gaius Germânico (Calígula), neto de Tibério, e suas ordens de assassinato, além da ordem para que seu cavalo virasse cônsul
• Catarina, a Grande, e seus diversos amantes
• Ludovico II da Baviera e sua ordem para construir um castelo para ser usado unicamente por ele (Schloss Neuschwanstein)
• O presidente Michel Temer e seus potinhos de sorvete Häagen-Dazs
• Eike Batista e todos os seus carros de luxo
• Nasser al-Din Shah, imperador persa, e seu harém de 100 mulheres

Observando o cenário — sem julgar as ações dos outros, ou seja, sem opinar sobre a vida alheia, e pensando apenas em nós — devemos nos perguntar:

Se fosse a minha vida, agir assim valeria a pena? Seria realmente tão prazeroso? Se eu tivesse a mesma oportunidade, eu conduziria minha vida desta forma? Eu me sentiria bem se fizesse isso, ou iria encarar a aquisição de outra forma? Eu abriria mão da minha razão por algum tempo em troca de prazeres?

Não nos cabe julgar o que os outros fazem, apenas observá-los. O que nos interessa é entender como prazeres podem afetar nossas vidas— e o que faríamos se nos deparássemos com alguma oportunidade para desejar ou nos entregar a um vício.

@estoicismo | texto por Sabrina Andrade