Get Mystery Box with random crypto!

Crítica dos fundamentos da psicologia e outros escritos, por G | Bolivariando a Pátria Grande

Crítica dos fundamentos da psicologia e outros escritos, por Georges Politzer

https://lavrapalavra.com/produto/george-politzer/

Georges Politzer foi um filósofo francês, militante marxista e autor de brilhantes reflexões sobre a psicologia. Por ocasião dos 80 anos de seu assassinato pela Gestapo nazistas, em 23 de maio de 1942, anunciamos a publicação desta coletânea contendo seus principais escritos: “Crítica dos Fundamentos da Psicologia” (1928), “Psicologia Mitológica e Psicologia Científica” (1929), “Para onde vai a Psicologia Concreta?” (1929), “Psicanálise e Marxismo – Um falso contrarrevolucionário: o Freudomarxismo” (1933) e “O Fim da Psicanálise” (1939). Organizada e traduzida pelo camarada Bruno Bianchi.

“Façamos abstração de todos os argumentos clássicos contra a introspecção e suponhamo-la perfeita: o fato é que a introspecção só pode nos informar sobre a forma e o conteúdo do ato que nós introspectamos. Esqueci um nome que conheço bem; se me introspecto, direi que sinto um certo sentimento de constrangimento, ao mesmo tempo que uma forte tensão interior, o sentimento de saber sem fórmula verbal e sem imagem; nomes me vêm à mente, mas eu os afasto com uma certeza plena de despeito, e a consciência dessa certeza, ao mesmo tempo que a da minha ignorância, me deixa perplexo até o momento em que, subitamente, sem poder saber o porquê, tenho uma sensação de alívio como se uma resistência cedesse de repente e o nome procurado surge, afinal, acompanhado de um sentimento de alívio e de libertação. Eis o que a introspecção pode me ensinar. Mas isso é suficiente evidentemente apenas para uma psicologia abstrata. Essa psicologia que tanto se preocupa em descrever com exatidão as menores nuances de todos os estados que senti a partir do momento em que constatei o surpreendente esquecimento, até o outro momento em que surgiu o nome procurado, negligencia totalmente a explicação do fato em si em sua particularidade, e atribui, sem maior preocupação, esse fato ao acaso.”